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cantinho da casa

cantinho da casa

passeio # 3

Depois do almoço, embora não tivesse feito planos para ir a Ílhavo, pensei que estava  a poucos quilómetros da cidade, pensei ir ver o Museu da Vista Alegre e o Museu Marítimo de Ílhavo.

Preparei-me para saber os horários do autocarro, estava uma temperatura e um sol quente, parei para tirar umas fotografias, e eis que, do nada, uma nuvem negra transforma-se  numa forte carga de água. Corri para me abrigar em algo que me pareceu, de longe, ser um quiosque, e atravessei a rua a correr.

Tinha o casaco molhado.

E no momento que vejo uma jovem mulher a abrir a porta do quiosque, que não era, mas sim a loja de turismo, ela comentou comigo que não esperava que a chuva fosse apanhar-nos desprevenidas.

Eu tinha o  meu pequeno guarda-chuva dentro da pequena carteira que levei, mas não deu tempo a tirá-lo.

Enquanto a chuva caía, conversamos um pouco sobre as praias da costa, as casinhas, os lugares que eu gostei de visitar.

E foi então que me falou do barco hotel que estava atracado na ria, a poucos metros da loja, sugeriu que passasse lá e entrasse para tomar um café, que ia gostar de ver e de usufruir da paisagem e da ria.

Senti-me pouco à vontade para lá ir, respondi que ficava para outra altura, que certamente voltarei, e perguntei como fazer para ir a Ílhavo.

Tinha uma paragem ao lado, mas o autocarro que parava nesta ia para Aveiro.

E desisti da ideia, agradeci as informações e sugestões, veio o autocarro e fui de volta para Aveiro.

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Arrependi-me, depois.Tinha tempo para ir a Ílhavo,  a distância não é de mais, para regressar a casa, tinha dois comboios Alfa para Braga.

 

Cheguei a Aveiro, fui comprar os ovos moles para a sobrinha e para a mana ( não compro doces para mim), fui dar uma volta por outros lugares que não conhecia.

Tinha de regressar ao hotel para ir buscar a mala, mas antes passei na estação de comboios para comprar o bilhete de regresso a casa.

Dei uma volta pelo parque, subi as escada I Love Aveiro, o hotel fica a poucos metros destas, e trouxe a mala. 

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Sentei-me numa esplanada junto ao canal, tinha uma hora de espera para o comboio.

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E se os comboios haviam de estar TODOS atrasados, e depois de uns dias de greve, foi nesse dia.

Sistematicamente, ouvia-se a voz nos altifalantes a avisar de que o comboio Alfa, o Intercidades, o Urbano, estavam atrasados 5, 6, 10 minutos.

Dois homens estrangeiros andavam de um lado para o outro, tentavam perceber o que se ouvia nos altifalantes, até que perguntaram a uma senhora que estava com a filha à espera do comboio, se falava inglês, e sendo a resposta negativa, aproximei-me e perguntei qual o comboio que esperavam. Como previ era o Alfa, comentei que estava atrasado e que eu ia no mesmo comboio, avisava-os quando ele chegasse.

E assim aconteceu.

Quando chegou, vinha praticamente cheio, fiz a viagem até Braga sem que visse o revisor passar para ver o meu bilhete.

Festejei o meu aniversário com este passeio,  foi uma boa escolha, e bem decidido ter ficado a noite de terça-feira em Aveiro, num hotel que gostei demais, e com uma caminhada pelo passadiço paralela à praia, desde a Praia da Barra à Praia da Costa Nova.

Talvez pense um dia destes meter-me no comboio e ir até Ílhavo.

 

 

Voltei à aula de Zumba

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Há oito anos, escrevi isto.

Estava convicta de que há 10 anos deixara de frequentar as aulas de Zumba.

Em 2016, fui experimentar uma aula de antigravity, no HP.

Amei, logo mudei .

Mas neste ginásio nunca fui a uma aula de Zumba. Não porque não me apetecesse, mas ia adiando. Até hoje.

Num domingo de Dezembro passado, vou à hidroginástica, a professora, brasileira, que não sei o nome, no final da aula perguntou-me se fazia outras outras modalidades, e perante resposta afirmativa, desafiou-me a ir a Zumba, nem que fosse só para me divertir.

Ora, ontem, tomei a decisão de ir à aula de hoje.

Como levo o sobrinho neto ao colégio, a aula é às10:30h, dá tempo para tudo.

E fui.

Antes da aula ainda fui caminhar no tapete.

Ela ficou muito contente quando me viu,  a aula começou e, para surpresa minha, estavam quatro senhoras nos 70tas.

