cantores de Abril
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Uma viagem com um pequeno atraso de quinze minutos, pensei que chegaria a tempo de dar um salto à Gulbenkian para ver a Exposição de Almada Negreiros.
Ficaria alojada em casa da minha sobrinha, que mora a cerca de 500m da Gulbenkian.
Deixei a minha mochila no El Cort Inglês ( que jeito dá guardarem a bagagem) e segui na expectativa que conseguiria aproveitar aquele bocado de tempo para ver a arte de Almada Negreiros.
Mas a sala da exposição estava fechada, a última visita orientada tinha entrado há pouco tempo.
O funcionário aconselhou-me a passear pelos jardins, e lá fui dar uma volta por este pequeno paraíso mesmo ao lado da confusão de trânsito que "desagua" na Praça de Espanha.
Embora não tenha muita paciência para andar em recintos fechados fui ver as novidades no El Corte Inglês. Uma volta rápida pela roupa, desci e encontrei a secção de artigos para praia.
Fui ter com a minha sobrinha ao Jardim de Água, os cães passeavam com os seus donos. E o Scott, o cão dela, mete-se com todo os cães que vê.
No dia seguinte levantei-me cedo, a primeira consulta estava marcada para as nove horas. Leva-me cerca de trinta minutos, a pé, de casa à clínica.
Faço uma boa higiene dentária em casa, não falho as consultas, de seis em seis meses, ora no Porto, ora em Lisboa, estou de parabéns, comentou a médica. A segunda consulta foi logo a seguir. Feita a "inspecção" dentária, estava tudo excelente, há nove anos que sou elogiada pelo cuidado que tenho em nunca falhar uma consulta.
"Visita de médico" diz a assistente quando o doutor R comentou que não precisava de lá ir em Outubro. Volto à clínica no Porto.
Despedidas feitas, saí em direcção à estação de Sete Rios para apanhar o autocarro que me levaria ao Palácio Marquês de Fronteira.
Na mouche, pois cheguei antes do meio-dia. As visitas são durante a manhã. A pouco e pouco juntou-se um bom grupo, a maioria estrangeiros.
Foi-nos explicado que veríamos a ala principal, uma vez que a outra ala é habitada pelo actuais membros da família.
Para tirsteza minha, não é permitido tirar fotografias.
Fiquei com imensa pena porque o interior é lindo. Predominam a azulejaria portuguesa e holandesa, no caso da Sala dos Painéis ou de jantar. A Sala das Batalhas e a Biblioteca foram as que me cativaram.
Indescritível a quantidade de livros nas estantes, assim como os objectos de decoração na Biblioteca, sobretudo os dois globos, o celeste, o terreste, e o piano. As janelas dão para os jardins. A guia abriu uma das janelas e avisou-nos que era a única oportunidade que tínhamos de, do interior, tirarmos fotografias aos jardins.
A Sala das Batalhas contem painéis de azulejos com figuras alusivas às batalhas da Restauração. E no campo de batalha lá está a figura do guerreiro João de Mascarenhas que viria a ser Marquês de Fronteira. Foi a minha sala preferida.
Nesta sala tem um grande tapete que tem uma história muito interessante.
Parece que fora encomendado para a cerimónia de casamento do segundo Marquês mas tendo o palácio passado por obras, a factura era demasiado alta não havia dinheiro para o pagar.
Mais tarde a Fundação comprou-o e lá está ele na parede da bela Sala das Batalhas.
Passamos à sala dos Painéis ( jantar) com azulejos holandeses, que não gostei. Mas o mobiliário e a peças da Indía compensam a decoração da sala.
As duas salas privadas da família, Sala dos Quatro Elementos e a Sala de Juno, esta recheada de fotografias, leva-nos para o ambiente familiar, as conversas, as leituras, o ambiente calmo daquele espaço. Um grande retrato de uma senhora do século XX (disse-nos a guia que era mãe do Marquês de Fronteira, falecido em 2011), ocupa uma parte da parede da Sala Juno.
