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cantinho da casa

cantinho da casa

as audiências

 

 

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A respeito deste título sobre a nova novela Pantanal, e porque vi a dos anos 90 e grande dela parte dela está esquecida, faço questão de ver a actual, gosto de novelas brasileiras com história, logo que foi anunciada no Instagram da SIC Oficial, eram muitos os comentários a criticar a hora porque já se previa que seria depois das novelas portuguesas (não vejo nehuma).

Ora, todos os dias entra no telemóvel a notícias das audiências, e, curiosa que sou, porque gosto de ver a SIC ( escrevi várias vezes que não vejo nada de programas da manhã ou da tarde, ligo a TV à hora de jantar), o que tem acontecido é que passa demasiado tarde, e contando com 15 minutos de publicidade, no intervalo, a novela acaba quando eu já adormeci no sofá, ou desligo o televisor, deixo-a a gravar, para ver no dia seguinte, o que faz com que uma novela que está a ser um sucesso no Brasil, perca audiências, precisamente porque é uma má hora para se ver.

E ao que parece já vem aí nova  novela portuguesa,uma bomba, e lá vai o Pantanal para as gravações dos nossos aparelhos, para quem tem box, porque há muita gente que não tem, e gostaria de ver e não pode.

A guerra entre as duas estações irrita-me, sobretudo porque se numa o alarido é de mais, na outra, que até tem liderado e de certa forma poderia continuar se ouvisse ou lesse o que os espectadores sugerem, ficava calada porque, como se costuma dizer, " o segredo é a alma do negócio", pelo contrário, lança pistas para as revistas e redes sociais o que faz com que o outro responda com mais e "melhor" ( que para mim não serve).

Tenho  muitoooos canais, que raramente vejo,  mas estou fã das séries que passam na RTP2, a tal que é culta e adulta.

 

 

 

 

fico stressada

Desde as14horas que aguardo a vinda dos técnicos da operadora de telefone e tv, para fazerem as ligações devidas.

Ao longo da semana passada, recebi várias SMS a lembrar que a equipa viria entre as 1400h e as 18:30h.

Hoje, às 8:24h , uma mensagem dizia que previam que  a chegada dos técnicos seria entre essas horas que referi.

São 16:55h, ainda não apareceu ninguém, nem sequer um informação a avisar a provável hora de chegarem cá.

Acho que a equipa técnica, que penso ter o meu contacto, consultando a agenda, devia avisar o cliente que a sua chegada prever-se-ia para a hora x.

Tinha de ir buscar sobrinho neto ao colégio,  já avisei a mãe que terá de ir (logo hoje que tem assuntos a tratar depois do trabalho).

É não me apetece fazer nada, nem ler,  quando espero alguém.

Uma tarde perdida, e fico stressada.

Stressada porquê?

Porque sei que vão ter de furar a parede para meterem os cabos e o meu vizinho de baixo não suporta barulhos fortes e começa aos berros e a dizer palavrões quando  isto acontece.

Como de manhã ele não sai de casa, marquei para a tarde porque ele está constantemente a entrar e a sair, e eu fico mais tranquila.

Acabei de receber a SMS a informar que o técnico está caminho.

Um minuto depois, a chamada deste a dizer que só chegará dentro de 25 minutos.

Não há paciência, por mais que a tenha.

chuva de Agosto apressa o mosto

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de manhã,a temperatura estava agradável,fui ao cabeleireiro, se fosse de tarde o meu cabelo estaria desfeito da humidade e da chuva 

hoje, não fui buscar o sobrinho neto à creche,fiquei por casa, estou a ler blogs

o tempo está de inverno, arrefeceu, já calcei umas meias,vou fazer um chá,umas torradas e sentar-me no sofá a ver a série " Sweet Magnolias" na Netflix.

tenho pena de quem alugou casa na praia e esteja aguentar com a chuva, chuva esta que leva o pessoal a procurar os centros comerciais. soube que o Braga Parque,ontem, estava cheio.

os ditados populares dizem que  " primeiro de Agosto, primeiro de Inverno" mas como já passamos o meio do mês, pouco falta para Setembro, e as vindimas estão aí, vem então a "chuva de Agosto apressa o mosto".

