Está um dia monótono, e chove bastante nesta cidade.
Depois de um Outono com muita chuva, este dia deprime qualquer pessoa.
Se bem que as há que adoram a chuva.
Eu gosto o suficiente para encher as barragens e termos água para todo o ano.
Quero o Sol de Inverno que me põe alegre e com energia para tudo.
Hoje, com várias coisas para fazer fora de casa, adiei para amanhã.
Já que tenho de ir ao ginásio, com chuva ou sem ela, fica para amanhã o que não quis fazer hoje.
Por enquanto, ando aqui na internet a ver telemóveis.
Há alguns meses a dar sinal de que a sua função está a chegar ao fim, deixei-me andar, vai ser este mês que vou comprar um novo.
Entretanto, o último dia de 2023, foi bastante sereno e em família.
Fui almoçar a Ofir, a casa da sobrinha mais velha, e à noite, contrariamente aos anos anteriores, que gosto de ficar em casa, fui jantar a casa de um amiga, que fez questão que eu e a (segunda) sobrinha e o filhote fossemos a casa dela.
E foi um bom bocado de noite bem passado.
O jantar estava bom, sobretudo as entradas.
Conversa, alegria, depois de jantarmos, veio a música.
Como as crianças são a alegria das festas, o sobrinho neto foi o nosso companheiro da dança.
Veio a meia-noite, o tchim,tchim, o desejo de saúde, os abraços, e de novo a música.
Viemos cedo para casa, a criança precisa de dormir, as outras ficaram.
O dia de Ano Novo foi tranquilo, a noite foi no sofá a ver " A Máscara".
O regresso à rotina começou para os mais velhos, a criança regressa amanhã à escola.
E a chuva continua amanhã, mas no final da semana vem o Sol e eu tenho uma consulta na Póvoa de Varzim, vou deixar-me ficar por lá e tomar a vitamina D que tanta falta me faz.
Alojadas em Lanzada, não fizemos praia nas que se estendiam para o lado direito e esquerdo do hotel, em frente ao mar, porque estão mais expostas ao vento.
Tranquilidade, e muitos passeios pelas várias praias da Galiza, foi San Vicente do Mar a eleita.
A minha amiga N passara férias nesta praia, já lá vão 30 anos, desafiou-me para passarmos alguns dias, lá queria voltar ao lugar onde fora feliz, e onde tinha de ir à cabine telefónica, que existe ainda, para ligar aos pais a informar que estava bem... Outros tempos.
Metíamos pelos caminhos entre as casas e os pinheiros.
E a paisagem era maravilhosa.
Pequenas praias que as rochas protegem do vento, sol quente, água fria mas ao mesmo tempo deliciosa porque se formavam pequenas lagoas onde as crianças estavam à vontade a tomar banho e a brincar. Óbvio que me banhei nelas.
De manhã, o público era maioritariamente com idade para cima dos 40 até aos 70, 80... que se reuniam naquele bocado de água que lhes dava até aos joelhos e cavaqueavam por ali até à hora do almoço.
Reunidas as tralhas, ficava a praia semi deserta.
Por voltas das 16:00h mudava o público, vinham os casais com filhos pequenos.
Às 17h00, juntavam-se os adolescentes.
Um grupo considerável concentrava-se no passadiço, alguns metiam-se debaixo dele, outros deitados na areia a conversar e com música a acompanhar.(Provavelmente encontravam-se todos os anos no verão naquela praia, como na minha adolescência nos anos em que os meus pais alugavam casa por um mês, era o reencontro com os amigos que vinham de outras cidades):
Depois, vinha outro grupo, mais pequeno, que ocupava sempre as mesmas rochas. Estes também faziam o mesmo dos mais velhos que estavam de manhã na praia: juntavam-se no mar a conversar, tomavam banho, voltavam para as rochas. Alguns sacavam do cigarrro ( não faziam como os adultos que guardavam as pontas dos cigarros em garrafas de cerveja, mas depositavam-nas na areia).
No meio destes, e porque a hora da sesta passara há muito, chegavam os pais de 40 e 50; e os avós; e os grupos de jovens rapazes e raparigas de 30 que se deitavam na areia a conversar.
Era demais, e continuamente, os adultos, os jovens, e crianças que subiam os rochedos e sentavam-se lá no alto a ver a paisagem ( que tenho a certeza que seria fantástico).
A água era muito llimpa, não tinha a areia pó que há aqui no norte, mas abundavam as algas.
