uma rua
Porto
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Porto
para a criançada
os
Ontem, fui aos correios.
Enquanto esperava a minha vez, à minha frente uma senhora era atendida pela funcionária, que lhe passava para as mãos umas cartas.
A senhora não conseguia agarrar as cartas, foi o senhor que estava ao lado dela, também a ser atendido por outra funcionária, que pegou nas cartas e pôs nas mãos.
A senhora pede à funcionária que ponha um atilho à volta delas.
As cartas voltam às mãos da funcionária, que pega num elástico e pôe-no à volta e de novo o senhor passa-as ca para a mão dela.
Era a minha vez de ser atendida, mas a senhora estava a dizer qualquer coisa que não percebi, e afasta-se dizendo que era muito caro, que não levava.
Fui atendida.
No momento em que a a funciobária põe o envelope na balança, ouço a senhora a dizer: " quem me ajuda a sair daqui?"
Olhei para trás, vi que era cega.
Respondi que ajudava, mas que esperasse uns minutos, ao que ela comentou: " Espero o tempo que for preciso".
Paguei, virei-me para ela e disse que já estava pronta para sair, ela agarrou-se ao meu braço direito, e saímos da loja.
Foi então que vi melhor. Vi que era cega de um olho, o outro estava fechado porque tinha muitas remelas, que era uma senhora pobre, chinelos nos pés, sem meias, e com um saco grande de supermercado carregado não sei com quê.
Trazia, também, um guarda-chuva.
Pensei que usava o guarda-chuva para se orientar, uma vez que não choveu, ontem.
Cá fora, perguntei se não tinha uma bengala, ela respondeu que o médico não lhe passa nada, que ninguém quer saber.
Comentei que provavelmente a Segurança Social arranjaria, ou que se falasse no Centro de Saúde o médico a orientasse ( nem me lembrei da ACAPO).
O meu caminho não era o dela, perguntei para onde ia, disse-me a rua, que fica perto do centro da cidade, mas que para mim era longe para ela se orientar ( se eu estivesse de carro, garanto que a levava onde ela quisesse).
Descemos quatro degraus, e disse-lhe que tinha de seguir em frente e que depois pedisse ajuda a alguém.
Na minha "inocência", perguntei como tinha chegado aos correios.
Talvez eu não devesse ter feito a pergunta.Talvez fosse uma pergunta estúpida, mas a minha intenção era saber se se tinha orientado bem.
Então, respondeu-me de mau tom e má educação: "Porque é que a sehora me faz essa pergunta? A senhora não vê que sou cega? As pessoas desprezam os cegos! A senhora está a fazer pouco de mim!"
Fiquei chocada com o que ela me disse.
E respondi: " A senhora está a ser mal agradecida. Eu fiz a pergunta com boa intenção, não para que me responda dessa forma.Se nos correios perguntou quem a ajudava a sair de lá, foi com respeito que me ofereci. A senhora teve ajuda e ainda reclama?!. Siga, por favor, em frente, e peça a alguém que a ajude a atravessar a rua."
Um casal de namorados que estava encostado ao muro, olhou para nós, estupefacto. Provavelmente, nem perceberam o que se passara.
Virei as costas e segui o meu caminho.
Ouvi-a a lamentar-se, pareceu-me que falava de mim, mas não voltei para trás.
Indignada, pensava, quando fiz a pergunta, que estava à espera que me dissesse num tom de agradecimento que pedia ajuda às pessoas.
Tivesse ela respondido de uma forma mais grata, estava disposta a saber como fazer para arranjar uma bengala.
Fiquei muito triste.
Fiquei a saber, pela imagem que fui buscar aqui, que há três tipos de bengala.
para a noite mais branca do ano: a Noite Branca.
As fotos do dia de hoje.
Quinta-feira, vou dar uma volta depois de jantar e trago as mesmas fotogtrafias vestidas à noite.
Algumas lojas também mostram a beleza do branco
Setembro a chegar, as festas ao rubro para o Verão acabar.
Se tenciona vir a Braga, aqui fica o programa para as noites da Noite Branca.
E eu saí porque precisava de caminhar e de ir à farmácia.