 

uma semana inteira

que se repete nas semanas que aí vêm.

Começou este mês a época de futebol, procuro nos canais algo que me convide a sentar-me no sofá e ver um programa que agrade, o que encontro?!

Nos dias anteriores ao "clássico", nos canais  do costume : SIC Notícias,  RPT1, RTP3, TVI24, CMTV, Sport TV, Porto Canal, o destaque  do discurso dos comentadores que berram todos ao mesmo tempo, era para o Benfica: comentava-se o jogo, os jogadores, a táctica, os jogos ganhos na época passada, a era Bruno Lage...

Mas no sábado passado o Benfica perdeu o jogo com o FCP, e como se as grandes equipas não pudessem perder,  ou neste caso os egos benfiquistas sofreram uma decepção, a discussão prolongou-se em todos os canais durante pelo menos quatro dias.

Ontem, passava nos ditos  canais, lá estava o destaque dos programas focados no Benfica, aquisição, venda, sei lá,  de  jogadores, até que num deles os comentários eram sobre o SCP.

Hoje, tivemos  play off dos jogos da Liga Europa, o Sporting Clube de  Braga e o Vitória de Guimarães estão na fase de grupos, lembrei-me de ver o que se passava... e de novo Benfica é o protagonista.

Amanhã vem mais, e já estou a ver o discurso para o jogo de domingo: o Braga recebe o Benfica, está visto que depois de um jogo como o de hoje dificilmente a equipa bracarense conseguirá pontos, vai haver acesa discussão já amanhã e nos mesmo canais.

Não há paciência. 

Escapa o Culta e Adulta, RTP2.

 

já com saudades

dos meus sobrinhos netos, que já estão em viagem, regressam hoje a casa, fui despedir-me deles, ontem, um abraço forte muito cheiroso do António.

O mais novo, malandro que está, atirou-me um beijo.

Enquanto a minha sobrinha fazia as malas, conversávamos. A TV estava ligada na SIC Noticias, quando, de repente, somos interrompidas pela voz do jornalista que anunciava a decapitação de uma criança, de onze anos, Síria. 

Olhámos o televisor, deparámos com a filmagem de um homem sírio que se ria e...

A minha sobrinha parou.

As lágrimas pelo rosto abaixo, saíram-lhe apenas perguntas :"Isto é assim? Como é possível matarem uma criança de onze anos? E passam esta imagem na televisão? Ninguém faz nada para impedir isto?"

Eu apenas comentei: " Eu já evito ver as notícias. Prefiro manter a ignorância. Mundo cruel, este!"

O pai, que estava no computador, diz: " E as imagens passam a toda a hora, isto não é jornalismo. É um incentivo à matança. Os terroristas querem ver isto".

Voltou ao que fazia, com uma dor tremenda, as lágrimas nos olhos...

A minha sobrinha tem dois filhos pequenos.

Com dor no coração, despedi-me dela (ela não gosta de despedidas), abracei-a e comentei: "Vai correr bem, dá notícias logo que chegares."

Se antes de ter  os filhos viajava com a maior das facilidades, sem medos, agora que os tem, cada viagem é uma preocupação. 

Dentro de cinco meses, no Natal, voltarão, se Deus quiser.

 

 

verão quente

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o tempo é de praia, não faço a mínima ideia se tem estado vento ou não, já não ponho os meus pés de cinderela na areia há um mês, o calor por cá é qb, a vontade de sair de casa é pouca.

todos os dia estou com a minha sobrinha e os filhotes, excecionalmente hoje, que vim para casa cedo, estive a ver o final do jogo de futebol de praia Portugal-Argentina, deixei a TV ligada, mas os programas da tarde não me dizem nada e adormeci no sofá. que bom sono!

depois, ganhei vontade de pegar no ferro, estive quase 3 horas a passar a roupa, que já está no seu lugar.

em todos os canais de notícias e à hora de jantar o tema dominante: Grécia. 

outros temas já entraram na nossa rotina: corrupção, fraude fiscal, branqueamento de capitais, burla qualificadda, evasão fiscal...todos os dias sai uma notícia fresca.

e andamos nós "os pobres" a ouvir isto.

