depois da folia
vivemos a Quaresma.
Sé de Braga
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vivemos a Quaresma.
Sé de Braga
Tinha planeado ir à Praia de Pedrógão quando chegasse a Leiria, mas fui ao hotel fazer o check-in antes da hora que marcara, e sem problema pude ocupar o quarto que estava pronto. Deixei a mochila no quarto ( fui de mochila, mas já sabia que não ia dar resultado porque os meus ombros ficam doridos, gosto mais de levar a mala). Levei o mínimo de tudo, inclusive os cremes de rosto na quantidade que sabia ser necessário, em mini frascos que guardei de produtos anteriores.
Saí do hotel e em vez de me meter no autocarro que me levasse à praia, fui directamente ao Castelo de Leiria.
Tinha visto o anúncio da Feira Medieval, estavam a Praça Rodrigues Lobo e o Jardim Luís de Camões decorados à maneira, com as habituais tendas de tudo um pouco. Mas o que não faltava, mais do que aqui em Braga na Feira Romana, eram as tendas de comes, sobretudo de leitão, que eu não gosto nada.
À hora que passei, seriam 15h30, já se acendiam os fornos (para o pão) e preparavam a carne para os espetos, o cheiro era intenso, àquela hora.
As esplanadas estavam cheias de pessoas, fui na direcção do Castelo, que fica mesmo à beira da Sé.
Imaginei-me a subir muitos degraus ou um caminho íngreme até chegar ao castelo, mas qual quê? Quando subia a rua reparei que havia um elevador.
E um elevador com vista para a cidade!
Aliás, dois um elevadores: um para subir, e mais à frente, outro para descer.
Fiquei admirada porque a PSP fica perto da Murallha, ao lado da Capela de São Pedro, que não vi porque estava estava fechada.
Chegada ao topo da entrada do Castelo, lá estava o cartaz. Neste dia o Castelo fechava mais tarde, tinha lugar vários eventos dentro da muralha.
Não tinha interesse ficar a ver o que ia acontecer, fui conhecer o Castelo por dentro e por fora.
Um Palácio Real quatrocentista, com aTorre de Menagem, a Igreja de Santa Maria da Pena, e as muralhas.
E não estava à espera de ver o Estádio Municipal de Leiria, ali tão perto.
Quando cheguei ao miradouro, foi uma surpresa.
Eram muitos os jovens que, sentados, conversavam serenamente e observavam a cidade.
As pessoas sentavam-se para a foto, circulavam, deixei-me ficar por um bom tempo. Adorei aquele lugar.
"Achei" um banco e sentei-me a admirar a bela cidade.
Continuei a visita pelo interior.
Voltei ao exterior e
deparei-me com a Igreja de Santa Maria da Pena.
Saí da muralha,havia muito mais para ver.
Cheguei à Torre Sineira ( "Leiria tem uma torre que não é Sé e uma Sé que não tem torre")
O elevador de descida ia até ao recinto da Sé.
E entrei no preciso momento que um homem sentado no banco, junto ao orgão, tirava os sapatos, e pôs-se a tocar.
A Sé é edifício muito simples, sem a torre, daí dizer-se que "Leiria tem uma torre que não é Sé e uma Sé que não tem torre", porque a torre Sineira não está integrada na catedral.
Depois da visita, fui para o centro da cidade.
Vivemos a Quaresma que, em 2019 , o coronavírus veio cancelar as celebrações da Semana Santa e o Compasso Pascal.
Este ano, são retomadas as celebrações, que começou hoje na Sé de Braga com o Sagrado Lausperene Quaresmal. Os altares das igrejas estão cobertos por um tecido roxo, e não há flores a ornamentá-los. Neste período de tempo, e a cada dois dias, há uma igreja que tem o altar do Santíssimo Sacramento exposto, ricamente ornamentado com flores e luz, e em que os fiéis vão louvar o Senhor.
Existe um calendário com a data em que as igrejas têm o altar exposto. Esta viagem do Senhor termina na quarta-feira da Semana Santa.
