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cantinho da casa

cantinho da casa

coisas que me irritam nas pessoas

 

sejam  elas o presidente,o trolha, o jornalista, o médico: usarem a máscara na ponta do nariz e andarem sempre a puxá-la para cima.

sugiro que dêem um nó nas pontas e adaptem-nas às orelhas que nada disto acontece.

a semana passada, fui jantar a uma pizaria muito frequentada pela  família.

o jovem empregado tinha-a mal colocada, estava torta, e sempre que se aproximava dos cliente, ela ia para baixo do nariz.

apeteceu-me dizer-lhe que uma pessoa que serve à mesa não pode estar constantemente a mexer na máscara, que fosse à casa de banho e, em frente ao espelho, que a pussesse direita e desse os tais nós nas pontas de molde a ajustar-se ao rosto.

no jornal da noite da RTP3, uma jornalista estava numa zona da capital a relatar como estava a situação sobre a proibição de circulação entre concelhos da área metropolitana de Lisboa. cada palavra que dizia, a máscara descia para a boca, e ela puxava-a para cima.

um país a ver as notícias, não fica bem.

eu mudei de canal, porque me irrita.

 

 

 

 

passeio por Chaves # 1

Há algum tempo que pensara visitar Chaves. Tenho lido alguns roteiros sobre esta cidade que não visitava há quase 30 anos, e dar um passeio pelos jardins do Vidago Palace Hotel, em Vidago.

Não podia ir mais de três dias, não queria deixar a gata muito tempo sozinha, tenho a família fora, ninguém para cuidar dela, então desafiei a minha amiga N,que  manifestara interesse em ir comigo para onde quer que fosse, assim como ela precisava muito de sair e distrair-se, tratei de fazer a reserva neste hotel, que uns familiares seus recomendaram.

Check-in a partir das 15:00h,estacionamos o carro para vermos onde ficavam os três restaurantes em vista, dois deles ficam um ao lado do outro,tirei a primeira fotografia.

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Seguimos para o centro,a fome apertava, mas quando quisemos ir a este, já não serviam almoços. Ouvia-se cantar ao vivo,estava cheio,fomos então ao do lado.

Cheio, também, ficamos em lista de espera, éramos os últimos, ninguém podia estar dentro do espaço, sentamo-nos numa mesa da esplanada do café em frente, o funcionário ia chamando à medida que saíam clientes.

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Entramos depois das 14:30h, fomos comendo as entradas, o serviço não demorou. 

Depois da refeição, pensamos ir fazero check-in,mas ficando fora dacidade, decidimos, apesar do calor, ver o que fosse possível, ao final da tarde seguíamos para o hotel, tinhamos uma piscina à nossa espera.

Descemos a rua em direcção ao Castelo, a entrada não era por onde pensaramos,seguimos na direcção do rio. Estavamos na margem direita,o que viamos enchia-nos os olhos e,à sombra das árvores, tratamos de fotografar o lindo espelho que é o rioTâmega.

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E atravessamos a Ponte de Trajano

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Vimos a cúpula de uma igreja, fomos espreitar. A igreja de São João de Deus, pequena, com uma abóbada que lhe dá bastante luz.

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Seguimos na direcção do Jardim do Tabolado, na margem esquerda, arborizado, tranquilo, com acessos pedonais, a serenidade do rio Tâmega, faz inveja a esta bracarense que gosta de jardins. 

Um coreto,um  parque infantil, as piscinas, a ponte de pedras,poldras, que atravessam o rio.

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Atravessamos a ponte pedonal, que o liga à outra margem, esta comercial, as cadeiras deste bar (fechado) convidavam a uma bebida fresca.

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E acabamos esta primeira visita com o regresso ao nosso hotel, para o check-in e um bom banho na piscina do hotel. 

 

 

 

 

 

 

 

do fim de semana prolongado

Começou na 5ª feira, no comboio Alfa.

Desta vez, o  meu lugar não era ao lado da minha sobrinha, que ocupa o lugar destinado a mães com bebés, e pessoas deficientes em  cadeira de rodas,

Enquanto não chegava a pessoa que iria ocupar esse lugar, sentei-me com o sobrinho neto no colo.

Um senhor, na casa dos 80, aproximou-se e perguntou se eram aqueles os nossos lugares,.

