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cantinho da casa

cantinho da casa

ainda o meu vizinho

Faz amanhã um mês que escrevi este post

Desde esse dia que o comportamento doentio do meu vizinho tem vindo a piorar muito.

Todos os dias, à tarde, depois de dar o seu passeio pelo centro da cidade, e certamente comprar alguma coisa para comer, que entra em casa e é o descalabro.

Fala alto, diz as coisas mais descalabrosas, fala muito mal e para alguém que não existe dentro de casa; relata  um jogo de futebol, porque ouço-o, tal e qual como se ouve na televisão, ou na rádio, falar em "passa a bola", e no, imagine-se, Palhinhas". Tudo  proferido em voz alta, muitas das vezes o discurso é desorganizado e perturbador.

E muito mais diz que eu não percebo.

O silêncio no prédio é grande quando ele, aos berros, diz o que lhe vai na cabeça.

Depois, durante largos minutos, o que certamente passa além das paredes, que têm ouvidos, do andar do lado,coisas como: " maçonaria da meeerda", ou, " é o que é", ou palavras e frases em que a merda e o cu, são repetidas vezes sem fim,  e obriga esse alguém que não existe a repetir o que diz e a dizer:"ok? está ok?".

Um dos dias da semana passada esteve neste resgisto até às 23:30h.

Quando o meu irmão me disse para comprar uns auscultadores para não ouvir os berros dele, ou para abstrair-me de tudo, que não é fácil, porque tenho pena dele, passei a serenar um pouco e a partir do momento que percebi que ele está neste registo durante uma hora, àsvezes mais, sai de casa, e quando volta, reinicia a conversa, e que ele não passa disto. Nunca ouvi partir alguma coisa.

Também percebi que, durante os delírios, abre a porta de casa, limpa os pés no tapete, entra e fecha a porta, continuando aos berros.

As noites têm sido de  descanso, e e as manhãs são serenas.

Tudo começa depois da hora do almoço, para já.

Neste momento em que escrevo este post, está a passar-se.

 

 

 

 

de novo, a minha angústia

Em 2008 aconteceram graves comportamentes com o meu vizinho do 1º andar,  que maltratava a mãe, deixava-me completamente angustiada e sem saber o que fazer, a não ser chamar apolícia, que vinha a casa dele, mas nada fazia,ou podia fazer.

Em 2009, escrevi este post.

E daí para cá, fui escrevendo outros sobre ele, sobretudo quando havia ruído forte em algum apartamento, quando se tratava de obras. Era o fim do mundo com os insultos e os pontapés que dava na porta.

A mãe foi para um lar, penso que em 2009, na altura que eu fui à Segurança Social e falei com uma Assistente Social, e ele ficou a viver sozinho.

Entretanto, soube que a mãe faleceu, talvez em 2017, não estou certa, porque foi-me dito por um vizinho.

Ora se ele era doente, com tendência para a esquizofrenia, com o tempo ele piorava, mas nunca, que eu soubesse, até hoje, ele desse sinal que precisava de ajuda, ou que estivesse a ser tratado por algum médico.

E digo até hoje porquê?

Há algum tempo que, à tarde, quando desço as escadas e passo à porta dele, ouvia-o a falar, não percebia o quê nem tão pouco se tinha alguém em casa, saía  do prédio, desligava o botão, embora, por vezes, tenho receio de passar à porta dele, não sei porquê, até porque ele evita os vizinhos, e na rua, se me vê ou algum dos outros, dá a volta ao quarteirão, vem para casa quando nós já entramos nas nossas. 
Por vezes, cruzámo-nos nas escadas,não há um cumprimento entre nós.

Da hipotética conversa que poderia estar a ter com alguém, ou ao telefone, também, passei a ouvir que ele falava sozinho e emitia uns sons esquisitos, que eu não conseguia perceber.

Ele tem uma voz forte, consigo perceber um ou outro palavrão, até que num dos dias, abri a minha porta e ouvia-o a falar alto, a dizer " que chatice, hihihihi!"  e repetia umas quanstas vezes. Depois parava por uns breves minutos.

De repente, ouvi-o dizer: "Merda, tanta merda.Esta casa de banho é só merda!"

O meu coração batia fortemente, eu tremia,  não podia fazer nada.

Estava dentro de casa, era com ele próprio que falava.

Masontem, foi pior, muito pior.

Estava aqui no meu sossego, quando o ouço cantar, coisa que nunca ouvira  ( ele adora ópera e, à noitte, sobretudo, até por volta da meia-noite, todos o prédio ouve, quiçá deve delirar, porque a ópera para ele ter de ser num volume alto).

De repente, ouço uns sons esquisitos que saíam da boca dele.Entrei em pânico.

Calou-se.

Passados cerca de dez a quinze minutos,voltou ao mesmo.

