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cantinho da casa

cantinho da casa

A série

Muito se tem falado e escrito sobre a série Rabo de Peixe.

Não tenho a Netflix.

A sobrinha decidiu aderir, até porque tem séries engraçadas para os mais pequenos,  e nesse mesmo dia, estava eu em casa dela, começámos por Rabo de Peixe.

Sem saber que viria a ver a série,  lera este post da Marta, que tem o dom de fazer uma análise dos  livros, dos filmes ou séries que vê, fiquei com uma boa impressão do que seria a trama.

Também li várias opiniões negativas ao uso muito frequente de linguagem imprópria e a ausência do sotaque açoriano.

A ilha Rabo de Peixe careceu de imagens que mostram a sua realidade, vida e pobreza dos seus habitantes, e  paisagens da(s)s ilha(s) que não conheço.

Quanto à linguagem não me incomoda ouvir quando neste contexto de cinema ficcional.

Também em pessoas que a usam sem querer ofender quem quer que seja, mas só porque faz parte do seu humor em contar as coisas.

Então, em dois dias vimos a série.

Gostei?

Sim!

Algumas falhas que me pareceram que estavam à vista, no caso dos personagens da PJ, que foram pouco eficientes e seguiram pelo caminho errado.

Gostei de todos os personagens principais, acho que desempenharam muito bem o seu papel, muito natural, como se da realidade se tratasse.

Contudo, há uma personagem que me conquistou : Carlinhos.

O jovem gay, de coração cheio de amor, um sorriso bonito, sempre pronto a ajudar, católico, adora música e tocar para  o coro da igreja,  o moderador das acções do grupo e que no final foi quem seguiu o sonho de deixar a ilha, com o amigo, Eduardo, o personagem principal. Este surpreendeu-me desde o início da história.

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um dia de preguiça

o tempo está para isso mesmo.

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Gostei da série " Coisa Mais Linda" da Netflix, uma história envolvente como "só" os brasileiros sabem contar.

Racismo, feminismo, machismo, femicídio, o preconceito nos anos 50 e 60 estão aqui caracterizados nos excelentes personagens.

E porque o tema principal é a música, vibra-se  com as canções de Tom Jobim e João Gilberto, a bossa nova.

E não esquecendo o guarda-roupa ( adoro!),  a paisagem, o mar, a praia do Rio de Janeiro,  o final da 2ª temporada deixou os espectadores em suspenso, aguardo a 3ª temporada.

 

 

 

 

 

"Baixa Terapia"

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Para rir com prazer, surpreende pelos assuntos que foca: as relações entre casais, os filhos, o jogo, o álcool, o desemprego, tudo tratado de uma forma cómica. Cada personagem oculta algo do seu passado que não pretende revelar aos outros, ao mesmo tempo que as mensagens surgem, crescendo a tensão, e prendendo o público que aguarda com expectativa o que vem a seguir.

Com o decorrer da acção, uma personagem menos activa vai-se revelando numa caracterização inigualável  de gestos  entre o cómico e  o trágico.

E é nesta personagem, e seu marido, que a trama se desvenda.

O silêncio do público é quase aterrador.

As lágrimas vêem-me aos olhos, garanto que aos olhos da maioria da plateia.

E o final é surpreendente.

 

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 Depois do espectáculo, há um bate-papo com a plateia.

António Fagundes, terra-a-terra, como é sua característica, põe as pessoas à vontade, não deixa ninguém sem resposta.