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cantinho da casa

cantinho da casa

foi o caos em todo o lado

e aqui na cidade, fecharam alguns tuneis, estive presa no trânsito quando fui buscar o meu sobrinho neto ao colégio.

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Os sobrinhos netos chegaram bem, a turbulência foi muita, estão em casa,  decidimos ir dar-lhes um beijinho de boas-vindas. 

O acesso à zona do hospital público estava completamente entupido, as ambulâncias passavam por entre os carros e,  contrariamente ao normal, o trânsito ia na direcção da UM, conseguimos chegar mas com muiito tempo de espera.

Quando regressava a casa, percebi porque o trânsito era intenso, e continuava:  o túnel que dá acesso ao Braga Parque, também estava interdito, fui obrigada a seguir pela via que vai dar à estação de comboios, que estava mais calma, andei mais mas cheguei rápido a casa..

E porque nos dias de chuva intensa, quando vou ao Braga Parque, receio estacionar no parque, porque imagino uma inundação, se fosse lá hoje, ficaria assim:

 

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fotos daqui

 

 

 

pintura urbana

no túnel da Praça Conde Agrolongo que já tinha fotografado...

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Hoje, fui ao Mercado Municipal, deixei o carro estacionado no parque.

Quando saía do túnel (em toda a sua extensão precisa urgentemente de limpeza e iluminação),  não estava nenhum carro atrás do meu, parei, peguei no telemóvel que estava na carteira no banco de trás, e consegui esta bela fotografia com rostos importantes da nossa cultura: Ary dos Santos, Fernando Pessoa, Amália Rodrigues, Sophia de Mello Breyner Anderson...

Ter acesso ao túnel, só de carro, mas hei-de conseguir captar de frente este painel lindíssimo. 

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Educadoras ou auxiliares de educação

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que levam os meninos, dois a dois, de mãos dadas, pequenos, pequenos, e lindos, lindos, ao Braga Parque (presumo que para o cinema), não deviam organizar-se e ir uma à frente do grupo, outra a meio e por fim a terceira atrás?

Ora, duas das mulheres atravessam a passadeira com um grupo e a terceira, que tentava organizar o grupo dela, que ficou para trás, um carro pára e espera que todos atravessem, mas ela não atravessou, porque os miúdos, pequenos, pequenos, e lindos, lindos, não estavam em fila.

E o carro passou.

Uma das colegas do grupo que estava do outro lado, diz " atravessa agora, não vêm carros".

E ela atravessou, à frente do grupo, ficando uns seis miúdos para trás. Sobe o passeio, repara neles e em vez de voltar e os ajudar a atravessar, diz: "venham meninos !".

E eles eram tão pequenos. 4 anos, no máximo.

Desceram as escadas que dá acesso a um pequeno túnel (que eu não imaginava existir) e um último "casalinho" atrasou-se. Percebi que esse túnel dá acesso à paragem onde estavam os autocarros que as esperavam.
Quem por ali passava, como eu, estava atento e observava as crianças.

A educadora ou auxiliar de educação reparou, então, nas duas crianças e diz: "meninos venham!".

Fiquei boquiaberta! E comentei alto: "Esta senhora devia estar cá atrás, na fila. Álias, uma deve ir à frente, outra a meio e a terceira atrás para que as crianças não se percam ou se distraiam"

E ouvi alguém comentar ao meu lado:" É isso mesmo! Elas são tão pequenas!"

Eu estava atenta. Se alguma delas se desviasse do grupo e/ou largasse a mão do companheiro, eu ajudava a atravessar a via, que até é estreita, e só não o fiz por que quis ver até que ponto ia a responsabilidade das educadoras ou auxiliares de educação.

Elas eram pequenas demais para atravessarem a rua sem ajuda.

E pensam os pais que os filhos estão bem entregues.

 

 

Os idosos são um perigo!

 

 

 

 

Hoje de manhã, na minha caminhada  matinal, agora que há sol e a temperatura ambiente é de primavera, passei pela feira.

Descendo a avenida principal, uma senhora idosa, baixinha, vestida de preto, com ar muito doce, aproxima-se de mim e diz-me: “A menina pode fazer-me um favor?”

“Claro que sim, o que deseja?”

“ Gostaria de atravessar para o outro lado da avenida, mas preciso de ajuda.”

