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cantinho da casa

cantinho da casa

eles estão cá

Há muitos anos que a minha sobrinha Luísa vive fora de Portugal.

Penso que no ano de  2006 foi viver para a Irlanda e por lá ficou.

E desde então vem de férias pelo São João.

Excepcionalmente, veio um Natal, o único que consegui juntar a família toda.

Entretanto, casou e teve dois filhos lindos.

Com a pandemia, foram três anos que não veio a Portugal.

Esteve no ano passado, e voltou este ano.

Os filhos não falam português, embora a mãe ensine algumas palavras.

Falamos nós inglês.

Vão viajar para vários lugares deste país, decidimos , no domingo  de manhã, e porque o calor é muito e as crianças não estão habituadas a estas temperaturas, encontrarmo-nos para tomar café, e para as crianças item até ao parque aqui perto de casa, com boa sombra para brincarem, e nós conversarmos com os pais.

Também veio o meu sobrinho, irmão da L, que é pai de uma menina, há um ano, v vivem no Porto, vêm poucas vezes a Braga, fiquei super feliz em os ver.

Quando chegamos ao parque, o meu sobrinho neto, Daniel, não quis ir para o escorrega porque estava sujo e escrito.

Tínhamos comentado que  ninguém respeita os espaços públicos,  as paredes dos edifícios que, aqui na zona, estão sujos de tinta, imagens, algumas obscenas,  e escritos,  que degradam a imagem da cidade .

Aliás, numa das paredes de um edifício está escrito " falta risco na parede".

Em tempo de aulas, os estudantes da escola secundária usam o parque para tudo: namorar, fumar, jogar às cartas, e destruírem os baloiços.

A última vez que lá estive, estavam dois baloiços partidos,  um deles para os bebés, e caídos no chão.

Estão, agora, arranjados e nos seus lugares.

A minha sobrinha comentou que na Irlanda respeita-se os espaços de lazer, os parques são limpos e bem conservados, ninguém o deixa  sujo.

Infelizmente, muitas vezes uso os meus lenços de papel para limpar o escorrega para as crianças brincarem.

Junto à igreja desta freguesia, e junto ao parque de estacionamento, que era, acho eu, só para quem tem alguma dificuldade motora e tem autorização para estacionar as viaturas; ou para aqueles que levam os familiares mais velhos para a missa do fim da tarde, tem um pequeníssimo espaço com relva onde as crianças brincam.

Com as obras feitas nessa rua, e porque se paga o estacionamento, parece-me que o padre, ou  quem administra o lar e a creche, teria autorizado que qualquer pessoa o use.

E é aqui que está o problema.

Crianças que, de repente, saem do pequeno parque e atravessam entre os carros estacionados, ou os condutores que chegam e fazem manobras sem terem o cuidado de ver se há crianças por perto; ou o lixo que se acumula no pequeno relvado; ou os adolescentes que vão para lá usar  o que é dos pequenos.

Várias vezes adverti que não deviam usar e abusar do que é para as crianças.

O meu sobrinho neto gosta de ir para lá, o vou buscar a pé ao colégio.

Eu evito, não só porque ele gosta de brincar na relva cheia de papel e outras coisas que não quero escrever , como são muitas crianças para um escorrega.

Levo-o para o parque que referi acima, mais fresco e maior, porém um pouco maltratado pelos estudantes, (agora de férias) que desrespeitam este pequeno espaço para crianças, que é o maior do centro da cidade.

E como disse, é feio para os turistas, denegride a "cidade autêntica" , e  sendo os meus sobrinhos netos, 8 e 6 anos, turistas nesta cidade, não usaram os escorregas porque estavam "dirty".

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imagem da internet 

 

 

 

se a semana passada

foi de passeio, esta semana deu-me para as arrumações.

Segunda-feira de tarde, arrumei a garagem, a contar que o trolha vem, como me prometeu, fazer a obra pedida há um ano.

Na terça-feira o meu amigo dos biscates veio cá fazer mais uns arranjos, levou a secretária que lhe oferecera. Decidi  dar outro ar ao escritório, mudar o lugar das estantes, e do sofá. Tirei os livros,que foram para o chão, para testar se gostava das estantes noutro lugar. Empurrra, puxa, pesadas que são, decidi que ficassem juntas (antes estavam separadas pela secretária) e mudei o sofá.

As estantes são brancas, limpei-as com um pano húmido e, imaginem, CIF, ficaram impecáveis.

Livros espalhados pelo chão, todos os anos os limpo uma duas vezes, mas o ano passado falhei, estava na hora de mais uma limpeza.

Ver a cor escura no miolo do livro do pó que se acumula ao longo do tempo é desagradável, não sabia como o limpar, lembrei-me de pesquisar na internet, encontrei  várias dicas, mas a que mais gostei foi a passar uma lixa de grão 220, como mostra neste vídeo. 

Não tinha a 220, usei a 150, só para fiazer a experiência.

Os livros da Segunda Grande Guerra Mundial estavam feios, nenhum cheira a mofo, o escritório não tem humidade, é arejado, precisavam de uma limpeza.

Dá trabalho. Não ficou 100% limpo, vou experimentar com a lixa 220, a comprar, mas já se vê a diferença.

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Os livros que faltam serão limpos com o pano e colocados nas preteleiras, mas a limpeza com a lixa será feita por etapas, com calma. 

Uma tarde inteira sentada no chão a passar a lixa nos livros grandes, limpar o interior e colocá-los nas prateleiras, as minhas costas deram-me sinal que já chegava de trabalho.