Duas delas, que conheço das aulas de Pilates, dançam muito bem, certamente que frequentam esta dança há algum tempo.

As outras duas, diria que estão lá para se distraírem. Elas não sabem dançar, uma delas perde-se no estúdio, tanto está à frente, como, de repente, está atrás.

Mas é assim mesmo: divertir, rir, dançar, bater palmas, vibrar, distrair o cérebro.

Fiquei no fundo da sala, precisava de ver os passos de quem estava à frente, e seguir os gestos da professora.

Acho que correu muito bem.

O estúdio estava cheio, a maioria era mulheres mais novas, mas o certo é que as cotas, como eu, estavam divertidas e  estiveram bem na dança. 

Pena que as músicas sejam demasiado ruidosas, muito latino-americanas e brasileiras, e da nova geração. Daquelas que surgem de repente quando passa um condutor com o volume da aparelhagem do carro no máximo, assustam qualquer um de nós que passamos na rua, ou a conduzir, embrenhados nos nossos pensamentos.

No final da aula a professora disse-me para voltar.

Entretanto, as minhas sapatilhas do ginásio estão velhinhas ( há anos que não as calçava)

Já estive a ver nos sites, e nas promoções, o que quero, mas o meu número está esgotado.

E assim, voltei à dança. A dança que esta menina, que eu gosto muito, adora.

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(no antigo ginásio, eu, de top preto - foto de 2014)

 

Entretanto, ontem,  e porque há mais de três anos, por causa da pandemia, não me lembrava como era, fica aqui a imagem do morcego:

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que fui buscar à internet, que fizemos na aula de aerial training.

Também, enquanto estava na inversão, lembrei-me que me safava no cenário invertido no " Vale Tudo" da SIC.

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foto de 2017

10 anos

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Estava  eu de férias quando por volta das 09:00h recebi uma mensagem do Rio de Janeiro.

A primeira sobrinha, e minha afilhada, teve o primeiro filho.

Fiquei muito feliz, era o primeiro sobrinho neto.

Conheci-o no Natal desse ano, quando vieram a Portugal.

Hoje, faz 10 anos.

Na foto, o da direita, tem a seu lado o irmão .

Uma foto das férias pelo Pantanal.

Este ano, não há festa em Portugal, como tem acontecido todos os verões, nesta altura.

Este ano, a festa é lá.

E é, também, a despedida do Brasil.

Finalmente, regressam a Portugal.

Parabéns, meu sobrinho neto.

Entretanto, nestes 10 anos, nasceram mais sete sobrinhos netos, e na próxima semana está previsto nascer o oitavo.

É o que faz ter onze sobrinhos.

Gosto muito da minha família.

 

o fim das restrições

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recebi o e-mail do ginásio a informar o fim das restrições:

 
"De acordo com novas medidas anunciadas pelo Governo, a partir de hoje, já nos é possível retomar a capacidade de ocupação de todas as áreas do clube (ginásios, estúdio e piscina), respeitando sempre o distanciamento de segurança previsto nas recomendações da DGS. Este retorno à normalidade permite-nos voltar a acomodar todos os sócios com a qualidade e segurança com que sempre nos comprometemos.
Reforçamos que nas zonas de circulação do clube continua a ser obrigatório o uso de máscara, e que para a sua maior comodidade, deve continuar a efetuar a marcação, de qualquer atividade (aulas, piscina, ginásio, entre outros), na aplicação.

Este é mais um passo em frente para regressarmos à normalidade pré-pandemia, mantendo os padrões de excelência do ..."
 
Esta semana não fui às aulas, mas verifiquei, na semana passada, que o estúdio tinha mais pessoas. 
Amanhã, com certeza, voltará a ter o número limite.
Não vou gostar disto.
E continuarei a usar a máscara.
 
 
 
 

o regresso

Parecem bandos de pardais à solta
Os putos, os putos
São como índios, capitães da malta
Os putos, os putos

 

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Seria com este verso da canção de Carlos do Carmo que poderia começar este post sobre o regresso às aulas,e em tempos "normais" para todos nós.

Abri o estore da janela do quarto e vi  as crianças, no pátio da escola, não a correr como índios ou bandos de pardais à solta, ou numa algazarra no campo de futebol a chutar à bola, ou a abraçarem-se porque vêem os amigos, porque é o primeiro dia de escola.

Há duas entradas para a escola:uma para as crianças dos primeiro e segundo anos, a outra, do lado oposto,para os terceiro e quarto anos.

Fiquei emocionada.