O tempo está agradável, o povo aproveitou este dia para comemorar o 48º aniversário da LIBERDADE, e da libertação das máscaras, era ver a 3ª idade a dançar aos pares o costumado bailarico de pátio da aldeia,e que, nesta cidade, antes covid, os domingos eram para isso.
E mais à frente, junto ao Turismo, num palco da CGTP, um cantor cantava aquelas canções populares, como "Ó ferreiro casa a filha, não a deixes à janela, anda aí um rapazinho que não tira os olhos dela".
E a verdade é que toda a gente cantava... E eu também ( enquanto pensava na minha falecida mãe que a cantava) quando descia a avenida, no regresso a casa.
Conhecem o cabide em metal?
É um material que dispenso cá em casa, só gosto de usar os de madeira.
Quando vou à lavandaria, deixo os de plástico ficar lá, se for um casaco, ou trago-o para casa e devolvo-o quando passo perto, assim como o saco de plástico que protege a peça de roupa.
Ora hoje, ia para a fisioterapia, caí, de repente.
Não sei como, as minhas mãos e os joelhos amorteceram a queda, não bati com o corpo ou o rosto no chão.
Uma senhora aproximou-se, perguntou-me se queria ajuda.
Rapidamente levantei-me, disse que estava bem.
Mas olhava as palmas das minhas mãos que me doíam imenso.
Ela teria percebido que estava com dores, perguntou-me de novo se precisava da sua ajuda.
Agradeci.
Olhei para trás, porque quando me levantei, senti o meu pé preso a qualquer coisa que, entretanto, se soltou.
Era um cabide de metal que estava no chão. Como é óbvio, ia a olhar para a frente, não o vi, o pé prendeu-se nele e caí.
A senhora viu-me a apanhá-lo, perguntou-me se tinha sido por causa dele que caí.
Disse que sim. E que ia pô-lo no lixo ( mais à frente tinha um recipiente de lixo) , não fosse mais alguém tropeçar e cair.
Mas as dores eram fortes.
O dedo mindinho da mão direita e a palma da mão esquerda doíam-me de mais.
Os joelhos também.
Tive algum calor, e vertigens. Senti-me um pouco indisposta com as dores. Logo que entrei no hospital, fui lavar as mãos, queria sentir nelas a água fria.
Quando cheguei à sala de espera da fisioterapia, fui beber um copo de água, que por sinal estava morna, pois o manípulo da água fria não funcionava.
Nem me apeteceu falar com a terapeuta, que me perguntou se estava tudo bem, eu apenas respondi que sim.Queria estar sossegada, apesar das dores na mão esquerda que, junto ao polegar, ficou inchada.
Os joelhos, esqueci.
e compras de Natal, moderadas, foi parte da minha tarde de hoje.
Também fui ver 🌲 em algumas lojas de decoração.
pelo Centro Histórico de Braga ( com "direito" a máscaras no chão).
sobre as comunidades rurais na Índia, sobretudo no feminino
peço desculpa pelos reflexos no vidro, não havia como os evitar.
hoje, um verdadeiro dia de outono.
e soube muito bem a torrada, e o aroma do chá de limão, em copo de vidro, da Brasileira.
sejam elas o presidente,o trolha, o jornalista, o médico: usarem a máscara na ponta do nariz e andarem sempre a puxá-la para cima.
sugiro que dêem um nó nas pontas e adaptem-nas às orelhas que nada disto acontece.
a semana passada, fui jantar a uma pizaria muito frequentada pela família.
o jovem empregado tinha-a mal colocada, estava torta, e sempre que se aproximava dos cliente, ela ia para baixo do nariz.
apeteceu-me dizer-lhe que uma pessoa que serve à mesa não pode estar constantemente a mexer na máscara, que fosse à casa de banho e, em frente ao espelho, que a pussesse direita e desse os tais nós nas pontas de molde a ajustar-se ao rosto.
no jornal da noite da RTP3, uma jornalista estava numa zona da capital a relatar como estava a situação sobre a proibição de circulação entre concelhos da área metropolitana de Lisboa. cada palavra que dizia, a máscara descia para a boca, e ela puxava-a para cima.
um país a ver as notícias, não fica bem.
eu mudei de canal, porque me irrita.