Abri de novo a porta, junto às minhas escadas, era ele cantor baixo, interrompia e saíam-lhe umas palavras que me pareceram da língua alemã, mas o tom de voz era de tal forma esquisito que me fez lembrar Hitler. Juro!

Fechei a porta, fui para o whatsapp desabafar a minha angústia com o grupo da família.

Como seria de esperar, eu tinha de fazer queixa, tinha de ir à polícia ( que não se mete nisto), procurar ajuda na Segurança Social,  porque se lhe acontecer alguma coisa mais grave as critícas caem em cima dos vizinhos que sabem que ele tem perturbações mentais e ninguém fez nada.

O vizinho do 3º andar, uma pessoa muito educada, com quem raramente me cruzo, e que eu procurei há cerca de três semanas para lhe contar o que ouvira durante uns tempos, dissera-me que iria perguntar na Junta de Freguesia onde pertence o café dele, e que dir-me-ia como fazermos.

Ora, hoje de manhã, senti que não valia a pena incomodar o meu vizinho, passei na Junta de Freguesia desta zona, e expliquei às duas senhoras que me ouviram tudo o que se passou desde 2008, quando a mãe era viva, e depois de ficar sozinho.

Uma delas comentou que este caso já tinha sido referenciado, que a SS interveio, mas ele disse que não precisava, nem queria, ajuda.

Aconselharam-me a ir à SS, deram-me dois nomes de duas Assistentes Sociais.

Entretanto, uma delas pediu-me que esperasse um pouco, ligou do seu telemóvel para alguém.Ouvi-a a relatar o que se estava a passar.

Uma dada altura, ela  diz que vai passar o telemóvel para mim. E falei com a senhora, do outro lado do telefone, mais uma vez,quase tudo o que contara às duas senhoras.

Ela vai contactar a SS e o Delegado de Saúde, e tentar que se consiga fazer uma avaliação e, se possível, interná-lo.

Este homem é um caso muito grave de esquizofrenia e precisa urgentemente de ser tratado.Garanto.

Diz o ditado que "quem não está bem que se mude", pelo que. no ano de 2021, solicitei um mediador imobiliário para avaliar o  meu apartamento, pensei vendê-lo e alugar um mais pequeno.

Desisti da ideia porque os alugueres são muito altos, e comprar um, 80 a 100  mil euros mais caro, não compensava vender este.

Aguardo o desenrolar deste caso.

Para isso, forneci o meu contacto móvel.

 

fico stressada

Desde as14horas que aguardo a vinda dos técnicos da operadora de telefone e tv, para fazerem as ligações devidas.

Ao longo da semana passada, recebi várias SMS a lembrar que a equipa viria entre as 1400h e as 18:30h.

Hoje, às 8:24h , uma mensagem dizia que previam que  a chegada dos técnicos seria entre essas horas que referi.

São 16:55h, ainda não apareceu ninguém, nem sequer um informação a avisar a provável hora de chegarem cá.

Acho que a equipa técnica, que penso ter o meu contacto, consultando a agenda, devia avisar o cliente que a sua chegada prever-se-ia para a hora x.

Tinha de ir buscar sobrinho neto ao colégio,  já avisei a mãe que terá de ir (logo hoje que tem assuntos a tratar depois do trabalho).

É não me apetece fazer nada, nem ler,  quando espero alguém.

Uma tarde perdida, e fico stressada.

Stressada porquê?

Porque sei que vão ter de furar a parede para meterem os cabos e o meu vizinho de baixo não suporta barulhos fortes e começa aos berros e a dizer palavrões quando  isto acontece.

Como de manhã ele não sai de casa, marquei para a tarde porque ele está constantemente a entrar e a sair, e eu fico mais tranquila.

Acabei de receber a SMS a informar que o técnico está caminho.

Um minuto depois, a chamada deste a dizer que só chegará dentro de 25 minutos.

Não há paciência, por mais que a tenha.

sobre o respeito

tinha um post agendado há algum tempo, decidi publicá-lo hoje, a propósito da rubrica a Liberdade de..., sobre um caso que aconteceu no início do mês de Novembro de 2019, aqui no prédio:

 

 

 

“não faças aos outros o que não gostarias que fizessem a ti”

O conceito que tenho de liberdade começa , primeiro e acima de tudo, no respeito por mim própria.
Tento não impor a minha opinião sabendo que a do outro pode ser diferente da minha, e de modo a não causar danos evito situações de desrespeito quando percebo que os outros pensam que estão a ser lesados e reagem de forma negativa, promovendo a discussão que não leva ninguém a lado nenhum.