A minha sobrinha explicou que não, que o meu era o da frente e que se o número dele era a seu lado, se quisesse oferecia-lhe o lugar da janela, pois facilitava movimentar-se quando precisasse da minha ajuda.

Simpatica e humildemente, o senhor disse que não e que poderia trocar o lugar com o meu.

Nós aceitamos. Uma criança que não pára de brincar, não o incomodaria se trocássemos.

Sentou-se, então, no meu lugar, e sempre com gestos simpáticos, dizia olá ao menino, conversava connosco, até fez questão de oferecer das bananas que levava consigo, que tinha muitas e não as comia todas, acabamos por aceitar, o menino comeu uma.

Contou que nasceu aqui em Braga, que fora trabalhar para Lisboa era ainda muito jovem, que casou, que a esposa é de Vila Verde, que viera de propósito, como o faz todos os anos nesta altura, ao cemitério pôr flores na campa dos familiares.

Um senhor que faz  duas viagens no mesmo dia de 3h30 de viagem para prestar homenagem aos familiares defuntos é de louvar, comentara a minha sobrinha.

Na chegada, o senhor levantou-se, veio desejar-nos boa estada, despediu-se do menino e a minha sobrinha trocava comigo palavras de gratidão por encontrar uma pessoa tão simpática e humilde. 

A viagem correu bem, o menino não dormiu, fartou-se de brincar connosco, chegamos a Lisboa, pedimos um Uber e fomos para casa.

Mal o condutor pára o carro nos semáforos perto de casa, ouço a minha sobrinha dizer que alguém estava a fazer marcha atrás e ia bater no carro. Eu não percebi, o senhor  não podia avançar, o carro que queria sair estava em cima do passeio, até que o sinal  verde abriu, virou para a outra via, parou o carro e ouço a minha sobrinha dizer: "Eles estão a agredirem-se, eu não saio do carro, pode haver aqui rixa, eu tenho medo".

E foi então que vi três homens aos berros com o condutor que queria sair do estacionamento. Estávamos no meio da rua, o condutor Uber saiu do carro, ajudou a minha sobrinha a sair, estava ela com o bebé no colo, e ela só dizia " por favor chamem a polícia, isto é grave"

Saí do carro, puxei por ela e disse para ir para o passeio. E ela pedia para chamarem a polícia que eles estavam a agredir-se.

Queria sair dali o mais rápido possível, tirei as malas do carro, e reparei que dois dos homens estavam a desafiar-se, nariz com nariz, e insultavam-se.

De uma farmácia perto, e com a minha sobrinha a insistir que alguém  chamasse a polícia, vêm as pessoas à porta, o condutor Uber acalma-a, tiou o que faltava da nossa bagagem.

Alguém disse que já tinha chamado a polícia, o condutor Uber seguiu o seu caminho, e eis que vemos o condutor do carro fugir, ao mesmo tempo que os outros dois  o insultavam de filho da p*ta e chamavam-no de cobarde  por fugir deles.

O meu coração batia forte, fomos para casa assustadas, a minha sobrinha muito mais porque saíra do carro Uber do lado em que se dava a discussão.

O que foi que aconteceu?

O homem que fugiu estacionara o carro no lugar com placa,  com registo de matricula, de estacionamento para deficiente e como o proprietário vira o lugar ocupado, provocou a discussão. Juntou-se outro homem, insultavam-se e espalhavam murros pelo que infrigira o sinal,  foi quando ele se meteu no carro e tentou fugir mas como estava o carro Uber atrás não o fez e voltaram à discussão. Quando viu a oportunidade de se escapar, sem sequer obedecer ao sinal vermelho, ó rodas para que te quero, fugiu.

Pela primeira vez em Lisboa vi e assustei-me com este tipo de cena que poderia ter sido grave.

Estavamos cansadas da viagem, o menino adormeceu logo após tomar o leite, fomos dormir, também.

De manhã cedo fomos buscar o carro que alugáramos para esses dias, balcão cheio de turistas, saímos de Lisboa em direcção a Alcochete.

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O outlet estava a meio gás, a tempertura agradável,  não choveu, fomos às compras. Ela que procurava um bom agasalho não encontrou nada que gostasse, eu que não tinha intenção de gastar dinheiro em roupa, comprei um blusão ( tenho uma história para contar, no próximo post).

