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cantinho da casa

cantinho da casa

Vilar de Mouros

o Festival de Música em que os U2, uma das minhas bandas preferidas, tocaram pela primeira vez em Portugal, foi o arranque para os inúmeros festivais que se realizam todos os anos no verão, completa 50 anos, embora com algumas interrupções .

Nunca fui a um festival. Óbvio que nem sempre o cartaz era o desejável, até porque não conheço a maioria dos grupos desta nova geração, mas como há sempre uma primeira vez para tudo,  passava-me pela mente ir, mas as companhias não manifestavam qualquer interesse, desistia. 

Hoje estava previsto irmos a Vilar de Mouros, e porque estão lá os Waterboys e Bombino, que não conhecia mas tive o prazer de o ouvir há dias no Theatro Circo, até 5ª feira restou-me a última esperança que o sonho ia ser realizado.

Mas, mais uma vez, porque uns não podem, outros não querem, e outros não estão por cá, não vou. Acho que seria a minha última chance.

Pensei ir por aí acima, alugar um quarto num hotel e ir, mas não é a mesma coisa. Desfrutar das músicas do meu tempo sem as minhas companhias preferidas, não tem graça.

 

I pitcured a rainbow...

 

 

 

 

Bombino

um homem tímido, um bom músico, uma banda que convenceu.

Um público fã com idades entre os 25 e os 65 anos (inimaginável para mim, que não conhecia o músico)  entendi que conhece as suas músicas, uma mistura de rock, reggae, blues, canta na sua língua, indecifrável, claro, mas envolvente.

 

Na fila do lado e à minha direita, um assobio estridente e insistente saía  da boca de um jovem sempre que a banda acabava uma música e iniciava outra, assim como um gritinho de "Bombino", punha a malta a rir.  Incontrolável o jovem que já estava a deixar-me sem paciência.

No final, na 1ª fila da frente, quando a banda voltou ao palco para tocar outra música, um homem maduro levanta-se, vira-se para trás levanta os braços a pedir que batessem palmas e dançassem. E o público obedeceu.

A mulher que estava ao meu lado esquerdo, que deve ser uma fã incondicional, ui!  mexia os braços e o corpo, batia palmas. 

Do lado de fora, no corredor da plateia, dancei.

Paredes de Coura está aí, tinhamos pensado ir um grupo pequeno num dos dias mais leves do cartaz, que pouco tem a ver connosco, estava ainda por decidir, até que hoje, tive uma chamada a convidar-me a pensar no Festival Vilar de Mouros. E não é que  descobri que esta banda faz parte do cartaz do dia 27 de Agosto?

 

cartaz_vilar_mouros_2016.png

 

 

Omara 'Bombino' Moctarin, também apelidado de “Hendrix do deserto”, nasceu e foi criado no Níger, perto da cidade de Agadez. Começou a aprender guitarra graças a um destes instrumentos, que encontrou abandonado num dos exílios que, enquanto tuaregs e nos muitos conflitos com o governo do Níger, foi obrigado a fazer, com a sua família.Os fãs de Bombino e da música Tuareg em geral vão encontrar algumas novidades neste álbum. A primeira é a apresentação de um novo estilo do qual Bombino é pioneiro e que pode ser chamado de “Tuareggae” – uma mistura luminosa de rock/ blues Tuareg  com uma gota de reggae. Outra é o uso, pela primeira vez no registo de música Tuareg de harmonias vocais entre cantores o que dá uma nova profundidade e cor às canções. Por fim, a banda que o acompanha é mais unida e mais enérgica do que nunca. O resultado é o mais polido e inovador álbum de Bombino até à data: “Azel”.