A Sofia lá está no Porto, tem vindo aos fins-de-semana a casa, vem visitar-me.
Na primeira semana, mandava SMS a saber como estava, se fora praxada.
Ela estava disposta a entrar nas praxes, mas pinturas no rosto, nem pensar.
Soube que foi uma semana ocupada, andava em conferências.
Tudo correu bem. Estava a gostar, não há exageros e o que ela não quer, ninguém obriga a nada.
Nesse fim de semana, passou cá em casa e disse-me o que eu soubera pela mãe: faz parte da tuna feminina da FEUP.
A nossa conversa:
- Como assim? Já pensaste que tens de usar trajo? Tens de usar saia... e sapatos. Tu que usas sapatilhas e calças?
- Lá terá que ser-, respondeu-me.
- Quem diria!- , comentei.
No fim de semana passado, jantamos todos, perguntei-lhe se estava a gostar da tuna, se também cantava, qual o instrumento que toca.
Estava a gostar de tudo, as aulas começaram a valer, não tem havido praxes. Pelo menos no seu curso.
Esta semana, sem ter qualquer chamada ou SMS, liguei-lhe, ontem à noite.
- Olá, tenho de ser eu a ligar-te...
- Mas eu liguei-te.
- Não, não ligaste. Não tenho qualquer registo de chamada tua.
Ela tenta mudar a conversa, quando lhe perguntei:
- Estás em casa?
- Não, estou com as colegas da tuna. Estivemos a ensaiar, vamos jantar e depois vou para casa.
Recomendações imediatas minhas: "Não vás para casa sozinha. Se não tiveres quem te acompanhe, vais de táxi".
E começaram as preocupações. Ela não vê os perigos. Nada é problema.
Mas não me canso de a alertar.
Criei esta miúda, caramba.