Dia Mundial da Voz
É nosso dever cuidar da voz.
Ela é o motor da comunicação que nos garante que somos ouvidos.
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É nosso dever cuidar da voz.
Ela é o motor da comunicação que nos garante que somos ouvidos.
Desde as14horas que aguardo a vinda dos técnicos da operadora de telefone e tv, para fazerem as ligações devidas.
Ao longo da semana passada, recebi várias SMS a lembrar que a equipa viria entre as 1400h e as 18:30h.
Hoje, às 8:24h , uma mensagem dizia que previam que a chegada dos técnicos seria entre essas horas que referi.
São 16:55h, ainda não apareceu ninguém, nem sequer um informação a avisar a provável hora de chegarem cá.
Acho que a equipa técnica, que penso ter o meu contacto, consultando a agenda, devia avisar o cliente que a sua chegada prever-se-ia para a hora x.
Tinha de ir buscar sobrinho neto ao colégio, já avisei a mãe que terá de ir (logo hoje que tem assuntos a tratar depois do trabalho).
É não me apetece fazer nada, nem ler, quando espero alguém.
Uma tarde perdida, e fico stressada.
Stressada porquê?
Porque sei que vão ter de furar a parede para meterem os cabos e o meu vizinho de baixo não suporta barulhos fortes e começa aos berros e a dizer palavrões quando isto acontece.
Como de manhã ele não sai de casa, marquei para a tarde porque ele está constantemente a entrar e a sair, e eu fico mais tranquila.
Acabei de receber a SMS a informar que o técnico está caminho.
Um minuto depois, a chamada deste a dizer que só chegará dentro de 25 minutos.
Não há paciência, por mais que a tenha.
Estou a fazer tratamentos de fisioterapia à cervical.
Desta vez não é a terapeuta-mor que faz os tratamentos, são dois jovens estagiários que tratam de mim, vão alternado conforme os utentes que têm.
Nos últimos quatro dias, ela faz o ultrasons e põe os calores, ele faz a massagem
Ambos os estagiários são simpáticos. Ele não fala muito.
A terapeuta-mor é muito brincalhona, está sempre bem disposta. Mas fala muito alto.
E há os utentes que conversam uns com os outros demasiado alto, também. E não se entende nada do que dizem. Há cruzamento de vozes.
Segunda-feira e hoje foram dois dias de muito ruído.
Ontem, enquanto fazia a massagem, o jovem estagiário comentou comigo que estava a ser uma hora de sossego. Penso que ele percebeu que eu gosto de estar quieta. Só falo quando eles falam comigo. E agradeço tudo o que me fazem .
Ao que parece, ontem faltaram as utentes da conversa.
Estas utentes fazem as terapia sentadas, não correm as cortinas, vêem-se, o que proporciona a conversa disto e daquilo.
Eu faço deitada, a cortina está fechada, ninguém me vê.
Hoje, foi uma algazarra.
Mas também foi uma risota.
Mais uma vez, estava o jovem a fazer a massagem, as senhoras falavam da Rainha de Inglaterra.
A voz de uma delas parece ser de uma senhora nos setenta quase oitenta anos.
E ouviu-se outra voz feminina pedir à terapeuta-mor que perguntasse a idade à senhora.
Esta ouviu e respondeu: " Isso é pergunta que se faça?"
Ouvi outra voz comentar: "O homem é que faz essa pergunta!"
E diz a visada: "Essa pergunta não se faz e eu não lhe dou a resposta."
Ri-me tanto com a esta última!
E o jovem terapeuta continuou a massagem sem ter dito nada, mas percebi que se ria.
E desta forma acabou a conversa.
Acabada a minha a massagem, vesti-me, despedi-me com um " obrigada e até amanhã".
Gosto de estar sossegada. Quando as conversas são num tom de voz normal,a coisa passa, mas quase aos berros, incomoda-me.
E comento para o meu decote : " abriu-se o capoeiro, soltaram-se as galinhas".
Gostei, em tempos, de ver o Festival da Canção.
Hoje, ė a final, lembrei-me de ver e ouvir algumas canções.
Mas desisti.
Aquela voz que se ouve "por cima" da canção que explica detalhadamente o que a cantora veste, as características físicas dela ou dele, os movimentos enquanto canta "fecha os olhos, leva a mão ao coração" , e/ou o que os bailarinos ou músicos desempenham, irrita-me.
Será porque na série documental, às segundas-feira, Deus Cérebro, a RTP gostou do resultado daquela voz de fundo que por alguns segundos acompanhava os intervenientes e decidiu metê-la no festival?
Porquê?!
Não gosto, confunde-me.
