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cantinho da casa

cantinho da casa

uma aventura no estádio

Fomos ver o SCB que jogava com Union Berlin.

Decidimos ir de autocarro, mas quando vi o horário, achei que íamos chegar em cima da hora, tendo em vista o trânsito para lá.

Um autocarro que vai directo ao estádio nunca devia sair da cidade 45 minutos antes do jogo,mas pelo menos uma hora.

Quando chegamos e depois de passarmos os telemóveis para a leitura dos bilhetes, dirigimo-nos para as escadas  que, supostamente, davam para o nosso sector.

De repente, vimos um elevador, estava um casal para entrar, fomos na sua direção convictas de que iríamos chegar lá.

Entrou um grupo "VIP", um dos homens cumprimenta, muito sorridente, a minha amiga, ela retribuiu sem se lembrar quem era.

Mas o elevador ia até ao 2° piso.

A menina que estava naquele andar disse que estávamos enganadas, mas abriu uma das portas que dá acesso ao corredor e disse que subissemos as escadas até ao topo.

Mas o topo não nos levava a lado nenhum porque não tinha saída.

Entretanto, desciam outras pessoas que também não sabiam para onde ir.

Descemos de novo, o jogo tinha começado e nós não encontramos a saída. Voltamos ao elevador, estava lá outra menina, muito gira e elegante, que explicou-nos como fazer.

Mas lembrou-se de ver se a porta que dava acesso ao corredor estava aberta, e por sorte estava, disse-nos como fazer.

Subimos, subimos, até que chegamos lá.

A minha amiga transpirava de tanto subir.  Dizia que tinha ginástica para um mês ( ela não frequenta o ginásio nem é fã de exercício fazer exercício físico). Ora, quando perguntamos se era ali o nosso sector, sim,era, mas não daquele lado, mas do lado esquerdo e para cortar caminho tínhamos de atravessar pelas filas onde se sentava o público e eu não queria, de modo algum, descer aqueles degraus pequenos e andar à procura da filaedos lugares.

Estavam três agentes da polícia , veio mais um stweard, e depois de explicarmos tudo, e eu com aquele ar de brincadeira disse que há alguns anos que não íamos ao estádio, disseram eles: " sentem-se aqui que de certeza não vem ninguém e no intervalo procurem os vossos lugares."

Estávamos no topo do estádio, muito bem protegidas. Atrás pelos agentes, e encostadas à parede por onde não passava vento e frio ( levamos kispos e não foram precisos, estava uma temperatura agradável).

E com isto tinham passado cerca de 20 minutos.

Veio o intervalo, ela queria fumar um cigarro ( incrível num estádio não haver um recipiente para pôr as pontas dos cigarros), perguntei a uma segurança, ela disse que não há. Mas tem uma banca em inox, perguntei se a torneira funcionava, porque apagava o cigarro na água. A resposta foi afirmativa, fui verificar, e foi quando vi um copo de plástico com alguma água onde os fumadores deixam as beatas (não gosto desta palavra). E assim a minha amiga fumou o cigarro, porque se não houvesse nada para colocar, ela prescindia desse prazer para não atirar o cigarro para o chão.

No intervalo, não fomos procurar os nossos lugares.

Voltamos aos que tinhamos ocupado,  num deles sentava-se um senhor idoso.

Sentamo-nos na fila à frente, começou a segunda parte com o hino do SCB,toda a gente eufórica,  ganhamos o jogo. Foi lindo. Ver um jogo de futebol na televisão não tem piada, vê-lo no estádio, independentemente de se ganhar ou perder, aprecia-se melhor a táctica de jogo e é excitante.

Acabado o jogo, e porque a descer todos os santos ajudam, voltamos à saída para apanharmos o autocarro.

Num dos andares, ouvimos uma voz feminina dizer "Ó setôra, que bom vê-la! Que saudades! Porque foi embora?"

A minha amiga explicou o porquê de ter saído, comentei eu que a culpa foi do Ministro, elas despedem-se, a jovem abraçou a minha amiga, e ao mesmo tempo que seguia na direcção oposta, disse:"Gosto muito de si, setôra"

( imagine-se a cara de babada da minha amiga, e feliz com o elogio).

Láfora o trânsito era intenso, estavam dois autocarros apinhados de pessoas, andavam a passo de caracol, percebemos de imediato que não teríamos hipótese de entrar porque o motorista não ia abrir-nos a porta.

Decidimos ir de táxi.

O primeiro da fila de três, era o que devíamos entrar, mas vimos um homem no passeio junto ao carro, perguntamos se podia levar-nos.

E respondeu ele: " Está lá o miúdo".

Eu ri-me e disse à minha amiga que se estava lá um miúdo é porque esperava alguém, então teríamos de entrar no segundo táxi.

