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cantinho da casa

cantinho da casa

dos Dias Mundiais, Internacionais, e outros

É, hoje, o Dia Mundial da Música.

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A música é a expressão livre do que sentimos, do que vivemos, de quem somos.

A música é comunicação,  é interacção, é aprendizagem, é terapia.

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É alegria. É festa. É companhia. 

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Hoje é o Dia  Internacional do Idoso.

É o dia de todos os que já viveram, e vivem, Histórias de vida, de trabalho, de luta, de alegrias,de dor.

Daqueles que  são o suporte dos filhos e dos netos e de quem  já não tem forças para continuar.

É de silêncios.

É de memórias esquecidas.

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Imagem do Instagram

E porque, mais uma vez, lembrei-me da minha amiga Alice,  e porque a música é transversal a todos, encontrei esta, , cantada por Salvador Sobral "Ninguém escreve à Alice",  e que já tinha feito um post, há dois anos, neste dia, com a mesma música cantada por Rui Veloso.

Para todas as Alices, para todos os amantes da música, para os que escrevem, tocam e cantam música, para os idosos que, onde quer que vivam, a música seja a sua companhia, e lhes dê momentos de alegria e recordações.

 

 

E os outros dias: de Santa Teresinha ( lembra-me as rosas pequenas que uma funcionária colhia num canto de jardim  e oferecia-me); 

Dia Nacional da Água (hoje está cinzento e de chuva, bem-vinda seja porque necessitamos dela);

Dia Internacional do Café , que gosto muito. E o seu aroma?

Mas bebo o da manhã e do almoço.

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Um feliz dia.

Semana Santa

Procissões

Há alguns anos que não ia ver as procissões.

O tempo está convidativo a sair à noite, ontem, fui jantar com os sobrinhos e os meus sobrinhos netos (cariocas), definitivamente a viverem em Portugal, foi a primeira vez que viram a procissão.

As fotos possíveis da procissão "Ecce Homo".

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Hoje, vou voltar.

 

 

que friooo!

 

 

Manhã em casa a tratar das minhas tarefas pessoais, à quinta-feira não costumo ir ao ginásio, fazer compras no mercado ficará para quinta-feira de Páscoa, depois do almoço fui dar uma volta pelo centro, há algum tempo que não passava por lá. 

Tirava umas fotografias às decorações da Semana Santa, alguém mete-se comigo, não dei conversa, até que me pergunta se não o conheço. E foi então que reparei quem era o senhor.

Era o pai da minha amiga M.  E ficamos uns bons minutos na praça em frente às duas grandes e belas igrejas, a conversar sobre as casas abandonadas, o centro comercial, uma construção dos anos 80, uma aberração do ex-presidente da Câmara, e muitos outros edifícios ao abandono dos quais já muito se falou, nos projectos,  alguns pendentes porque são propriedade da igreja, ficam assim "chutados" para canto. 

É que "o velho hospital de Braga está em obras,  será um hotel de luxo",  diz o pai da minha amiga e "a Câmara devia obrigar os donos destas casas da Rua de São Bentinho a arranjarem as fachadas nem que por dentro estivessem a cair, mas o exterior devia ser preservado, quiçá a Irmandade de Santa Cruz as comprar e aumentar ao lar de idosos.

E nesta treta toda, ele, o pai da M, que tem tido alguns  problemas de saúde, diz-me: "está muito frio, é hora de regressar a casa".

E com este frio bem gelado, com vontade de tomar o meu chá quentinho e as cookies que a minha amiga ofereceu, ainda fui comprar umas coisas giras para fazer umas decorações de Páscoa.

 

parti a cabeça da santa

foram as palavras que ouvi do meu irmão mais novo, quando fazia um furo na parede para ser colocado um espelho.

" o quê?!", perguntei do quarto ao lado.

Raciocinei e desfiz-me a rir.

Lá estava a "santa" em cima da cama com  a cabeça partida.

Ria-me à gargalhada, disse-lhe: "Não é um santa. Esta imagem é de Nossa Senhora do Sameiro".

E expliquei que aquela imagem tem muitos anos, que era da nossa irmã mais velha, que a nossa irmã nunca dera importância à "santa" e ficou sempre cá em casa, que a imagem tinha sido oferecida pelos padrinhos dele quando a nossa irmã foi para Inglaterra.

E ria-me, não porque a "santa" tinha a cabeça partida (vai ser colada), mas pelo modo como ele disse.

Esta imagen de Nossa Senhora do Sameiro deve estar aqui em casa desde 1969.

Determinada que era a minha irmã, na altura com 17 ou 18 anos,  conseguiu convecer a minha mãe a deixá-la ir estudar para Londres.

Naquele tempo, ir sozinha para um país estrangeiro não era fácil e para a minha mãe, uma mulher super preocupada, foi um problemão.

Foi nesta altura que a madrinha do meu irmão mais novo ofereceu a imagem de Nossa Senhora à minha irmã, que deveria tê-la levado para Londres, mas na verdade a imagem ficou cá em casa.

Minha irmã estudou, regressou a Portugal, foi trabalhar, namorou, casou, teve três filhas, mas Nossa Senhora nunca saiu daqui.

A coroa de Nossa Senhora desapareceu, uma das mãos partiu, ficou sem ela.

Hoje partiu-se a cabeça. Mas vai ser colada, porque enquanto esta Senhora existir, ficará no lugar que sempre esteve.

Traz-me boas recordações.