Comprámos artigos de maquilhagem, fomos conhecer o centro de Alcochete. 

Fomos procurar um dos restaurantes que o Robinson aconselhara, o que queríamos estava a fechar, procurámos este dos que me sugeriu. 

E almoçámos bem.

Um passeio pelo centro, verificámos que não faltam restaurantes e que as ementas são variadas e apetecíveis.

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No regresso a Lisboa, e com ameaça de chuva,  a fila para entrar no Freeport era imensa, os carros estacionavam fora do parque, foi certeiro termos ido de manhã.

Pensamos ir ao El Corte Inglês ver umas roupas para o menino, esqueceramos que era feriado, fechava às 20:00, não deixaram entrar.

Cansadas que estávamos, fomos para casa.

No dia seguinte o destino era Évora, que eu não conhecia.

 

do meu fim de semana

Com os bilhetes para o Altice Forum Braga para este  espectáculo, reservara mesa para quatro  pessoas, neste restaurante (as opiniões são favoráveis)  quem me atendeu pediu que fosse para as 20:00h, avisei as outras "miúdas".

Comecei a manhã com uma aula de Yoga,  de tarde estive por casa a arrumar umas coisas, ao final da tarde fui ver a aula de natação do meu sobrinho neto, quase a fazer 2  anos, a aula acabava às 19:00h, ficara por pouco tempo... E que feliz estava ele, com a mãe, a brincar na água, ora com o esparguete, ora com o colchão, ora a bater com as pernas!

Quando me apercebi que depois de sair da piscina a mãe tinha de dar banho ao miúdo, tomar o dela , vesti-lo, vestir-se, não era fácil fazê-lo sozinha, deixei-me ficar para a ajudar.

Tratei dele, passei a toalha pelo corpinho fofo, levei-o para a bancada onde estão os secadores de cabelo, sequei-o. 

A mãe já se encontrava no balneário, ajudei-a a vestir o menino. Pronto ficou, saí do balneário, sentei o miúdo no banco e dei-lhe umas bolachas e um sumo.

Quando saímos do edifício, o relógio marcava 19:30h, tinha uma amiga à porta de casa à minha espera, eu deixara o telemóvel em casa a carregar a bateria.

Eles seguiram para casa do avô, que fazia anos, eu ainda tinha de andar 10 minutos a pé.

Vivo perto do Forum, mas lembrei-me que havia festa depois da actuação dos cantores convidados, eu queria dançar, sair do Forum às 3:00h, ou mais, e regressar a casa a pé com uma das amigas que vive longe, decidi levar o carro e estacioná-lo ( a hora não era a de maior movimento) num parque em frente ao restaurante.

E ainda bem que o fiz.

Às 20.15h entrávamos no restaurante. Faltavam mais duas pessoas, ligámos a avisá-las que chegáramos, esperávamos por elas.

Uma delas, que também vive perto do Forum, chegou um pouco depois, mas a outra ( minha irmã mais nova), que ficara de aparecer em minha casa, não conseguiu aparecer a horas, levava o seu carro e iria ter connosco.

Mas os minutos passavam, ela não chegava, liga, uma, liga duas, liga muitas vezes, ora não atendia, ora quando atendia dizia que andava à procura de estacionamento.

Entretanto, os empregados andavam de um lado para outro a atender os clientes, a nossa mesa ficava em frente ao balcão, ignoravam-nos, até que pedi que viessem atender-nos.

Pedimos para nós as três, avisamos que viria um terceira pessoa, depois pediria o prato.

Como estavamos numa pizzaria, e tendo chegado a horas, e com reserva de mesa,  deduzimos que o serviço seria rápido.

Passavam os minutos, a comida não vinha para a mesa. Perguntaram-nos se queríamos as bebidas antes de os pratos virem para a mesa, que estavam quase prontos, pedimos que viessem junto.

Às 21:00h veio o prato de bacalhau que a minha amiga pedira. As duas pizzas não vieram, a minha amiga esperava que o empregado as trouxesse, eu aconselhei-a a comer, não devia deixar esfriar o bacalhau.

Passaram mais 10 minutos, insisti que iniciasse a sua refeição.

Chamamos o empregado, ele informou que as pizzas estavam a sair, mas o facto é que sempre que víamos pizzas em cima do balcão o destino delas eram outras mesas.

