um passeio por Barcelos
O dia estava agradável e antes que a chuva regresse, fui até Barcelos, cidade que não visitava há cerca de 4 anos.
Havia, ou houve, festa. No campo da feira viam-se as pistas de carros de diversão, as bancadas de enchidos e produtos da região.
Uma volta pelo Centro Histórico, acabámos numa pastelaria onde se via ao balcão um tabuleiro que tinha um papel por cima de alguma coisa que presumi ser um doce. Ao lado deste, dois púcaros de barro tampados, fizeram-me pensar que seria arroz ou papas de sarrabulho, embora estivéssemos numa pastelaria.
Pedimos chá. Perguntei o que tinha no tabuleiro.
«Sonhos», respondeu «Não gosta de sonhar?».
E pedi um sonho.
Veio para a mesa polvilhado de açúcar e canela. Abri-o. Tinha um recheio de creme de ovos pouco doce.
Muito bom.
Durante o lanche, enquanto conversávamos, vi que à medida que as pessoas compravam sonhos, eram metidos ora num púcaro, ora no outro. Um continha a mistura de canela com açúcar e o outro, um molho.
Ainda pensei comprar para trazer para casa, mas o cuidado que tenho com o açúcar, fez-me desistir.
No regresso, vimo-nos em pulgas para encontrar a saída para Braga. Passara pela mesma situção há anos, mas nessa altura era início do outono, já noite, foi mais complicado.
As placas de sinalização que indicam as saídas da cidade são minúsculas e pouco visíveis. E quando subi uma estrada junto a um hipermercado e no topo desta deparei-me com uma rotunda e Braga não aparecia na placa de sinalização, a coisa complicou-se por segundos.
Barcelos é encantadora.