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cantinho da casa

cantinho da casa

enquanto estou por casa

Sem poder sair, tive de dizer à empregada que não viesse esta semana, os meus dias são:

tirar as cortinas da sala para lavar, e como são seis, lavo aos pares na máquina

- lavei as do meu quarto num programa mais curto, já estão prontas e no lugar

- aspirar

- estive a experimentar várias cores de maquilhagem para os olhos, tenho a festa de casamento da sobrinha já este sábado, mas desabituei-me de usar sombra, tenho uma paleta com cores que gosto, não sei o que escolher. No dia, vai ser o que calhar.

-o meu vestido para o casamento tem um decote que abre de mais e eu detesto-os ousados à frente (se for nas costas adoro), foi para a modista para pôr uma mola invísivel. Tentei fazer isso, mas como as mangas são asa de morcego, não acertava com a coisa. E o facto é que ontem era o dia de o ir buscar, quero lavá-lo antes de o vestir, amanhã vai a sobrinha fazer isso por mim. A modista foi avisada que vai lá alguém buscá-lo.

-tinha marcação de limpeza de pele e massagem corporal para sexta-feira, neste dia já posso sair de casa, desmarquei a de rosto, ficou a de corpo, uso a máscara.

-de tarde, vou ao cabeleireiro, para variar quero o cabelo com ondas. No sábado é impossível fazer tudo isto, o casamento é às 13h,e temos de fazer uma viagem.

Felizmente, o covid foi leve, mas veio perturbar a minha rotina do ginásio e de ir levar e/ou buscar o sobrinho neto ao colégio.

Dois dias mais tarde ia imperdir-me de ir ao casamento.

 

 

 

 

 

no cemitério

Não chovia quando saí de casa para ir ao cemitério fazer aquelas limpezas mais profundas às campas dos meus familiares.

No cemitério há armários em todos os sectores, com regadores azuis e vassouras para as pessoas servirem-se e colocá-los no lugar depois de os usarem, o que faço  sempre que lá vou.

Ora,  hoje, calculei que estariam muitas pessoas nas limpezas, levei um balde azul e uma vassoura. 

Lavada a dos meus avós ( onde está o meu irmão mais velho, muito querido que foi deles) fui para a dos meus pais e irmã mais velha.

Numa das vezes que fui buscar água, estavam duas senhoras junto à torneira, apontando para o meu balde diz-me uma delas:

- Dê-me esse.

Respondi que era meu e que no cemitério não há baldes, mas regadores, e que estava a precisar dele.

- Ah, tem razão.

Uns minutos depois, estava eu a lavar a campa, aproximam-se uma mãe e filha, páram na campa em frente e diz a mãe para mim, tratando-me por tu:

- Olha, quando acabares dá-me esse balde.

Fiquei parva a olhar para as duas, primeiro porque me tratou por tu e não a conheço, nem ela a mim, tanto quanto eu saiba, de lado nenhum, e porque também ela sabe que no cemitério há regadores e não baldes.

Respondi  que o balde era meu, que se quisesse dava-lhe a vassoura porque tenho várias na garagem, que estava a acabar a limpeza e ia embora, não podia deixar-lhe o balde.

- Ah, desculpa. Vou ver se encontro alguém que me empreste um regador.

Voltei à torneira, enchi o balde, reparei que no armário tinha um regador.

Peguei nele e levei-o para ela.

Numas campas mais à frente, na tentativa de que alguém lhe passasse o regador,  e tratando-a por "senhora", disse-lhe que tinha um para ela e que deixava a vassoura.

Agradeceu e comentou comigo, agora retribuindo a forma de tratamentoque a campa está escura, que mandara aplicar um verniz para proteger da humidade, mas não resultara.

Não suporto esta forma de tratamento de  "tu" que a sociedade  moderna usa como se todos fossemos familiares, colegas, amigos (as).

Sou uma pessoa simples e informal, mas por incrível que pareça, tenho amigas e colegas de trabalho mais jovens que não consigo tratá-las por " tu".

E nada tem a ver com  idade. 

 

coisas do meu dia

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Há três anos, uma amiga ofereceu-me, no aniversário, um fio com pendente da árvore da vida com brilhantes. 

Decidi mudar o fio deste, passei na ourivesaria para o substituir por um fio dourado para fazer conjunto com o fio com pendente cruz ( na imagem) que recebi no Natal passado.

Fui atendida por um dos donos, presumo que irmão do senhor que habitualmente me atende,  um senhor que andará pelos 70 anos, que não me lembro de o ver por ali.

Não havia fios finos dourados que servissem no pendente, estivemos a ver a medida que eu pretendia.

Ora,  nos cerca de 10 minutos que estive na loja, o diabo do homem, que eu não conheço, tratou-me sempre por tu.

- Ah, e tal, vê a medida deste, experimenta o que tenho aqui, olha esse serve-te, eu mando vir o que quiseres, quinta-feira já tens o fio, deixa ficar o pendente que trato disso, queres estas bolinhas no fio...