 

As nossas cestas

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 No Jornal da Noite, passou a notícia do jovem Nuno Henriques que teve a ideia de recuperar a tradição do fabrico de cestos de junco, uma herança da família, fazer o seu negócio e expandi-lo.

Os únicos artesãos do fabrico da cestaria são pessoas de avançada idade, mas o jovem empresário quer dar a conhecer ao mundo esta linda tradição dos cestos portugueses, como aqui refere:

Todo este processo está ameaçado a acabar. Não há artesãos jovens que queiram aprender este trabalho e mesmo a apanha do junco no sul de Portugal, também ela perfeitamente manual, não encontra mãos novas. Mas antes que isso aconteça eu gostaria de partilhar e valorizar esta bela parte da minha herança cultural consigo (da página de Toino Abel).

 

Aqui no norte também se faziam, felizmente ainda se mantém a tradição, eram vendidos nas feiras e em lojas de cestaria. Em Braga havia uma loja, as Cesteiras que, infelizmente, já não existe, onde se vendia de tudo o que se fazia cá em Portugal, de norte a sul, em verga e junco: chapéus, baús, malas, cestas, cadeiras, tabuleiros, camas de criança...

Lembro-me de, em miúda, gostar muito destes cestos e de os ver nas mãos das empregadas domésticas (minha avó paterna tinha uma cesta grande que era usada para a empregada ir às compras ao mercado e à mercearia) e das lavradeiras que iam vender para o mercado (ainda hoje se vêem nas vendedoras mais velhas). Eram cestas usadas para as compras, pelas  mulheres de condição social baixa.

Nessa altura, vivia-se mal. As mulheres faziam docinhos, pequenas coisas de artesanato, rendas, tudo o que fosse possível vender de porta em porta para ganhar alguns trocos para o sustento da família. E estes cestos andavam nas suas mãos.

Minha mãe era uma mulher muito habilidosa na costura, bordados e tricot. Fazia pequenas coisas para a casa, sacos para o pão, panos de cozinha, os babeiros (alguns bordava-os) para mim e para a minha irmã mais velha, os remendos nas calças dos meus irmãos.

Costumava comprar retalhos a uma velhinha, muito limpa, que trazia os retalhos muito bem dobrados, cobertos com um pano branco bordado, dentro do cesto. Batia à porta, eu descia com a minha mãe para ver as novidades dos retalhos que eu tanto gostava. Adorava mesmo mexer naqueles pequenos tecidos tão arranjados e dobrados. A senhora falava muito baixinho, era de uma humilde imensa e minha mãe, uma boa cliente da senhora, muitas das vezes, penso eu, devia comprar mais para a ajudar que por necessidade.

Os anos passaram, as mercearias deram lugar aos supermercados e mercadinhos, o mercado das lavradeiras foi  quase esquecido, as sacas de pano foram substituídas por sacos de papel e de plástico, os remendos deixaram de se fazer, tudo passou a descartável e os cestos deixaram de ser usados na cidade.

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Mas os tempos também ajudam as pessoas a procurar alternativas ao desemprego e a recorrer ao que antigamente se fazia.  E  "Toino Abel" está a desenvolver um bonito negócio e a divulgar  lá fora o que de muito bom de artesanal se faz neste país.

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E foi então que vim pesquisar se a nossa cestaria andava por aqui... E encontrei  a marca  Toino Abel, do jovem que foi notícia no Jornal da Noite.

Tem uma página em português e inglês onde explica como começou este seu negócio, a história da família, de como são feitos os cestos, de quem os faz, onde são feitos e o vídeo que mostra como se fazem as asas das cestas.

Um negócio em expansão, com necessidade de mão d'obra mais jovem para dar continuidade a uma tradição familiar tão bonita e moderna.

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Os cestos andam aí, chamam a atenção das mulheres portuguesas (esta blogger adora-os) e poderá ser a mala da moda urbana para o próximo verão e para a praia, porque não os lindos cestos com o design "made in Portugal"?

E há  modelos para todos os gostos. Eu gostei de todos.

 

 

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