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cantinho da casa

cantinho da casa

saudades

Estou no ginásio, perguntei à menina do bar se a colega já teria chegado ao Brasil.

Sabia que era do interior , mas não me recordava o Estado.

Respondeu que só embarcou hoje e que, quando chegar, vai apanhar o "ônibus" que demora oito horas a chegar à cidade natal.

Ora, ela é de Minas Gerais.

Entretanto, tomava o meu café, alguém pergunta pela menina, e, de repente, a pessoa perguntou quanto tempo ela vai ficar lá.

Quando ouvi a colega dizer, "vai por uma semana" , olhei para trás e comentei: "uma semana?!".

"Sim. Ela foi matar saudades da família".

E porque esta palavra tão nossa, marca, há  mais de 30 anos, e os tempos eram outros, fui para a Suíça.

Estive como empregada numa casa de família, porque o meu objectivo era ir a Berna a uma clínica de cirurgia plástica e reconstrutiva.

Sem mais pormenores, a vida foi difícil e muito solitária, não consegui estar lá nem dois meses.

Vim embora.

Voltei ao meu trabalho e à universidade.

Esqueci a cirurgia plástica, queria estar no meu país.

Dois anos depois, através de uma prima, conheci um cirurgião plástico, no Hospital de Santa Maria, fez o trabalho que precisava para calar algumas pessoas.

E disse uma coisa " só não consigo tirar o sotaque de Braga".

Tudo isto porque as saudades quando apertam, o pouco tempo com a família é muito para encher o coração.

 

 

 

 

viagens que deixam saudades

Gosto de viajar, mas nem sempre o faço, sobretudo para fora do país.

À medida que os anos passam mais gosto de ficar cá dentro e, se possível, visitar, acompanhada ou sozinha, as cidades e lugares que não conheço do meu país.

O coronavírus deu-nos as voltas, ainda tive a sorte de conhecer Reguengos de Monsaraz, a poucos dias de ficarmos confinados.

No ano passado conseguimos passar alguns fins-de-semana  na  casa de praia da sobrinha ( este ano, as saudades dos fins de semana são muitas, não podemos sair do concelho, espero que depois da Páscoa, se não subirem os números da covid19, possamos sair e, finalmente e felizmente, descansar e gozar a praia e o pinhal que amamos; e porque o menino adora aquele lugar),  no Verão fui visitar Chaves, dois dias apenas, creio que, este ano,  dê para sair daqui, sobretudo porque,se tudo correr bem, o turismo português irá para as praias e eu vou tentar outros lugares.

Esta semana tenho andado a  ver os poucos lugares que visitei, a recordar o que vivi, as pessoas com quem fui, fiquei com saudades de visitar as Ilhas Gregas, ou conhecer outras ilhas. Ou  talvez ir a Itália, à Croácia,  mas  acho que já não me vejo dentro de um avião. A não ser que me desafiem ( estou a ficar velha, já não tenho pedal para pensar em aviões,ahahahah).

O  tempo passa demasiado depressa, em 2006 fui às Ilhas Gregas, ( nesse ano fui também a Nova Iorque e Boston), muito está aqui guardado no baú das recordações, que são as fotografias. Rostos mais jovens, corpos mais esbeltos, risos que se soltaram, cansaços de tanto caminhar, jantares, paisagens, praia, pores-do-sol.

Gosto da luz do Mediterrâneo, gosto de mordomias, de bons hoteis ou casas de turismo de habitação, das noites, mais que dos dias, quentes do Verão.

Mas tenho um tempo limite na minha estada: no máximo cinco dias.

Nunca gostei de estar muito tempo fora de casa. 

 

Mykonos

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Santorini

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Creta

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Saudades!

saudades

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o tempo continua cinzento, as noites têm estado frescas, apetece a mantinha na cama, acordo cedo.

hoje é feriado, o ginásio abriu às 10h, fiz uma aula de Pilates. no final, vesti o fato de banho e fui para o delicioso jacuzzi onde estive "de molho" 20 minutos e segui, pela primeira vez, para o banho turco.

ando tensa e preocupada, precisava muito de aliviar a mente e não pensar em tristezas.

a tarde está a ficar quentinha e o sol vai espreitando por entre as nuvens. acho que vou caminhar, passo em casa de uma amiga que já não vejo há 15 dias e que me diz que tem saudades de tomar café comigo.

não sei o que se passa que este verão, que tem sido agradável, não tenho ido à praia, que tanto gosto.

desvanecendo-se as minhas preocupações e o tempo ajudar, a partir da próxima semana, serei mais pontual, até porque o meu corpo precisa de sol.

tenho saudades dos meus sobrinhos netos cariocas.