Eu, lixada, para não dizer fº*#ª@, farta da conversa dele, desta modernice de nas redes sociais as pessoas tratarem-se por tu, pensava para mim mesma "é preciso ter lata! o homem não enxerga que está a atender uma cliente que não conhece? e mesmo que conhecesse, se o trato de senhor tinha obrigação de o fazer da mesma forma"

O sócio (irmão???) e o filho, que sempre me atenderam  com simpatia e nunca me trataram desta forma, na outra ponta do balcão, ouviam a conversa e, certamente, não estariam a  gostar desta forma de tratamento.

Repito, eu não me lembro de ver aquela pessoa pela loja, e se não fosse por que me pareceu andar pelos 70 anos, reagia.

Sou apologista deste tipo de tratamento quando há confiança, respeito e empatia, doutra forma, não admito, nem eu altero o meu comportamento.

Fui educada desta forma, nada há a fazer.

 

os chicos espertos

Na recepção da clínica de fisioterapia estão afixados dois avisos, no balcão e na entrada da porta que dá acesso ao espaço de tratamento, que pede as pessoas para não entrarem na sala e aguardarem na recepção que os chamem.

Sempre cumpri o que o aviso lá diz, por vezes as técnicas demoram a vir à recepção, estão a trabalhar, temos de esperar pela nossa vez, mesmo que passe da hora marcada.

Com a crise  e os cortes, a clínica despediu pessoal. Entretanto abriu o Hospital Privado no centro da cidade, muitos doentes deixaram de lá ir, ficaram apenas duas técnicas e uma fisoterapeuta, logo, elas tentam coordenar o trabalho de modo a que ninguém esteja muito tempo na recepção à espera do tratamento.

Há cerca de 15 dias cheguei dois minutos depois da hora marcada para mim, 14h, as técnicas estavam a tratar quem chegara primeiro, sentei-me à espera que uma delas viesse ao balcão ver se havia alguém à espera.

Cinco minutos depois, entra um senhor, e logo a seguir uma senhora.

Viram-me sentada, sabiam que eu estava à espera de entrar. Reparei que ele vacilou entrar  para a sala, visto que percebeu que eu esperava a minha vez e chegara primeiro.

Não passou um minuto, vai ao corrredor e pergunta se pode entrar.

As técnicas responderam que sim, a senhora não tem mais nada, faz o mesmo... e fiquei sozinha na recepção.

Estes dois não tiveram a gentileza de dizer que estava uma pessoa na recepção à espera.

Passados cinco minutos, uma das técnicas veio ao balcão, como sempre vem para certificar-se se há pessoas à espera e se tem lugar disponível.

Levantei-me de imediato e comentei:

" Há aqui dois avisos, acho que  as pessoas não sabem ler. Cheguei há cerca de 10 minutos os senhores que entraram chegaram depois de mim. Ouvi que lhes perguntou se podiam entrar. Viram-me aqui, sabiam que eu estou para tratamento. Pelo menos respeitavam-me, não entravam e esperavam que uma das senhoras viesse ver quem estava".

A técnica, que me conhece há muitos anos, concordou comigo.

Convidou-me a entrar e, atrás de mim, e propositadamente e para que os chicos espertos ouvissem, comentava que as pessoas não são correctas, que deviam respeitar o aviso, que não foi simpático o que fizeram, e tal. E pediu-me desculpa.

Hoje, cheguei lá um pouco mais tarde, não tinha ninguém na recepção.

Uns minutos depois, entra a  mesma senhora da cena anterior.

Viu-me sentada, comentou baixinho, " não sei se é para entrar".

A seguir entra um senhor, aproxima-se corredor, pergunta se pode entrar, ela vai atrás dele e faz o mesmo.

A técnica ( tenho a certeza que ele pensou em mim) diz:  " não sei se está mais alguém na recepção que tivesse chegado primeiro."

E estes meus ouvidos ouviram um " não, não está ninguém".

Apeteceu-me entrar sem pedir autorização e dizer: "desculpe, estou eu e cheguei primeiro que vocês dois".

Mas não fiz nada, deixei-me estar.

No momento que a técnica vem ao balcão, entra um senhor. Não deu tempo que eu lhe contasse mais esta cena dos dois chicos espertos que me viram e disseram-lhe que não havia ninguém na recepção. Ela mandou-nos entrar, cada um para o número da divisão que nos indicou.

E hoje não foi possivel contar mais esta cena. Excepcionalmente, a pessoa que me fez o tratamento foi a fisioterapeuta e não tenho à vontade para fazer estes comentários.

Quando os chicos espertos querem ser os primeiros em tudo não respeitam pessoas e lugares.

Hoje, foi o meu último tratamento.

 

 

 

 

 

cuidar de mim

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Sempre tive cuidados com o meu rosto e corpo, mas nem sempre lhes dei a atenção que gostaria.

Já usei produtos de marca, de perfumaria, de farmácia, e até de supermercado, aquelas marcas mais conhecidas como a L'óreal e a Nivea.

Um ano depois de entrar para o cluble HP, experimentei o SPA quando um dia ofereceram um voucher de um tratamento de rosto e corpo. Óbvio que este tinha  um objectivo: uma promoção de dez tratamentos a um preço convidativo, que decidi comprar e que foram uma delícia e o meu corpo e rosto agradeceram-me.