“Não devemos atravessar aqui a avenida, é perigoso. Eu até a ajudava, mas não devo e não posso correr o risco”.

“Pois é, custa-me muito andar, atravessar o túnel, tenho medo, e ainda é um pedaço até lá e eu não posso andar muito”, insistiu.

“ Onde é que a senhora mora?”

“ Eu quero ir para o café São João.”
Volto à carga : “Eu teria muito gosto em ajudá-la, mas se quiser ir comigo até junto do túnel, atravessamos lá. Tem menos perigo.” (ajudá-la-ia, mas iríamos pelo túnel).

“Deixe lá. Eu peço a alguém que me ajude.”

Eu insistia: “Mas venha comigo, atravessamos mais acima. Aqui não. Eu conduzo e sei o perigo que se corre a atravessar esta avenida. Desculpe, mas é muito arriscado e eu não quero ser responsável por alguma coisa que possa acontecer.”

E ela insistia “Não. Não posso andar. Eu peço a alguém que me ajude.”

Pedi desculpa, e segui o meu caminho.

Dei uns passos, olhei para trás e lá estava ela com um senhor, parados na faixa do meio da avenida, à espera que os carros passassem para atravessar o resto que lhes faltava para ela ir para o café.

Sei o quanto é perigoso atravessar esta avenida, há muitos idosos que o fazem, buzino quando vejo as pessoas atravessarem à frente dos carros.

São poucas as pessoas que vão pelo túnel para peões, inclusive, eu.

 

 

As ruínas...

 

 

...E hoje, ao descer a Avenida da Liberdade, no meio de tantos outros curiosos, observei, para meu desencanto, que retiravam, uma a uma, as pedras numeradas de um  poço do século XVIII., segundo a notícia no jornal  datado de 16 de Novembro.

As ruínas do século I, que neste mesmo jornal noticiava um templo romano, ainda estavam intactas...

Como o prolongamento do túnel abrange esta área, há que retirar as pedras do caminho...

Lamentável.....

Como o dinheiro e os interesses falam mais alto que as ruínas, pobres coitadas, que não passam disso mesmo, não podem reclamar.

E os bracarenses agradecem ao senhor presidente da câmara a nova área de lazer e pedonal....que vai ficar bonita, vai, pois não faltam fotografias expostas nas paredes que circulam a obra,e   que mostram  como vai ficar toda a área por cima do túnel...

Grande obra! Parabéns senhores arquitectos!

Bem haja senhor presidente em prol da cultura antiga! 

(Para contentar os bracarenses, e eu vi com os meus olhinhos, recuperou os lindos azulejos do Convento do Pópulo, porque estão no interior.... Os  muitos azulejos de fachadas exteriores foram destruídos para dar lugar a tijolos, há uns quantos anos atrás... 

Ainda as ruínas

Hoje tive que ir ao centro da cidade. Passo junto às obra, pois vivo a 5 minutos da Praça central de Braga.

No regresso, a minha sobrinha, 10 anos, linda e inteligente, puxa-me pelo braço e leva-me a ver as ruínas que falei no post de ontem. Explicou-me que tem lá uma gruta por onde corre água e que os "homens" vão destrui-las para reconstruir a avenida.

Todos os transeuntes que por lá passam espreitam para ver o que de certeza não esperavam ver, em pleno centro.

Em conversa com um amigo soube que os arqueólogos dizem que as ruínas são da Idade Média e não da época  Romana.

O que sei é que são ruínas e que deveriam ser preservadas . Já chega de se destruir um património tão importante e antigo, como já fizeram há anos, com azulejos, fontes em pedra e muito mais que eu não sei, e que foram levados e/ou vendidos a grandes senhores que ousaram colocá-las nos jardins das suas quintas, longe dos olhares sábios, e em prol de uma sociedade ávida de dinheiro e construção desmedida.

Sendo uma avenida importante de ligação a várias ruas, penso que seria de bom senso dos autarcas e dos arqueólogos preservarem aquilo que pode chamar o turismo à terra dos Arcebispos e encontrarem uma solução que leve o trânsito a ser desviado por e para outras vias de acesso... Mas o túnel tem que existir, não tem?????!!!!!!

 

 

 

PB100013 por você.