Perguntamos se podíamos entrar, respondeu o mesmo homem:"Não, têm de ir para esse táxi, está lá o miúdo, é ele que as vai levar".

Desatamos a rir. O miúdo?!

Quando abrimos a porta, estava um jovem que imediatamente nos disse para entrar.

A partir desse momento iniciamos uma conversa sobre o futebol, que ele comentou ter visto no telemóvel, de ir ver o jogo da Selecção (cá em Braga), que já tem bilhete ( nós não), e com uns modos educados e uma conversa fluída, até que a minha amiga perguntou-lhe de onde era.

De Bragança, veio estudar para a UM, está no curso de Mecânica, gosta da cidade, embora conheça pouco, gosta das pessoas.

Quando saímos do carro,demos uma gorgeta pela simpatia, desejamos sucesso para os estudos e parabenizámo-lo pela educação que tem.

Já depois de ele arrancar, comentou a minha amiga: " Ele é muito novo, deve ter 18 anos."

Deduzimos que, enquanto não começam as aulas deve ter este emprego, vai ganhando uns trocos.

 E rimo-nos quando comentamos que o outro táxista sabia o que estava a dizer com,  "Tem um miúdo lá dentro".

Cheguei a casa, o cansaço era tal, tomei um duche, sentei-me no sofá, e adormeci.

Foi uma aventura esta ida ao estádio.

O bichinho entrou. Se tivermos oportunidade de ir ver um jogo que nos entusiasme, voltaremos, mas  acho que nos vamos perder outra vez.

 

 

 

 

coisas minhas, de hoje

motorista-estressado.jpg

E como  se não chegasse o que  aconteceu ontem,  4ª feira é o dia que tenho mais livre de compromissos, pelo que vou sempre por volta das 17:30h  buscar o sobrinho neto ao colégio.

Chovia, seria melhor levar o carro. Meti a chave na  ignição, o carro não deu sinal de si (  há cerca de três semanas fui jantar fora, quando fui levar a minha amiga a casa, parámos a conversar dentro do carro, quando pus o carro a trabalhar, tivemos de o empurrar para que ele pegasse e eu pudesse chegar a casa. Como desde então a bateria sempre funcionou, e hoje de manhã ainda fui ao ginásio, não o levei à oficina, teria de acontecer ), agora de tarde, bateria, Zero!

Pensei  levar o carrinho dele, lembrei-me que o plástico ficou no carro do avô, impossível trazer o miúdo ao colo, são cerca de 15 minutos a pé. 

Liguei para a mãe, que não atendeu.

Tomei a decisão de ir a pé até ao colégio, pediria um táxi que nos traria a casa.

E assim foi.

Quando pedi ao taxista para parar o carro em frente ao portão que dá acesso às garagens do prédio, ele não o fez, deixou-se estar na via, depressa dei-lhe o dinheiro para pagar e no mometo que me entregava o troco, ouviram-se os carros atrás de nós a buzinar insistentemente.

O taxista disse: "Não se preocupe, eu não tenho pressa, deixe-os buzinar".

Os condutores insistiam nas buzinas, até que eu saí do carro com o menino, o guarda-chuva ( que estorvava demais) e a carteira.

 O taxista seguiu rua abaixo e quando passei à frente do primeiro carro e pedi calma, que tinha uma criança ( dois anos) ao colo.

O gajo (desculpem, mas é assim que merece ser  tratado) gesticulava para mim, mete a primeira e segue rua abaixo,  eis que no carro atrás daquele, uma mulher ( gaja)  manda uma buzinadela, baixa o vidro, olho para ela que e diz " Tenha calma, não! Há lugares para estacionar, por que é que ele não estacionou lá?"

Virei as costas, não lhe respondi, não valia a pena dar conversa a gente desesperada.

Isto aconteceu no máximo dois minutos.

Eles até tinham razão,não custava nada o taxista estacionar nos lugares vagos,mas quando me viram com a criança ao colo não deviam ter resmungado comigo. Mas também não fiquei muito incomodada, porque foi rápido.

Ora de manhã, a confusão de trânsito aqui na rua é demais. Há uma escola do primeiro ciclo, a rua é estreita, muitas vezes os pais deixam os carros em frente aos portões dos prédios, vão deixar os filhos na entrada da escola e, no meu caso, sou obrigada a esperar que venham tirar o carro para eu sair. E não resmungo.

Quando vou ao ginásio, levanto-me mais cedo para evitar este pára, arranca, na rua.

Estes chicos-espertos que resmungaram comigo, hoje, são pessoas que trabalham aqui na zona ( CTT, Finanças, Registo, Hospital, Escola Secundária) sabem que esta rua tem horas de trânsito lento na entrada e saída das crianças da escola, porque diabo foram protestar comigo.

Oh, gente impaciente!