Feita a visita ao interior da casa, passamos ao exterior: o terraço e os jardins.
Continua...
Depois das bombásticas notícias e comentários à linha de lingerie "The Perfect Body", alterado logo a seguir para "A Body for Everybody" , eis que surge "Perfectly Fit" de Calvin Klein, severamente criticado por mostrar modelos plus size, mas cuja modelo Myla Dalbesio, 27 anos, um corpo com medidas acima do padrão das modelos das passerelles, e que na entrevista que deu à revista Elle, define-se como uma modelo com medidas "in-between", isto é nem grandes nem pequenas,
Nesta onda de publicidade, comentários e críticas, a Vogue foi mais ousada e pela mão do fotógrafo Cass Bird, vemos, a preto e branco, mulheres que riem, que choram, as que abraçam o seu próprio corpo, mostrando que a moda não se limita às mulheres (modelos) magras, mas a todo o género de mulheres.
Com o título "The Best Lingerie Comes in All Sizes" (A melhor lingerie vem em todas as medidas), algumas fotos (todas as fotos aqui).
Myla Dalbesio, the "in-between" model, for Calvin Klein
de nome Mary Quant, a criadora da minissaia, faz hoje 80 anos.
Tivesse eu fotos daquele mini vestido vermelho (que usei num baile de finalistas) com mangas tufadas ou daquele vestido de verão de cornucópias em tons de rosa claro e cinza, que eu adorava, mostra-vos-ia como nesse tempo eu vestia bem, oh, se vestia (feita pela modista, mas bem confecionada).
Mas não eram as ridículas minissaias um palmo abaixo do rabiote, não. Eram pelo meio da coxa, bem mais elegantes e femininas.
Gosto de saias curtas (agora uns centímetros acima do joelho, pois claro),não gosto de saias abaixo do joelho "tipo beata" (aquelas mulheres sonsas que vão à igreja rezar e cá fora são umas pestes).
E usei (pouca) maquilhagem Mary Quant.
Jovem que eu era, segui esta moda que, felizmente, os meus pais não se opuseram.
"Figura emblemática do Swinging London, período de efervescência cultural na segunda metade dos anos 60, e audaz criadora da minissaia, a britânica Mary Quant (foto) celebra nesta terça-feira (11) seus 80 anos com um olhar entusiasmado sobre a moda atual "dedicada às pernas" e à condição feminina.
Ainda que confesse certa nostalgia "da efervescência e da inovação" da Londres dos anos 60, a criadora conhecida também pelo corte de cabelo bob considera que "hoje em dia é maravilhoso ser uma mulher". "As mulheres aproveitam mais do que nunca suas vidas", disse a mulher que revolucionou a moda feminina popularizando a minissaia, as meias coloridas e a maqulhiagem.
"Uma nova espécie de superwoman apareceu", diz com admiração em sua última autobiografia, publicada em 2012: "Evoluem como atletas, sentam-se como homens, com os joelhos separados. Seus filhos adotam os sobrenomes de suas mães. (...) Elas têm o controle".
Mary Quant é viúva, tem um filho, três netos e vive em Surrey (sudoeste de Londres). Em 2000, ela vendeu aos japoneses sua marca de cosméticos, identificada pelo logotipo em forma de flor. Sua estreia no mundo da moda foi compartilhada com o homem que seria mais tarde seu marido, Alexander Plunket Greene. O que atraiu a atenção primeiro foi o estilo excêntrico das roupas da jovem estudante que conheceu na faculdade de arte de Goldsmiths, em Londres.
Em 1955, o casal abriu junto com um amigo a primeira loja, chamada Bazaar, no bairro de Chelsea, em plena ebulição. A loja de roupas e acessórios, junto com um restaurante aberto no sótão, transformou-se em ponto de encontro de jovens e artistas. Atraiu também celebridades da época, como Brigitte Bardot, Audrey Hepburn, os Beatles e os Rolling Stones."