Há cerca de dois meses, no logradouro que dá acesso às garagens deste prédio, um carro desconhecido estava estacionado junto ao prédio, de tal forma que impedia que os carros dos donos das garagens passassem.
Estranhei.
Uns dias depois, encontrei a vizinha do terceiro andar ( uma família que não re(age) porque não quer problemas com ninguém, como eu não quero, prefere ficar quieta e deixa que tudo aconteça, mesmo que em seu prejuízo) perguntei se o carro era de algum familiar seu, respondeu-me que não, que era de um familiar do inquilino do r/c.
O carro ficava, e fica, estacionado junto ao prédio, cedo pela manhã, até ao final da tarde.
Este andar não tem garagem, desde sempre foi-nos dito que o inquilino não tem direito a estacionar o carro no logradouro, a não ser que os donos das garagens permitam.
No quarto dia, esperei que o dono (a) do carro viesse tirá-lo . Via-a aproximar-se, abriu o portão. E perguntei se o carro lhe pertencia.
Respondeu-me que sim.
Perguntei por que razão estaciona o carro num lugar privado, já que é uma pessoa desconhecida no prédio e na zona.
Não foi mal educada, mas respondeu-me de forma arrogante com" a minha irmã autorizou-me a estacionar, fale com ela".
Fi-la entender que a irmã não tem  liberdade de mandar estacionar o carro sem falar com os inquilinos, que era uma falta de respeito para com estes, sobretudo porque ninguém pedira autorização para um desconhecido estacionar o carro .
Continuou a insistir que a imã a autorizara, que me entendesse com ela.
Perguntei-lhe o que faria se ela estivesse no nosso lugar se visse um carro de um desconhecido ocupar o espaço de acesso à sua garagem.
Fiquei sem resposta.
No pára-brisas do carro estava um papel escrito pelo vizinho do terceiro andar a alertar que, nesse dia, não conseguira passar com o seu carro, fora obrigado a deixá-lo na garagem, pedia que estacionasse o carro de forma a permitir a passagem das pessoas do prédio.
Nesse mesmo dia, à noite, depois da minha viagem à Maia, sem ter jantado, a inquilina  do r/c, a madame do baton vermelho ( já escrevi alguns post a seu respeito ), acompanhada do marido, tocou à minha campainha para "discutir" o caso do carro estacionado.(Noto que ela não foi "discutir" com o vizinho do andar de cima sobre aviso no pára-brisas do carro, veio discutir comigo porque a suposta irmã lhe ligou a fazer queixa de mim por tê-la advertido que o carro não podia estar estacionado num lugar que é dos donos das garagens).
Trazia o contrato do senhorio, metia-o à frente dos meus olhos para eu o ler, insistia que tem direito ao lugar no logradouro, que ligara à advogada, que lhe confirmara que o lugar é também seu, que ali estaciona o carro quem ela quiser, seja irmã, amiga, ou qualquer outra pessoa.
Fi-la perceber que vivo nesta rua desde criança, nunca "discuti" com um vizinho, sempre houvera harmonia e entendimento entre todos, ter uma discussão por causa de um carro era ridículo.
Fez algumas insinuações ( como se eu fosse fazer alguma coisa ao carro), e reafirmou a sua posição de que o carro ficaria ali :"é só durante a semana, ao fim de semana não ".
Quando referi que era uma falta de respeito não ter subido as escadas para pedir autorização aos três inquilinos que têm garagem, o marido, finalmente, falou , dizendo que de facto fora falha deles, que deviam ter dado uma satisfação.
Ela insistia no seu direito ao espaço e que o carro ia continuar ali estacionado, que há espaço para todos.
E foi então que desisti.

Disse-lhe que fizesse o que quisesse, há mais inquilinos no prédio, que só eu dou a cara ( há cerca de dez anos acontecera o mesmo autorizando que uma colega de trabalho estacionasse o carro), que não me metia mais no assunto, os outros inquilinos que se pronunciassem.
Antes de descer as escadas acentuou " o carro fica ali e fica muito bem, ai se alguma coisa lhe faz".
E assim o carro, que é um carrão, estacionado 9h por dia, e porque a passagem é estreita, obriga-nos a várias manobras.
O meu carro é pequeno passa com alguma dificuldade, mas os carros dos inquilinos são largos e compridos. Lamentavelmente, eles não têm coragem para fazer alguma coisa.

Entretanto, falei os donos ( herdeiros) do apartamento cave, vamos tentar uma reunião com o senhorio do r/c, saber se deu permissão a que o carro fique estacionado o dia todo, junto ao prédio, e resolver a questão da poluição que há anos ela provoca perto da minha garagem, e porque os falecidos donos desse apartamento nunca tiveram coragem de falar porque não queriam problemas com a madame( um assunto para contar, um dia destes).
Tudo isto porque em dezembro passado nas ruas do centro da cidade, e a minha também, activaram os parcómetros que estiveram parados por algum tempo. A inquilina achou que devia solucionar o problema da suposta irmã.
Entretanto, vim a saber que a pessoa não é irmã, será amiga do casal.
A ser verdade ou não, impôs o que pensa ser seu de direito.