Era um prazer tomar banho naquelas " lagoas".
Passava das 20h00 quando o sol se punha por trás das árvores e uma parte da praia ficava à sombra, era então a hora de pegar nas coisas e regressar a casa.
Mas os jovens ficavam por lá.
Já passaram muitos anos que eu ficava na praia até depois das oito. Foi este o ano que voltou a acontecer.
Este lugar era especial.
Regressávamos ao hotel, a cerca de 8 km, e do quarto em frente ao mar, tinhamos o maravilhoso pôr-do-sol para ver e fotografar.
nesta tarde que querias passar a ferro, mas lembraste-te que adoras usar pulseiras no verão e numa semana rebentaram duas, e um colar, que te lembraste de o sacudir com a roupa, espalhou-se pelo chão? E as três pulseiras que estavam largas e saíam do pulso?
Fazê-las de novo, não foi?
E esperas que seja por muito tempo, porque elas têm uns quantos anos, e roxa, que te ofereceram e gostas tanto, finalmente pronta para fazer pendant com um look colorido deste verão.
E os colar que o teu irmão trouxe da Malásia vai para 20 anos, e que está guardado na gaveta há anos porque nunca mais te lembraste de o arranjar?
Já que estás com a mão na massa, não arrefeças, aproveita e arranja-os.
Fui buscar o sobrinho neto ao colégio, disse-lhe ( tem três anos e meio) que tinha uma surpresa para ele: o parque infantil que ele muito gosta, abriu ( óbvio que para ele o parque era espaço relvado,com escorrega, da igreja onde brinca desde que o grande fechou em Março de 2020).
Quando viu o portão aberto e muitas crianças que brincavam, correu pelo parque em direcção ao escorrega, foi a alegria dele.
As crianças estavam sedentas deste parque, passavam à frente do meu pequenote para subirem o escorrega.
Depois, viu uma bola de uma criança, que teria um ano, o irmão mais velho andava também na brincadeira, o meu sobrinho quis a bola,chorava porque eu dizia que não era dele.
Andava atrás do miúdo mais velho, teria onze anos, agarrava-lhe a mão porque queria que jogasse à bola com ele.
Foram duas horas de brincadeira.
Era hora de regressar a casa, não queria sair dali.
Fim da tarde, de repente olho pela janela e vejo que para Oeste estava mais claro e as poucas nuvens mostravam um tom de laranja do pôr-do-sol que, na praia, seria lindo,neste Inverno...
e espreitei a Live Beach Cam.
Em Ofir, a única praia onde se pratica o surf, não está disponível. Fui até Leça da Palmeira...
Hoje esteve um dia muito frio, deixei-me ficar por casa de manhã.
Com sol, gosto de ir buscar o menino ao colégio, a pé.
Hoje levei o carro.
Chegamos a casa, estacionei o carro na garagem Como é habitual, trago-o para casa, mas ele não queria, assim como não queria vir do colégio ( a primeira vez que ele manifestou vontade de ficar lá).
Decidi levá-lo a casa, aqui nas redondezas, ele queria andar na rua.
A mãe veio ter connosco.
Os meus sobrinhos netos vieram jantar a Braga, queriam ir à Brasileira.
Sentia-me desconfortável com o frio, ansiava vir para casa e vestir as malhas polares que uso.
Quando chegaram, disse que não ia lanchar, dei-lhes o meu abraço ( agora, só os verei nas férias de Verão).
Nas fotografias que recebi da minha irmã, que mora para os lados do Campo das Hortas, confirma-se este frio que há muito não me lembro de sentir.
Dia da emprega, estamos a viver uma forte pandemia, ela anda noutras casas, prefiro estar ausente e não ter de a ver limpar sem usar a máscara, eu uso-a sempre que alguém está cá em casa, seja familiar,seja amigo,seja quem for.
Então, passei nos Viveiros do Cávado, comprei flores para a varanda e plantas de interior.
Fui dar um passeio de carro, andei pelos arredores, decidi ver a cidade de lá de cima do Sameiro.
Depois de uns minutos de reflexão no Santuário, dei uma volta pelo recinto. Algumas pessoas faziam o mesmo que eu, era o silêncio da paisagem a nossa companhia.
A cor cinza das nuvens pareciam tranquilizar a cidade, esta mente, e o coração, também, do tempo que vivemos.
Deixei-me andar por ali.
Fui buscar o menino ao colégio.
A mãe chegou, fomos até ao centro da cidade para comer as castanhas de São Martinho.