A última promoção, em Março passado, constava de um tratamento de rosto da linha Thalgo, com o valor de 25 euros.

Como é óbvio, qualquer casa que se prese em vender, não dá ponto sem nó, pelo que a promoção constava de um coffret com creme de rosto, uma máscara e um creme hialurónico de olhos ; um tratamento de rosto, por três meses meses, com duas opções: uma vez por semana, com preço de 120 euros mês; dois tratamentos quinzenais com o valor de 80 euros/mês. Ofereceram-me um creme de corpo e um suplemento alimentar  .

Escolhi a segunda opção. Gosto de ver os resultados mas vou com calma.

Ora hoje fui ao ginásio e pedi uma marcação para esta semana. Com a agenda  cheia, só na próxima semana. Mas, de repente, a massoterapeuta perguntou-me se não queria fazer naquela hora. Eram 12h10, aceitei.

Um tratamento que me agradou, muito.

Limpou, exfoliou, massajou. Aplicou a máscara contorno de olhos.Uma máscara de rosto. Descanso de cerca de 20 minutos.

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Limpou. Aplicou cremes, massajou os cantos da boca, os olhos a testa, o nariz.

Benditas mãos.

Depois um sérum, um créme. E diz-me: "Está pronta". 

Olhei-me ao espelho. O meu rosto estava limpo e a pela bonita.

Tenho mais cinco tratamentos pela frente.

Fui pesquisar a linha de produtos: caros!

Já que paguei os tratamentos tenho de os aproveitar, porque a minha carteira só pode comprar nas promoções. 

agora, é a voz

A semana passada  fui às Finanças acompanhada de uma jovem que, além de simpática, é uma boa profissional a tratar de documentos. A funcionária que nos atendeu parecia que estava a fazer um favor, mas foi respondendo a tudo o que a jovem perguntava. Eu olhava-a e  associava o rosto a um caso que aconteceu comigo, há um ano e meio, sobre o que devia fazer para conseguir um documento.

Lembro-me que saí de lá frustrada, não por que o assunto não ficasse resolvido, mas pelo tratamento arrogante que me fez passar por uma imbeci. Também porque quem estava próximo ouviu tudo ( não devia ser permitido as pessoas que esperam a sua vez ficarem perto do balcão de atendimento. Ninguém precisa de saber o que cada um vai tratar). Contudo, não tinha a certeza se seria ela.

Hoje voltei às finanças. Esperei 45 minutos ( e porque muitas pessoas tiraram o ticket mas puseram-se a milhas com tantos números à sua frente), fui atendida pela mesma funcionária.

Antes de preencher a requisição, perguntei se podia ser eu a pedir o documento, visto que sou cabeça de casal da família. E expliquei o motivo do pedido. Respondeu que não podia se eu a fazê-lo.  Insisti na minha explicação, ela insistiu, também, até que acabei por dizer que o meu familar iria lá resolver o assunto.

E foi pela voz que lá cheguei. Foi ela, sim, que me atendeu  há um ano e me fez passar por um momento constrangedor e humilhante.

Hoje, de novo, a sua arrogância  fez-me corar. Corei, porque não consegui responder-lhe com a mesma "delicada" arrogância e porque me senti envergonhada  pela minha ignorância e o facto de, mais uma vez, estar um senhor encostado ao balcão e ouvir a conversa.

As Finanças estavam a fechar, fui à caixa de pagamentos, perguntei ao simpático funcionário ( já o conheço de outros pagamentos que fiz) que já contava o dinheiro para fechar a caixa, se podia aproveitar  para fazer o pagamento do imposto de circulação automóvel.

"Claro que sim", respondeu.

Perguntou-me o NIF, deu-me a máquina de pagamento automático e com um sorriso, respondeu-me: " Fez bem aproveitar. Está feito."

Agradeci, como sempre faço a quem me presta um serviço.

Se os funcionários devem ser tratados com educação, eu nunca fui mal educada para ninguém, também deviam ser mais simpáticos para quem precisa do seus serviços. E ser simpático não é rir e sorrir a todo o momento e para toda a gente. É explicar as coisas com alguma delicadeza.

A porta já estava fechada. Abri-a, e saí mais satisfeita.

Não volto lá tão cedo. 

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Ritual

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Ontem, depois de duas aulas de Pilates, uma delas falei aqui , fui para a quinta de dez massagens Ritual Sacred Nature "Um tratamento combinado de corpo e rosto que promove uma nutrição profunda".

Antes de começar, o técnico pediu-me para tirarmos uma fotografia para fazer a divulgação dos produtos que são usados no SPA.

- Ah, e tal, fico mal nas fotografias.

- Não se preocupe, eu também fico mal, tiramos várias, escolhemos a melhor.

Não tive coragem de dizer que não, a colega tirou-nos várias fotografias, escolheu a melhor.

Depois passou à massagem que, como já disse aqui, é maravilhosa. Os produtos são uma delícia no corpo e rosto ( e este, especialmente, agradece).

Há mordomias que são bem pagas mas trazem-nos excelente benefícos, entre eles, boa disposição.