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cantinho da casa

cantinho da casa

o quiosque CTT

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(edifício do antigo CTT de Braga)

Para não deixar para tarde e por que  com a vinda da época de Natal o correio atrasa-se, fui enviar postais e as encomendas para a "minha afilhada" deste Projecto Solidário  e a troca de mimos desta blogger. 

Enquanto esperava a minha vez, embora não seja novidade nenhuma desde há uns anos, os CTT mais parecem um quiosque/livraria, que um serviço público de correio.

As prateleiras cheias de livros de todos os géneros, que as pessoas pegam, dão uma vista de olhos, pousam e não compram, ocupam a maior parte do espaço que poderia ser para essas muitas pessoas que aguardam a sua vez.

No balcão, onde os funcionários cumprem as suas tarefas, algumas vitrinas exibem leques, porta-chaves e relógios das três "grandes" equipas de futebol portuguesas. Em cima, junto às máquinas de pesagem, lotaria, bonecas em cartão para as crianças (nem sei que raio são estas) e postais.

Detrás do balcão, fixas na parede, mais prateleiras exibem de tudo um pouco: ele é DVDs do "leão da Estrela", ele é carteiras e porta-moedas de cortiça, ele é mini violas, ele é cavaquinhos, leques... parece a loja dos chineses.

Por vezes, os funcionários perguntam: "não quer comprar...?"

Ano passado, fiz questão de comprar selos para toda a correspondência de Natal que queria enviar. Quando a funcionária foi à agenda e tirou os selos, sem graça alguma, perguntei se não havia selos alusivos a um tema, como antigamente.

Ela respondeu-me que não, que já não havia disso há muito tempo.

Fiquei desapontada. Lembro-me de ter comentado que sempre gostara de enviar, pelo menos nesta altura, cartas com selos bonitos.

Ora, com tanta coisa à venda, em vez de perguntarem se quero comprar o que por lá se exibe, por que não perguntarem:  "Quer enviar a sua carta com selos ? Desta vez o tema é este." 

Tenho saudades do antigo edifício dos CTT , com um azulejo vintage no chão, uma escadaria com corrimão em madeira, em caracol de ambos os lados da entrada, os guichets com portas de madeira que tinham afixado no vidro, que nos separava do funcionário, um letreiro que indicava o serviço, os mini balcões para preenchermos os registos, a cola liquída que besuntava os nossos dedos quando colavamos os selos e/ou fechavamos as cartas, a privacidade das cabines de telefone fechadas por uma porta.

Os CTT acompanharam a evolução do tempo apelando o público ao consumo de merdas que não servem para nada...pelo menos para mim.

No ano passado, recebi da minha amiga Luso-Brasileira, um postal de Natal cujo envelope é assim:

Sem Título.png

E vejam os nossos selos que encontrei neste blog.

 

selo presépio m graça.jpg

 

 

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Já nada é como outrora.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

M.J. inspira - "O uso do bidé aos próximos habitantes da terra"

para o tema de hoje, a M.J. deixou lá no seu cantinho, isto:

"o mundo vai acabar. podes deixar uma carta a descrever o uso do bidé aos próximos habitantes da terra. o que dirás?"

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Queridos Bidetantes.:

O mundo acabou para nós, estamos tranquilos da missão cumprida cá na Terra, mas gostaríamos de vos deixar um aviso muito importante: 

Quando tiverdes uma vontade incontrolável de fazer um cocó, depois de a tripa ficar aliviada, do lado direito ou esquerdo da "cagaota" tendes uma coisa que se chama bidé.

bide2L.jpg

 

O bidé foi inventado em tempos idos, no século XVII, (isto não vos vai dizer nada, claro) pelos franceses, um povo da Europa que tem uma tradição  sui generis que é levar debaixo dos sovacos o pão que compra na padaria. Dizia-se que o bidé era utilizado como contraceptivo para as mulheres de vida fácil, aquelas que cometiam "pecados", o que nós, na nossa era chamavamos de prostitutas.

Entretanto, lá na França, o bidé foi retirado das casas de banho mas nós, Portugueses, conservadores e higiénicos que somos, continuavamos a usá-los nas nossas modernas casas de banho.

O que para a maioria era uma peça feia e inútil, nós tinhamo-la como fundamental para o uso da nossa higiene diária, ou banho tcheco,  e por isso deixamo-vos esta preciosidade para que a usem para lavardes as partes íntimas (alguns terrestres chamam-nas de países baixos)  depois de fazerdes o serviço. É  reconfortante, ireis senti-vos frescos e limpinhos.

Ah! Sabem por que também se chama higiene íntima de "banho tcheco"?

Eu digo-vos. Quando se lavarem, estejam atentos ao som que as mãos produzem quando tocam a água, tá?

Disfrutem deste prazer, futuros e queridos habitantes. 

A que viveu neste mundo,

cantinhodacasa

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