Desisti.
Mudei de canal.
Estamos vários utentes na sala de espera do hospital, para exames, uma mulher fala muito alto ao telemóvel com o alta voz ligado.
Ouve-se a pessoa do outro lado que até um f°&@ -se ouvimos.
Porque o vestido fica bem com os sapatos, porque isto e aquilo, sempre a repetir as mesma coisas, até que diz:
"Olha estou aqui no hospital à espera de entrar para fazer o exame. Estão muitas pessoas à espera.
Olha perdi uma nota de cinco euros. Não sei onde caiu. Já viste, perder uma nota? Uma vez perdi dinheiro, andamos eu (...) por toda a cidade à procura do dinheiro."
Uma jovem que estava a meu lado, viu-me estender a cabeça para ver quem era a pessoinha que falava tão alto.
E sorriu.
Apeteceu-me chamar a mulher a atenção que devia falar mais baixo, estava num hospital, onde devemos falar num tom de voz baixo.
Mas poderia receber uma resposta mal educada, fiquei na minha a escrever este post.
Incomodava-me, e penso que a quem estava ali.
Volta à carga com os cinco euros:
" Já viste, perder cinco euros?! Eu paguei os exames, tinha o dinheiro. Estava embrulhado com umas notas de dez, deve ter caído quando o guardei no porta-moedas. Olha, pelo menos que fosse um pobre a encontrar o dinheiro"
E repetia " que fosse um pobre a encontrar o dinheiro".
Fui chamada para fazer o exame, não ouvi mais nada.
9h20 toca o telemóvel, um número que desconheço, mas atendo.
Voz de um homem:
- Bom dia, peço desculpa mas ligou para este número.
Eu - Eu não, e desconheço-o, certamente que o senhor está enganado.
Ele - Ah, mas aqui diz loja. A senhora não ligou mesmo?
Eu - Loja?!
Ele - O nome PVL não lhe diz nada?
Eu - Sim, trabalhei uns anos por aí, mas agora não.
Ele - Ah! Por acaso, o nome A não lhe diz nada?
Eu - Sim, mas... Desculpe, diga-me o seu apelido.
Ele - V
Eu - Ó A, sou a L ( risos).
Ele - Ah! És tu? Sabes que tenho um registo com o nome loja e não sabia o que era isto, e como não associei a nada, liguei.
O que aconteceu, de certeza, foi ter-me enganado a registar o teu nome. Olha, temos de combinar um jantar. E brevemente encontramo-nos no habitual jantar ( que não vou) de Natal.
E depois de uma risada via telemóvel, porque nenhum de nós reconheceu a voz, despedimo-nos até ao próximo jantar de grupo ( que ele raramente vai).
à primeira desperta-nos a atenção, parámos o que estamos a fazer e absorvemo-la
à segunda escutamos
à terceira já só a ouvimos mas continuamos a gostar
à quarta, à quinta e por aqui fora, todos os dias, de cinco em cinco minutos, ela fica nos ouvidos, não parámos de a trautear
deitamo-nos com ela na cabeça e às vezes acordamos com esta voz nos nossos ouvidos...
já estou farta!
uma voz fantástica, humor e empatia com o público, convenceu os bracarenses.
A sala do Theatro Circo estava cheia.
Começou o espectáculo com a apresentação dos músicos de cordas.
Depois, agradeceu aos portugueses o espectáctulo em Lisboa e agora em Braga. Não imaginava ser tão conhecida e que gostassem da sua voz.
A cada canção explicava a sua estória, quem a escreveu.
Uma voz que compõe e canta em várias línguas, numa das canções diz ao público: "com muito respeito canto esta música portuguesa" e ouve-se a belíssima voz cantar "Estranha forma de vida".
Foi demais! Não consegui conter as lágrimas. Foi a maior ovação que ouvi nesta sala de espectáculos.
às breves perguntas do júri.
Uma surpreendente voz quando começa a cantar " Nella Fantasia". Todos ficam boquiabertos e choram.
O que mais me emocionou, foi a hulmide postura do rapaz quando o júri volta a questioná-lo...
Curiosamente, encontrei um interessante comentário sobre esta música de Ennio Morriconne, que foi a versão do filme The Mission:
" Gabriel's Oboe, de Ennio Morricone. Filme The Mission, sobre a chegada dos portugueses ao Brasil. Originalmente é só instrumental. Depois surgiram várias versões cantadas."
Embora a versão tenha 5 anos, vale a pena ver até ao fim.
Procurei outra versão, gostei desta cantada por Francesca Solla.
e desta cantada por um grupo de jovens Brasileiras.