Ora, hoje, quarta-feira de cinzas, o Sagrado Lausperene começou na Sé de Braga.
Raramente vou neste primeiro dia à Sé, por falta de oportumidade, ou porque me esqueço..
Mas hoje, à hora do almoço, tive de tratar de um assunto, e passei lá.
Vi a senhora que vende rebuçados de açúcar ( noutros tempos eram muitas as senhoras que, com as suas mesas desmontáveis, vendiam os rebuçados embrulhados em papel de várias cores, cortado em franja nas pontas, e, à saída da igreja, eram muitas as pessoas que compravam, penso que seria com o intuito de ajudar as senhoras, a maioria idosas, que por gulodice), na entrada, e lembrei-me que hoje era o primeiro dia da Quaresma. E entrei.
Muitas vezes entro numa igreja para me refugiar um pouco e reflectir, ou rezar, seja por mim, seja pela família,seja pelo mundo.
Depois de rezar, não resisti a tirar uma fotografia ao altar do Santíssimo Sacramento, que estava lindíssimo.
Mas estava muito atrás, achei que não devia aproximar-me do altar só para a fotografia, pelo que ficou pouco nítida.
Perguntei ao senhor que estava perto da entrada qual era a igreja que na próxima sexta-feira, ao meio-dia, vai abrir o altar. E deu-me o Lausperene Quaresmal, para que eu possa seguir o percurso do Senhor.
Gosto da celebração da Quaresma, dá-me uma sensação de paz comigo própria.
Não sei se vai ser possível visitar as igrejas todas.
Farei o que puder. E se tiver a possibilidade de trazer para este cantinho fotos dos altares que visitar, publicá-las-ei com muito gosto.
Altar do Santíssimo Sacramento, Sé de Braga
Batistério e Pia Batismal da Sé de Braga, remodelada
quando a Sofia, minha sobrinha e afilhada, foi baptizada, a mesma Pia Batismal e o Baptistério originais:
Santa Páscoa 🐣
"O menino das línguas de gato"
Terça-feira passada, passei na Sé para ver o Presépio, começava a Missa, só era possível vê-lo no fim, e como havia lugares fiquei atrás para assitir à celebração da Eucaristia da Imaculada Conceição de Maria.
Viam-se alguns casais com crianças, uma mãe teve de sair da igreja porque a filha gritava.
Uma jovem mãe, seguida pela criança que teria cerca de três anos, ocupou o lugar no canto oposto ao banco que estava à minha frente, estavam um pai com um rapazito no outro canto.
A criança, que trazia na mão um pequeno e redondo tupperware com línguas de gato, sentou-se ao lado da mãe e, uma a uma, levava à boca as deliciosas ( adoro!) biscoito, ora se levantava e pousava o tupperware no banco para com os pés trepar a coluna da parede, ora deixava-se estar de pé a comer.
Estava na dele, não fazia qualquer ruído. De quando em vez, olhava para mim, eu sorria com os olhos.
Do meu lado direito, junto à coluna da ala central, estava um pai com uma uma menina que não teria dois anos.
Uma dada altura, o senhor pôs a garota no chão.Ela viu o menino a comer, aproximou-se dele, não falou, e ele deu-lhe uma língua de gato para a mão.
A menina virou costas, foi por trás das pessoas, deu uma volta, o pai sempre atento a olhar para onde ela ia, foi ter com o pai.
Depois de comida a primeira língua de gato, ela voltou a aproximar-se do menino, que lhe ofereceu outra. E a menina deu-lhe um abraço.
E repetiu-se isto umas quantas vezes.E a garota ia dar o seu passeio.
Eu olhava para trás, seguia a menina, percebi que quem estava junto à entrada principal da catedral, estava atento,também, para que ela não se afastasse demais do pai. Mas o pai não deixava passar dez segundos, ia buscá-la.
E foi então que reparei na família.