Entretanto, a minha irmã não chegava, ligamos imensas vezes, o telemóvel estava com problemas, nem sempre conseguíamos falar com ela, até que liga-nos e pede por favor que peçamos qualquer coisa para ela, estava a morrer de fome.

As nossas pizzas ainda não tinham chegadao, pedimos uma para ela, questinamos o empregado sobre a demora das nossas " Temos a casa cheia, não esperávamos, o serviço está atrasado".

Às 21:30h vieram as duas, e grandes, pizzas. E a minha irmã, finalmente (com 1:30h de atraso), chegou.

Foi comendo das nossas pizzas, quando eu já estava satisfeita ( comi 4 fatias), passei o meu prato para a sua frente e disse-lhe que fosse comendo, quando viesse a pizza dela ( se viesse), levaria-a para casa, comia-a no domingo.

A pizza foi posta à sua frente 15 minutos depois de chegar. Comeu duas fatias.

O empregado levantou os pratos das pessoas que tinham acabado a sua refeição, e foi então que reclamamos o serviço:

porque reservamos mesa e pediram-nos que fossemos para as 20:00h, que passavam junto à nossa mesa não traziam a lista, que as pizzas deviam ter vindo junto com o prato de bacalhau, que o serviço era muito fraco. 

O empregado não sabia o que fazer, pedia desculpa.

Saímos do restaurante às 22:30h. 

No Forum ainda tirámos umas fotos na passadeira vermelha ( red carpet), os La Frontera já tocavam ( um pouco aos "berros") as melhores canções foram as últimas.

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Seguiu-se Cock Robin, algumas músicas que não conhecia, muito aplaudido, cantou algumas das canções que nos fizeram cantar junto com ele.

À meia-noite, entraram em palco os Boney M. Foi a loucura total.

Cantou-se, dançou-se, aplaudiu-se... e Liz Mitchell dizia a cada intervalo de canção:  "We love you".

E se pudessem ter ficado a noite toda, não nos cansávamos de aplaudir, de cantar, de dançar.

Depois, veio a Festa.

Dois DJ's puseram o pessoal a dançar, a saltar, a cantar tudo o que era música dos anos 70 e 80, não só estrangeira, como portuguesa : Doce, Carlos Paião, Xutos e Pontapés, António Variações, Da Vinci,  Hermam José, José Cid, enfim, as que nos aminaram e deixaram-nos esquecer o trabalho, as preocupações, o cansaço.

Dançámos muito.

Saímos do Forum por volta das 03:45h. Levei-as a casa.

Às 04:30h cheguei à minha, ainda trocámos umas mensagens no whatsapp sobre esta divertidíssima noite ( refiro que estavam muitos jovens mas a maioria do público era maduro), deitei-me às 05:h00. Mas o sono, malandro, não quis nada comigo.

Os comentários?

Adorei, é para repetir, precisamos de mais, a vida não é só trabalho...

Em Dezembro há outro espectáculo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Mudo

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A semana passada fomos almoçar a um restaurante na praia, muito conhecido cá no norte. 

A história desta casa, que tem muitos anos, era eu uma criança, vem de os seus donos, um casal, serem mudos.

O espaço era uma cabana de pescadores sito no lugar conhecido por Pedrinhas e que fica a 1 km de Apúlia, com o nome de "Os Mudos".

O casal fazia umas excelentes sardinhas assadas, passou para a confecção de outros peixes e mariscos. Restaurante sempre cheio, fazia-se e faz-se fila para almoçar.

O tempo passou, deixamos de passar férias nesta praia.

O restaurante continuava a servir os clientes que vinham de todos os cantos do país. 

Quando a semana passada decidimos comer umas sardinhas assadas, fomos lá. Deparei com um espaço completamente remodelado, apresentável, comparado com "Os Mudos" de há longos anos.

Entramos. Ao balcão, do lado esquerdo da porta, estava um homem nos seus 47 anos, alto, que controlava os lugares e as mesas,  que perguntou o que queríamos.

"Almoçar" respondemos os três, " e se possível, na esplanada".

A minha irmã dirige-se à esplanada, e diz o homem com voz arrogante: " A senhora não pode ir para aí".

Parvas olhámos para ele, diz a minha irmã: " Mas eu só vou espreitar a esplanada, não vou ocupar nada".

Volta a repetir ele: " Não pode ir para aí".