Se me respeito a mim própria, não posso violar a liberdade dos outros mas também não devo permitir que violem a minha.

 

coisas do meu dia # angústia 2

ILogo de manhã, as obras no apartamento do lado voltaram, a broca ou perfuradora,sei lá, fez-me sair da cama, não por que não aguentasse, mas por que seria certo que os berros do vizinho do 1° andar regressariam, não estava com paciência para o ouvir, estava muito nervosa, tinha cólicas, precisava de sair de casa.

E na hora que  saí, os berros eram demais, gritos, insultos...mas os homens não o ouviam.

Fui levar a mãe gata das minhas sobrinhas à veterinária, tinha uma ferida no pescoço, precisavamos saber se seria algo que necessitasse de tratamento.

Felizmente, parece não ser nada demais, fui deixá-la em casa.

Hora do almoço, hora de os homens voltarem ao trabalho.  Voltei a casa. Um aperto no coração, a preocupação, os nervos,  fizeram-me sair  e almoçar numa qualquer esplanada, desanuviar esta dor.

Peguei num livro para ocupar um pouco da tarde sentada num banco de jardim até à hora de os trabalhadores pararem a jornada, eu voltar a casa e descansar a cabeça e o coração desta tormenta que é a esquizofrenia do gajo do 1°.

 

 

 

coisas do meu dia # angústia

Em 2009, escrevi este post sobre o doido do meu vizinho do 1º andar , filho único, doente da tola, mas nunca o admitiu, vive sozinho, que depois de pôr a mãe ( que faleceu)  louca e doente foi para um lar, recebe um subsídio da Segurança Social, foge dos vizinhos, não cumprimentar ninguém; se vê alguém entrar ou sair do prédio, não entra, ou dá a volta ao quarteirão para não se cruzar com ninguém. E quando não pode evitar, aguarda nas escadas que o inquilino saia ou entre em casa.

Em tempos, fiz obras em casa, foi um pandemónio de gritos, de insultos, conforme já escrevi no post de 2009.

Desde então não tivemos mais obras, os ruídos são quase inexistentes, a não ser de alguma reparação que não inclua broca.

Ora o apartamento do lado foi vendido, todo o seu interior nunca sofrera obras de nada, quem comprou está a tirar azulejos, as marteladas ouvem-se, mas nada que incomodem, a não ser de manhã cedo que acordam as pessoas, mas há que ter paciência, um dia elas acabarão.

Hoje de manhã  fui para o ginásio, presumo que a broca teria funcionado durante esta parte do dia, porque quando cheguei a casa, por volta das 12h30, ouvi-a a trabalhar, o ruído era ensurdecedor, até que escuto os berros do sacana " pouco barulho, c@r***,  pouco, f**@-se, c@r***", os berros ouviam-se na rua.

O meu coração voltou atrás no tempo, batia fortemente, as minhas mãos tremiam, pensava " vai começar o espectáculo".

E a broca continuava o seu trabalho, o gajo, covarde, berra dentro de casa, não faz nada, pensa que os trabalhadores vão parar por sua causa, com certeza que nem o ouvia.

E o que me levou a pensar que ela, a broca,  teria começado a sua tarefa de manhã cedo, foi por que isto passou-se durante  15 minutos, a broca parou e deu lugar às marteladas

E o gajo sossegou.

Fico apavorada com este louco. Comento para o meu decote " Sacana, podia vender a casa, alugar uma casa no campo, subir o monte e lançar as suas paranóias, frustações e locuras bem longe daqui."

 Que angústia!

 

 

 

 

coisas do meu dia (adenda)

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Hoje de manhã, levantei o estore do quarto, sorri de contente porque os funcionários da AGERE não levaram os monstros, que contei aqui.

Vi que o gajo pôs a tralha a ocupar o espaço de estacionamento para pessoas com deficiência (existe uma placa) , com o pormenor de ter deixado um aparelho de televisão, que os funcionários não levam.

Saí para umas compras, cruzei-me com o vizinho do lado, o primeiro a vir morar para este prédio, há cerca de 50 anos. 

Parou e perguntou-me de quem era o lixo que estava  no passeio.

Respondi-lhe que é do P e que ele tem uma sorte do caraças porque não cumpre com os horários estipulados para colocarmos o lixo à porta e nunca teve multa (que eu saiba).

Não faço queixa porque não quero mais problemas a acrescentar aos que tive há anos (a polícia veio cá várias vezes) aquando das obras que fiz em casa.

Quem quiser que o faça.

Eis aqui a tralha de sua excelência o P , o vizinho do 1º andar.

 

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