Ocupava um banco. Contei dois rapazes e uma rapariga,e a mãe. Pela altura das crianças, a filha mais velha teria dezasseis anos, os dois rapazes teriam treze e dez anos, e a menina de colo. Portanto, um casal com quatro filhos que assistiam à missa sem que qualquer um deles desse sinal de não querer estar ali. Só a menina não paráva.
Voltou ao menino. Tentou sentar-se no banco.A mãe dele pegou nela e sentou-a ao seu lado. Mas foi por segundos. A garota desceu do banco, estendeu a mão ao menino para lhe dar outra língua de gato, que caiu no chão. ...E elas estavam a chegar ao fim.
A mãe do garoto, apanhou-a e guardou-a no bolso do casaco. O filho deu outra à menina, ela voltou ao passeio( tenho a certeza que atrás de mim todos estavam a achar piada às duas crianças).
As línguas de gato acabaram, a mãe do menino virou-se para trás fez um sinal ao marido que se aproximou e lhe deu a tampa do tupperware.
Acabadas as línguas de gato, o menino foi à carteira da mãe e tirou dois carrinhos.
Em pontas de pés, tentava pô-los a andar na coluna, ou colocava-os em cima da caixa das esmolas fixa na parede.
A menina voltava ao menino, mas não queria os carrinhos. Não havia mais línguas de gato, foi embora e não voltou mais.
Toda a família da menina foi à sagrada comunhão ( fiquei emocionada ).
Acabada a Missa, o menino e a mãe ainda ficaram algum tempo no banco.
Do outro lado, a família da menina também. Estariam à espera, como eu, que saíssem as pessoas para irem ver o Presépio.
Em toda esta cena das duas crianças, não ouvi as vozes delas.
Geralmente, as crianças não têm paciência para ficar tanto tempo dentro da igreja sem fazer nada.
Os meus sobrinhos netos não conseguem estar quietos ou calados.
E sou das que pensa que os mais pequenos não deviam ir para a igreja com os pais. Todos sabemos que elas não páram e a tendência é para fazer ruído.
Mas estas duas, tiveram um comportamento exemplar. Nenhuma falou, entenderam-se com as línguas de gato, o menino mostrou saber partilhar o que tem.
Por sua vez, ela, sossegada no colo do pai, só deu nas vistas quando foi para o chão e andava de um lado para o outro, estendia a mão ao menino para receber a língua de gato e seguia o seu caminho sem um ruído.
Pensei nesta grande família cristã, que me pareceu ser cheia dos valores que a sociedade de hoje carece: educação, humildade, simplicidade.
A menina foi um bom exemplo disso.
Nunca vi nada igual.
imagem da internet
Ontem, no pátio da Sé, uma senhora dirigiu-se a mim e perguntou-me se conhecia alguma florista por perto onde pudesse comprar rosas brancas.
Estavamos perto da hora de "recolhimento ", respondi que, por ser domingo, era difícil no centro da cidade encontrar alguma loja aberta, mas que fosse ao PD, o mais perto, mas certamente não iria encontrar rosas brancas.
Comentou que tinha passado lá,mas não havia flores.
E contou que queria comprar um ramo de rosas brancas para deixar junto à imagem de Nossa Senhora de Fátima, e em memória de Sara Carreira.
Deduzi que esta senhora é fã do cantor, eram as rosas brancas no altar de Nosssa Senhora de Fátima a única forma de prestar homenagem à família Carreira.
reflexo da torre da Sé de Braga num Jaguar muito especial ( finais anos 60).
o normal no dia 1 de Novembro, saí de tarde para tratar de dois pedidos que me fizeram: tirar fotografias e ver molduras.
Entrei na loja, que estava quase às moscas, as molduras da nova colecção não correspondem ao pedido, tirei fotografias para enviar por e-mail.
Segui para o centro histórico da cidade. Algumas lojas abertas, outras não, a minha expectativa era que houvesse muita gente na rua. Mas não. As vendedoras de castanhas não estavam, a Brasileira não tinha a esplanada cheia.
