uns anos depois
Há algum tempo que deixei de escrever sobre o aniversário dos meus sobrinhos ( onze) e sobrinhos netos ( cinco), mas hoje, e porque este mês é o que mais gosto para ir à praia, lembro-me muitas vezes destes primeiros dias do mês, quando levava os meus sobrinhos Diogo e Sofia, por lá brincávamos os três, nessa praia que tem, agora, mais pedra que areia. Foram dias muito bem passados.
Sofia e Diogo
As aulas começavam por esta altura, frequentavam a escola do outro lado da minha rua, certos dias eu dava-lhes de almoçar, conforme as minhas horas de trabalho, também.
Por vezes, o Diogo não vinha directo para casa, ia para o campo de jogos da escola jogar à bola. Demorava, chamava-o, não me ouvia, descia as escadas, atravessava a rua e quase gritava para que me ouvisse e viesse almoçar.
Acabado o 1º ciclo, foi para uma escola fora da cidade, até que voltou para fazer o secundário na escola do outro lado, no quarteirão oposto à minha rua ( não faltam escolas aqui na zona).
Nos três anos do secundário, a maioria dos dias almoçava cá em casa. O pai trazia a refeição, para não ter de ir a casa quando tinha aulas de tarde, ou eu cozinhava e almoçávamos os três ( eu, ele e Sofia).
Passaram mais três anos.
A Sofia, que sempre andou por aqui, tinha a chave de casa que, ora abria a porta e almoçavam juntos, ora eu deixava a minha chave no café, ele a procuraria no final das aulas da manhã.
Passaram mais 4 anos.
O Diogo formou-se.
Raramente o vejo. É um jovem muito ocupado, disse-mo ele.
O Diogo faz hoje 22 anos.
Deu-me imensas saudades pensar naqueles dias de Setembro que íamos à praia.
E as conversas de rir que, contava do irmão, o Nuno.
Foram belos momentos, que nunca mais se repetem aqui em casa, à mesa, à hora do almoço.
Feliz Aniversário, Diogo.
Diogo, 22 anos