 

 

Saudades

Desde que cheguei dos meus cinco dias em Sintra e Lisboa, que ando preguiçosa para escrever.

Nem sequer as fotografias que tirei, cerca de 900, ainda vi.

Não sei se é melancolia, se é o tempo que anda cinzento e murcho que não desperta esta vontade de explodir, de sair, de ir à praia.

Diabo, verão! Onde andas tu?

Hoje, regressei ao ginásio, tenho andado aqui por casa nas minhas tarefas, por isso, não estou murcha. Apenas não tenho paciência para o computador.

Ontem, a Sofia fez 16 anos, fez seis anos que faleceu a minha irmã mais velha, e hoje faz trinta e dois que a minha mãe faleceu.

Sou pessoa de coragem, e por mais que aceite estas certezas da vida, a morte, este dias põem-me com muitas saudades.

Também, é o mês de aniversário destas duas minhas e tão queridas familiares.

Uma coisa estou feliz: foram duas pessoas humildes, lutadoras, sofredoras, e sei que estão em paz.

Eu gosto muito da minha família e estou grata aos meus pais  pelos filhos que tiveram, pelos irmãos que tenho, pelos sobrinhos que eu quero muito.

Tudo isto são saudades.

 

 

 

"Vejo-vos no Rio, um dia destes!"

Um mês depois de o meu sobrinho neto, de 18 meses,  chegar do Rio de Janeiro para passar o Natal com a família do pai, na Guarda, e a família da mãe, aqui, neste cantinho, foi hoje o dia de me despedir dele(s).

O fim de semana vai ser no Porto com os avós paternos e domingo de manhã embarcam diretos ao Rio.

Vou ter saudades. É o meu primeiro sobrinho neto. A mãe andou aqui por casa desde bebé, gostaria de tê-lo também, agora que tenho tempo disponível, e dar continuidade às minhas pequenas tarefas de babby sitter, como outrora, quandos os meus sobrinhos eram crianças.

A vida destes jovens, nestes últimos quatro anos, tem sido do outro lado do Atlântico.

Gostariam eles de ficar, com certeza. E mesmo que digam que o Rio é o paraíso, o coração fica cá em Portugal.

As nossas despedidas são um beijinho como se fossemos para nossas casas, simplemente, e amanhã nos veremos.

Hoje, comenta a minha sobrinha: "Agora és tu que tens de lá ir. Prometeste que vais este ano."

E sorri.

Alguns passos dei, virei-me para trás e acenei-lhes: "Vejo-vos no Rio, um dia destes!"

Não sei quando, mas está bem. O projecto de viagem que tinha decidido em 2013 fora adiado para este ano.

Um dia destes, no skype, combinamos. Mas a decisão tem de ser tomada quase de impulso e ser ela, a minha sobrinha, a marcar a viagem para que eu não tenha tempo de lhe dizer "não".

Tenho eu coragem, 7 anos depois da minha viagem a Nova Iorque,  de voltar a atravessar o Atlântico?

Vamos envelhecendo, temos outros receios.

 

 

 

 

 

 

As noites

estão muito agradáveis, apetece sair, mas pergunto: para onde?
Não tenho ideias, já não sei o que frequentar, não sou mulher para bares, discotecas, nem pensar.

Umas vezes, tenho saudade dos anos que vivi, das noites de Luzia Mar, Murdillo, Indústria , Pacha... Outras vezes, adoro estar aqui, quietinha, no meu cantinho, sentada no sofá a ver os programas de m&#"=@ da TV  e deixar que o sono tome conta de mim, acordar às 2 horas da madrugada com o quase silencioso som da TV, deitar-me na minha cama e adormecer tranquilamente.Hummmm!