Se não fosse pelo nosso amigo, juro que me vinha embora.

Fui à casa de banho, quando regressei, eles estavam sentados à mesa. "Não gostei nada da arrogância do homem", comentei.

Os funcionários, muito simpáticos, andavam de um lado para o outro  sempre atentos aos pedidos dos clientes

No final do almoço, a jovem funcionária perguntou-nos se estavamos bem, ao que aproveitei para fazer a pergunta sobre os mudos, os donos do restaurante.

E foi então que soube da história. Os mudos morreram há anos, o filho ficou com o restaurante que por sua vez passou o negócio para o filho ( o homem que estava ao balcão).

O pagamento é feito num outro balcão. Estava ele, de novo, a controlar tudo,  dirigimo-nos lá, a minha irmã pega no cartão multibanco marca o código, mas não dá. Repara que o código é de outro cartão que também o levava consigo, faz a troca. O homem olhava-a, eu olhava-o, ele não articulava uma palavra.

A minha irmã marca  código e diz-lhe: "Quero a factura, se faz favor".

Ele dá-lhe o cartão, o talão e a factura, ainda sem articular uma palavra. Não saiu um obrigado daquela boca.

Saímos do restaurante e comentei; " Homem antipático e arrogante, não sei como o restaurante tem tantos clientes. Por mim, não ponho cá os pés, nunca mais!"

Hoje, fui cedo para a praia. Decidi tomar café no lugar do costume.

Quando cheguei a porta estava fechada. Achei estranho, vira um casal na esplanada de cima.  O café mais próximo era em Apúlia, aproveitei para fazer a minha caminhada. 

Passando à porta de " O Mudo" (é o nome actual) vi uma senhora sentada no banco, cá fora. A porta estava aberta, entrei para perguntar se serviam café.

Ao mesmo tempo que entro, sai uma senhora de porta-moedas na mão, deduzi que tomara lá café, ou não. 

Na grande máquina de café, vi ele, o dono e perguntei: " dá para tomar um café?"

Da mesma maneira que falara para a minha irmã, o mesmo tom de voz arrogante respondeu-me: " Não, não sirvo café".

Saí. Não fiquei surpresa porque esperava esta resposta quando vi quem ele era. Mas estou certa que nunca mais entro naquele lugar e se depender de mim, se alguém me perguntar como é o restaurante, respondo que não conheço.

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é um pequeno restaurante na estreita rua do Anjo, no centro da cidade, junto ao Museu Pio XII.

Toda a decoração é vintage, os anfitriões foram buscar as mesas a uma escola, está a abellha maia  o  símbolo que foi a entrada de um restaurante na rua de Souto, onde  as crianças que passeavam com os pais tinham de se sentar na abelha e o banco ora subia, ora descia, ao som da célebre música da abelha (a Sofia sentou-se imensas vezes); as peças de Lego; os quadros alusivos ao cinema e à música: o quadro do menino que as famílias dos anos setenta tinham na parede do quarto; a louça variada Bordalo Pinheiro nas várias cores; verde, azul, rosa, cinza, um toque diferente ao que estamos habituados a ver.

Nas traseiras há um terraço com bar para uma bebida fresca nas noites quente de verão.

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Quem passa na rua não tem a noção de que é um restaurante peculiar na cidade.

As minhas sobrinhas (irmãs) tinham falado nele na altura da Páscoa, gostaram do ambiente, da comida, dos preços.

A conselho delas, uns dias mais tarde, passei lá para jantar com uma amiga, estava cheio, só por reserva. Adiámos para outra altura.

As minhas sobrinhas  estão cá de fim de semana. Tinhamos combinado jantar fora, falaram no Retrokitchen. Uma delas ia fazer a reserva. 

Houve alteração de planos, esgotadas as reservas  para jantar, decidimos antecipar para o almoço.

Almoço marcado, ontem, pela mais nova.

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Elas chegaram mais cedo ao restaurante, encontrámo-nos lá, eu, a Sofia e a minha irmã mais nova.

Estavamos nas entradas e diz a mana sobrinha, mais nova.

- Ontem, quando telefonei para fazer a reserva, deixei o meu nome, como de tinha de ser. Há pouco, quando aqui chegámos, o anfitrião abriu-nos a porta, dissemos que tinhamos mesa reservada.

