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cantinho da casa

cantinho da casa

no banco

 

 

 

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O "meu" banco teve umas obritas, no ano passado. Provavelmente elas teriam sido nos andares superiores, pois no atendimento pouco se notou, a não ser duas pequenas colunas paralelas em frente ao balcão caixa que, suponho, é para  formar fila para quem vai para este, o que não acontece. Ninguém faz fila aqui.

De um dos lados há um sofá onde me sento à espera que o meu gestor venha ter comigo, como é hábito, quando chega a minha vez. 

Mas se os gestores estão a atender os clientes, não se apercebem de quem entra. Quem chega, deixa-se estar de pé em frente a eles para que sejam vistos.

Não gosto disto. Acho que corta a privacidade no atendimento,  não só para o gestor, mas também para o cliente. 

Quando entro, vejo se ele está, dou o bom-dia e vou sentar-me no sofá à espera da minha vez, mas sempre atenta a quem chega e fica de pé, não vá passar à minha frente.

Na semana passada, fui tratar de uns assuntos, o gestor estava a atender um cliente, viu-me, fui sentar-me no sofá.

Às tantas, pareceu-me que alguém que  acabra de chegar, entrara no gabinete. Na dúvida, não reagi.

Entretanto, saiu, de imediato entra outro senhor. Pronta a agir, o meu gestor veio ter comigo e disse-me que ia atendê-lo por que já estivera lá,  não demorava: "só uns minutos, eu já a atendo". E sempre que ia às fotocopias e passava por mim dizia o mesmo (óbvio que não gostei, por que  muitas foram as vezes que tive de tratar de papeis, voltar, e nunca passei à frente de quem lá estava, esperava pela minha vez).

Fui atendida, pediu-me desculpa, "o senhor teve de tratar de ... estava à sua espera..."

Aceitei o pedidos de desculpas, mas com esta cena esperei meia hora.

Hoje, voltei lá. Estava ocupado, cumprimentei, sentei-me no tal sofá.

Ele passou por mim duas vezes, estava eu com o telemóvel a navegar na net, mas atenta a quem entrava e saía,  ninguém fazia fila ( nem sei o que estão a fazer ali plantadas as tais colunas) quem está sentado não sabe se a pessoa que acabou de entrar vai para ser atendida pelo gestor se vai para o balcão.

De repente, apercebo-me que entrou um senhor que ficou de pé junto à porta.

Guardei o telemóvel, deixei-me estar sentada a observar a cena.

Cerca de dez minutos depois, vejo este sentar-se no gabinete do meu gestor. 

Depressa me levanto, aproximo-me, o gestor vê-me,  faço-lhe sinal e  digo baixinho que eu estava primeiro, ao que ele me diz: " eu já a atendo".

Fiquei danada, para não dizer um palavrão.

Mais dez minutos, vi o homem sair. Fiz de conta que estava a ver o telemóvel, vem o gestor ter comigo.

Pediu desculpa, não sabia que eu estava ali, que não me vira entrar.

Comentei que o cumprimentei quando entrei e que o cliente anterior a este que acabara de atender  também entrara depois de mim;  que compreendo que eles não têm de estar atentos a quem entra, mas os clientes devem ter o bom senso de perguntar a quem está sentado se é a sua vez, exactamente o que faço quando entro em qualquer lugar público sem senha de atendimento e vejo pessoas à minha frente.

 

 

 

 

 

Eu até dava

 

 

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a minha vez na fila do supermercado, que era grandita, à senhora que só queria pagar uma lata de atum e um chocolate, mas quando ela vem sorrateira e pára ao meu lado, olha-me com aquele ar de manhosa e por que é terceira idade e pensa que os mais novos têm de lhe dar prioridade, eu olho-a, ela posiciona-se ente mim e a senhora da frente, e murmura baixinho: "estou cheia de pressa, vou deixar ficar isto", continua a olhar-me, encosta-se a mim, eu afasto-me. Eu estou com pressa porque é hora da fazer o almoço e o que me levou a ir ao supermercado foi a falta de azeite.

A fila não andava, o funcionário da caixa toca a campainha para a colega abrir outra caixa,a senhora pousa as coisas em cima de uma caixa com produtos e volta à carga "eu estou cheia de pressa, vou deixar aqui as coisas", ninguém dizia nada, ela não ia embora.

A funcionária que acabara de abrir a caixa diz: "passem para esta caixa, por favor, por ordem".

Pergunto à senhora que está à minha frente se não quer ir, não me respondeu, e vou eu.

Pago as minhas coisas e, quando tal, vem ela, a senhora resmungona que tinha pressa mas não foi capaz de pedir a quem estava à sua frente para lhe dar a vez na fila.

Eu tinha muita pressa, sim, mas se ela não fosse manhosa, e se me tivesse pedido, eu até dava a minha vez.

Acho  que não vou ter estas atitudes  quando chegar a velha porque sempre soube esperar e se tenho pressa, peço delicadamente autorização para...