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Precisava de passar no banco e ficando este a dois passos do provisório mercado municipal, a ideia era trazer o mínimo de compras, ia sem carro (uso carro para as grandes compras e para outras que fiquem longe de casa) decidi, hoje, fazer as compras fora do espaço habitual, passei, então, nas vendedoras que vendem os seus produtos num espaço à parte, sem bancadas.
Em nenhuma compra que fiz aceitei o saco de plástico que me ofereciam. Eu tinha vários sacos de papel do pão, deu para todos os produtos.
Em vendedores diferentes comprei de 1kg de tomate cherry, paguei 0,50 €; beringela , meloas e alface, paguei 2€; alho francês 0,50 €; ameixas 1€.
Vi uma senhora com um grande cesto de maçãs, ela pega num saco de plástico, digo que não quero o saco, vendo que eu tinha o de papel não mão, diz-me:
- Muito bem! Mas deixe-me usar o meu só para pesar e passo depois para o seu.
Depois de pesadas passou-as para o meu e comenta:
- Sabe que para o ano vai ser proibido usarmos sacos pequenos de plástico? Olhe, acho muito bem. Antigamente, íamos comprar o pão, levávamos o saco, íamos à mercearia, levávamos o saco. Este tempos modernos vieram alterar tudo e agora que o ambiente está como está, querem acabar com isto, e olhe que eu acho muito bem.E porque a menina está a poupar o ambiente, gostei muito do que fez, dou-lhe mais duas maçãs.
E eu sorri.
Ainda comprei um ramo de flores 1,50€.
Os meu braços não podem carregar tanto peso, um quilo disto, outro daquilo, o certo é que vim carregada para casa.
Fui ao mercado comprar legumes e fruta.
Dirigi-me à senhora habitual, hoje com muitos produtos para vender.
Reparei nos figos.
Uma chinesa escolhia-os um a um, metendo-os no saco de plástico.
Enquanto escolhia os legumes, pedi à vendedora que separasse alguns figos para mim.
Não sei se esta ouviu o que lhe disse, e depois de perceber que a chinesa estava a entregar-lhe o saco, já cheio, para pesar, continuei as minhas escolhas dos legumes.
De repente, vejo a chinesa a encher outro saco.
Perguntei à vendedora se tinha separado os figos que lhe pedira. Ela, que não ouvira, respondeu-me que não, ao mesmo tempo que dizia à chinesa que os figos da caixa eram meus. Esta não deu a mínima importância, continuava de cabeça baixa a escolher.
A outra recomendou-me que metesse os restantes num saco antes que ela os levasse todos, mas eu preferi dizer que a deixasse, levaria numa próxima vez, se tivesse.
Às tantas, a chinesa ergeu-se, entregou o segundo saco à vendedora.
Olhei a caixa. Restavam onze figos.
E diz a vendedora: "leva-os senão ainda vai buscar esses que aí tens".
Fiquei desconsolada, mas trouxe os que ficaram.
E são bons, oh!, se são!
Adoro figos.
no concurso "Sabe ou não sabe", Porto, junto ao estádio do dragão, Vasco Palmeirim convida uma vendedora de cachecóis para participar no passatempo.
À segunda pergunta, para não sabe, diz Elsa, a vendedora: "bamos procurar um escroque...pode ser aquele belho antigo ali", ahahah!
Na procura de alguém para a terceira pergunta, depois de Vasco Palmeirim perguntar o número de filhos e netos que tem, diz, "Diga alguma coisa para os jovens,o que gostava de ver para o futuro".
Prontamente ela responde, "se fores lá, leva a camisa".
Rudy, o jovem negro que ela escolhe para responder a "qual o maior orgão do corpo humano?" e perante as risadas do público que os acompanhava, o jovem respondeu "a pele".
E sem ter confirmado a resposta como certa, Vasco Palmeirim diz, "mas a senhora diz que sabe,vá, diga qual é"
Sem mais demora, ela responde "é a ferramenta do homem."
Humor na rua, tem outro sabor.