- Em que nome ficou a reserva? - perguntou.

- Joana Vasconcelos.

- Oh! Ontem falamos que vinha cá a Joana Vasconcelos e afinal vejo duas lindas e elegantes jovens - comentou ele.

E a gargalhada na nossa mesa foi geral.

Ao que parece, já não é a primeira vez que alguém faz reserva com o mesmo nome de alguém conhecido, os anfitriões comentam se será a pessoa tal...

Então, para entrada comemos ameijoas de caldeirada, umas boas fatias de regueifa para molhar o pão, soube-nos muito bem.

Não há carta de ementa. Um dos anfitriões (um casal jovem) vem à mesa e diz qual a ementa.

Eu escolhi a moqueca de peixe, a Sofia e a mãe, bife com molho de pimenta,  e as sobrinhas manas, massa cozida em vinho tinto com espargos e queijo.

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Comida ótima a puxar um pouco ao picante, mas tudo muito bem cozinhado.

Para beber: cerveja, coca-cola e ice-tea.

Conversa, risos, as pessoas almoçavam, saíam do restaurane e nós continuavamos.

A Sofia come devagar, foi a última a acabar.

Sobremesas variadas, pedimos pana cotta de frutos silvestres, uma fatia de tarte lima e uma  de bolo de chocolate com molho de frutos silvestres.

No final café para três.

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Continuamos a conversa, os anfitriões despediram-se de nós, iam para uma feirinha que tinha lugar nos claustros, pagavamos à funcionária, ficaram a cozinheira e a funcionária.

Pedimos a conta. Pagamos 13 euros por pessoa.

Quem passar por Braga e deseja comer boa comida, e num ambiente familiar, deixe o carro numa rua ou parque no centro da cidade e passe pelo Retrokitchen. Garanto que vai gostar.

As minhas fotografias, do telemóvel, não foram as melhores, mas há muito para espreitar aqui.

 

Barcelona - dia 2

No final da tarde do dia anterior, as nuvens ameaçavam chuva.  E eu dizia que Barcelona é cidade de chuveiros que passam de imediato e dá lugar ao sol quente.

Sábado de madrugada, as meninas dormiam, eu acordei com a forte chuva que caía.

Projectaramos visitar a Fonte Mágica  de Montjuic no final da tarde, para vermos o espectáculo de luz e som, o tempo não estava a ajudar.

Mas os chuveiros passavam e arriscamos sair sem o único guarda-chuva que uma delas levara (uma por todas, todas por uma). Mal saímos do apartamento, mais uma carga de água desta vez por cerca de meia hora, metemo-nos num café a saborear um queque de chocolate e um café (ai que o nosso café é, sem dúvida, excelente).

A chuva dava lugar ao sol, pouco sorridente, aproveitavamos para tirar fotografias. Descemos as Ramblas na direção do porto de Barcelona para espreitarmos o centro comercial onde tem uma perfumaria com produtos de cosmética que não temos cá, e com boas promoções todo o ano.

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(junto à Estátua de Colom)

Encontrei o creme de rosto que queria, que nunca usei mas ouvi falar muito bem dele, e o perfume Noa, pequeno, ambos os produtos em promoção ( o perfume custava 49 euros, comprei por 19 euros).

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(almoço no SubWay)

Almoçámos, tendo por companhia dois jovens Coreanos que se entretinham a manusear os seus telemóveis, fizemos mais umas compras de T-shirts para os filhos de uma das minhas amigas, saímos em direção ao Bairro Gótico.

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(jovens Coreanos)

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(vista do Porto Velho)

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(Plaça Reial)

 

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(Câmara de Barcelona)

 

Chegamos à Catedral, e as nuvens negras ameaçavam uma forte carga de água.

Na entrada principal da Catedral viam-se uma pequena orquestra e um alguns grupos de pessoas, na sua maioria casais maduros, que formavam círculos e no meio destes, no chão, os sacos das compras.

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(a dança no rossio da Catedral)

De repente, eles e elas, de mãos dadas, levantam os braços e começam a dançar. Pé esquerdo à frente, vem atrás, pé direito à frente, volta atrás... Uma dança muito engraçada que não foi executada na sua totalidade porque a chuva fez o favor de estragar o espectáculo. Era vê-los fugirem para junto das lojas e abrigarem-se, como nós também fizemos. Ora entravamos numa loja, ora saíamos, até que a chuva passasse, o que demorou mais de meia hora. Aproveitamos para mais umas compras (elas, porque eu não comprei mais nada nesse dia).

