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cantinho da casa

cantinho da casa

tenho o coração triste, muito triste

Ontem, depois do almoço, recebi uma chamada da minha amiga Márcia, perguntou-me se a acompanhava numa visita à nossa amiga Alice.

A última vez que fui visitar a Alice, foi com esta minha amiga,em Maio do ano passado. Nessa altura, fiquei de coração partido. 

Em Setembro passado, a amiga Márcia ligou-me a comunicar que tinha voltado a visitá-la, ficou muito triste com o estado dela. Numa cadeira de rodas, mal olhava as pessoas, estava muito frágil, não reagia a nada.

Pedi-lhe que a próxima vez que lá voltasse, que me ligasse, eu queria ir vê-la.

E ontem foi o dia.

Foi um choque, uma dor no coração, uma revolta que senti.

A Alice está na cama, não pode levantar-se, não come, está a ser alimentada por sonda que vai directa ao estômago. Olhos perdidos no infinito, por vezes, mexia as pernas, queria levantar-se, emitia um som de grito, de revolta?, talvez. 

Saí do quarto, precisava chorar, ganhar força para voltar.

Não sei dizer mais nada, muito mais aconteceu, não consigo escrever o que vi e senti.Sinto uma grande dor.

Esta mulher era uma pessoa humilde, boa amiga, trabalhadora, alegre, sempre disposta para as noites de dança quando o grupo se juntava. E cozinhava um arroz pica no chão que era uma maravilha.

Infelizmente, e de repente, a Alice começou a perder o norte.

A Alice tem 58 anos. Pode viver com esta doença muito tempo, como pode ir embora de repente.

Deus a alivie.

Sinto uma agonia enorme.

A Alice não me sai do pensamento.

 

 

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