O meu pensamento disse-me que estavam todos para o cemitério, mas às 16h, não acredito que este tivesse muita gente.
Passei na Sé. Há algum tempo que me parecera que os porteiros questionam as pessoas sobre o que lá vão fazer.Hoje dei como certo o meu pensamento.
Queria ir ao interior da catedral, à minha frente estava um casal jovem que após a pergunta do porteiro sobre o que queria, e este respondeu que gostaria de sair pela porta principal, explicou-lhe que tem a porta lateral mas, que sim, também podia sair pela principal. Deu-lhes passagem e fechou a porta.
De seguida perguntou-me o que queria, respondi que queria ir ali, apontando com o dedo.
Após a minha resposta "sim" à pergunta imediata que me fez, se eu sou de Braga, abriu a porta e deixou-me entrar.
Também havia (não confirmei se ainda existe) uma placa de proibição de tirar fotografias e/ou filmar, e estavam pessoas a fazê-lo, mesmo ali à frente dos seus olhos.
Não entendo.
Saí da Sé, o Rossio tinha alguns bares abertos, as ruas daquela zona estavam quase desertas.
Caramba, estava à espera de ver o centro cheio de pessoas neste dia cinzento mas com uma temperatura agradável.
Onde se meteu o pessoal?
Já sei! Com dinheiro fresquinho, estariam no Braga Parque, no Leroy Merlin, no Aki, no Media Markt.
Ontem foi dia de recebermos este amigo blogger e sua esposa.
Manhã cedo, até à hora de sair de casa, fui vendo o eclipse com os meus óculos que usei quando do eclipse do sol em outubro de 2005. De vez em quando as nuvens tapavam o sol, a temperatura estava bastante agradáve, nesta 6ª feira, dia da chegada da primavera.
Por sugestão desta blogger, fomos ao monte Picoto que está com ar renovado, lindo, agradável, o monte onde não ia há muitos, muitos, anos.
E gostei. Num raio de 180º, vê-se toda a cidade (até as traseiras do meu prédio), o velhinho Estádio 1º de Maio, onde, nos meus vinte anos ia ao futebol (e era sócia), na altura em que se insultava o árbitro e os jodarores, de um modo saudável e com humor, mas não havia confrontos, nem vinganças, como nos dias de hoje.
Fomos passear pelo centro da cidade. Um jovem tocava arcodeão enquanto o seu cãozito, em cima de um banco, segurava pela boca um pequeno cesto onde as pessoas que passavam punham a moeda. As pessoas paravam a ver o cãozito que se mexia à volta do banco sem largar o cestinho e por ele, deixavam lá moeda, sem nunca o animal largar o cestinho. Mereceu, também as nossas moedas.
E quem vem a Braga não pode deixar de ver o Jardim de Santa Bárbara e a Sé.
A fome apertava, almoçamos aqui perto de minha casa e seguimos para Mire de Tibães.
Conhecia o Mosteiro de Tibães, na altura em ruínas.
Felizmente foi recuperado, fui conhecer os jardins há 3 anos.
Uma visita de 2h, já não havia tempo para vermos os jardins que são um prazer para quem quer desfrutar de momentos calmos.
As árvores repletas de camélias, eu queria uma, mas a esposa do Rui disse que não podíamos tirar as flores das árvores e eis que, de repente, vai à árvore e arranca um pé e oferece-me.
Adorei! Malandra, enganou-me.
Um dia muito bem passado, pessoas simples e simpáticas, assim passou rapidamente a sexta-feira, o dia da chegada da primavera. E que bom estava o tempo.
É para repetir, amigos.
Brevemente, o almoço de bloggers com estes amigos e muitos outros bloggers que são a força de continuarmos por aqui a partilhar as nossas banalidades.
Braga vista do monte Picoto
no centro da cidade
(Jardim de Santa Bárbara)
(as flores da primavera que seriam para decorar a montra desta loja de roupa de grandes marcas)
(Largo do Paço)
(Sé )
Mosteiro de Tibães