Estavamos perto do apartamento, era hora fazer o percurso até à Praça de Espanha para vermos o espectáculo na Fonte Mágica, que acontecia entre as 19h e as 21h.

Mas a chuva não desistia, o caminho era extenso. Desistimos na esperança de no domingo haver espectáculo. E depois de perguntarmos a várias pessoas, inclusive no Teatre Del Liceu, onde iria actuar nessa noite James Taylor, ninguém sabia dar-nos a informação (soubemos no dia seguinte que no inverno só há espectáculos à 6ª feira e ao sábado).

Fomos jantar paella ( boa, mas com algum sal a mais) num simpático restaurante nas Ramblas. Conhecemos um casal francês que jantava na mesa ao lado. Ele ofereceu-se para tirar uma fotografia às três, e a conversa pegou.

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(o "trio" no restaurante)

As noites estavam muito frias, não tinhamos vontade de passear, regressamos ao apartamento.O meu quarto era o que apanhava melhor a net, sentavamo-nos na cama e com os telemóveis na mão, conversavamos e combinavamos os planos para o dia seguinte. Adormeci cedo.

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(o quarto do WiFi)

 

Este sossegado dia terminou quando, por volta das 3h, talvez, acordamos com o estrondoso som de vidro que se partiu e uma voz de homem bêbedo sobressaía de uma outra voz que, pensamos, tentava controlar a primeira.
Meu coração batia forte, do susto.

E as vozes não se calavam. Esta cena durou cerca de 20 minutos, até que o sossego voltou.

É o senão de se alugar um apartamento. Há sempre alguém que não respeita o descanso dos outros.

 

(continua)

 

Caminhar no outono com sabor a verão

À excepção de sexta-feira, que fui ao Porto, a semana foi  muito bem aproveitada para caminhar todas as manhãs, cerca de 6/7 km.

Como ainda não posso ir ao ginásio, comecei a fisioterapia à mão há quatro dias, tenho tido algumas dores no pulso, o médico acha muito cedo, ainda, para regressar ao ginásio.

Quase dois meses sem actividade física é muito e sinto que o meu corpo pede exercício.

Então hoje, fui caminhando, caminhando, a temperatura era a ideal para caminhar, dei por mim na direcção do Bom Jesus.

Muitos casais, famílias, mulheres, homens subiam e/ou desciam a rodovia.

Cheguei aos escadórios e pensei em voltar para trás. Desisti. E subi com ideia de descer de elevador.

A fachada da igreja está de rosto lavado, entrei no santuário, como sempre faço.

Desci no elevador.Um autocarro estava a chegar ao parque junto à entrada dos escadórios mas fiz o regresso a casa, a pé.

Antes, fui tomar um óptimo café Buondi num quiosque que fica junto ao célebre restaurante "Pórtico" (que bem se come por lá).

A meio da descida, antes de atravessar para o outro lado da via, com mais sombra, um restaurante chamou-me a atenção para um pequeno placard com a ementa, fechado por uma portita em vidro, que de tanto se refastelar ao prazer do sol, mal se distiguiam os muitos e variados pratos e os preços. Mas vi um que me fez uma fome e uma saudade imensa de comer: "pica-no-chão", 42,50 euros.  

E se tivesse levado um bom dinheiro, entrava e trazia uma dose de qualquer um dos pratos que não consegui ler. É que o restaurante serve almoços para fora, tem um aspecto tão caseiro e com uma gastronomia à  moda do Minho que me leva, por um dia,  a mandar os cuidados que tenho com a alimentação à merda.

E prometi a mim mesma que hei-de lá ir uma noite destas.  

Adiante, que já sinto o pica-no-chão nas papilas gustativas. Não sei quantos quilómetros são de minha casa ao escadórios, mas presumo que serão  6 km, teria caminhado cerca de 12 km.

Com sabor a Minho, a continuar este outono com temperaturas de verão, tenho caminhada para toda a semana.

 

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 (um grupo de cavaleiros subia o Bom Jesus)

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 ( a casa mais bonita )

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 (na subida)

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(o elevador) 

 

 

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(o restaurante, imagem da internet)