Separadas, em duas filas, e aos pares, as crianças com as máscaras no rosto, carregadas da lancheira,das mochilas e  grande parte com caixas que seriam dos materiais a usarem durante o ano lectivo,estavam acompanhadas dos seus professores.

Uns largos minutos depois de as filas estarem completas e ordenadas, à vez, as crianças seguiam o professor que os levava para as salas, seguindo as setas amarelas no chão.

Do lado de fora, os pais esperavam ver os filhos entrarem na escola.

Quando já não hava crianças no pátio,os pais deixaram a rua tranquila.

Veio o intervalo. Antes seria de trinta minutos, é agora de dez,  não estão as turmas todas ao mesmo tempo.

O pátio está separado por fitas, e as crianças brincam, acompanhados dos professores.

As crianças precisam da escola, precisam de conviver, precisam de voltar a ser pardais à solta.

Na escola secundária,do outro lado da rua, os alunos estão aos pares ou em pequenos grupos, à porta, a conversar.

O café, que antes estava cheio de alunos, não tem ninguém.

 para que tudo corra bem, que a anormalidade depressa passe.

 

regressei ao ginásio

sexta-feira, fui à pedicure ( no ginásio)  deixei o carro fora do edifício, não me apeteceu deixá-lo no parque, que pago anualmente, entrei por este, estavam apenas dois carros estacionados.

"ginásio vazio",comentei.

pés tratados, passei pela recepção para saber o que se passava com a APP, visto que no meu telemóvel não abria o calendário das aulas.

e afinal a aplicação é, agora,outra.

explicaram-me como funcionava. em casa andei a explorá-la, decidi reservar a aula de Yoga de sábado.

ontem, fui à Maia, de manhã cedo, quando chegasse só teria de tirar o meu carro da garagem,nele deixara a mochila com a roupa.

desta vez, estacionei o carro no parque. ficaram apenas o meu e outro que já lá estava.

entramos no edifício com a máscara, medem-nos a temperatura, passamos o nosso cartão no aparelho que o lê, já não nos dão a senha para a aula.

o estúdio pequeno, com capacidade para cerca de 20 pessoas, passou a ter 10. o tapete que cada um de nós usa deve ficar no lugar assinalado no chão com um "x", há, também, uma fita que marca a distância entre cada pessoa.

eu entrei no estúdio com a minha máscara, desconhecia que a aula pode ser feita sem ela. tirei-a, dobrei-a e deixei-a no canto da minha toalha. 

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(ainda não me sinto segura fazer este exercício)

 

acho que todos tinhamos saudades do ginásio.

à tarde, em casa, lembrei-me de ver se havia a aula habitual de Pilates, ao domingo.

e lá estava ela, consegui reservar.

quando cheguei a aula começara, só estava uma pessoa e a professora.

comentei que no calendário de aulas esta aparecia às 11:45h.

foram chegando mais pessoas que confirmaram o que eu dissera,  foi então que a professora foi ver o mapa de aulas da semana, e lá estava a hora. parece que, por enquanto, fica assim

o estúdio ficou composto, fizemos uma boa aula.

soube-me bem.

amanhã, volto a nova aula de Pilates, no horário de sempre: 9:30h.

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quando menos esperava ( não era já que prevera ir), regressei ao ginásio.

 

 

 

 

voar em Executiva

Tempo de regressar a casa, à rotina da escola, fui despedir-me dos meus sobrinhos netos, diz-me a mãe: " Hoje vamos viajar em Executiva, vai ser uma viagem mais confortável ".

Comento com o filho mais velho: " que bom, vais poder..."

Interrompe-me e diz: " que fixe, tia L,  vou poder escolher o que quiser para jantar!" ( ele come muito bem contrariamente ao irmão que não come nada).

Na viagem para Portugal o miúdo dormiu mal, chegou cansado, cheio de olheiras e dores de cabeça, disse eu: " vais poder dormir confortavelmente, a viagem é longa".

Como sempre, e desde há 9 anos, vêm duas vezes a Portugal. 

Voltam nas férias de verão.

 

 

 

 

 

volto a Lisboa

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E não, não vou ao Festival da Eurovisão, cuja cidade passei no sábado passado mas não entrei, estava a chegar a hora de regressar à minha cidade.

Volto a Lisboa porque o pai do meu sobrinho neto vai viajar, o bebé, a mãe e o cão não vão ficar sozinhos.

Então, nestes dias que o bebé está no colégio e a mãe a trabalhar, andarei a visitar o que ainda não conheço e ao fim da tarde encontramo-nos para o descanso devido.

Quem tem uma tia disponível, tem tudo.

À hora deste post, estarei a caminho.

Até já, Lisboa.

 

o médico

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Há 4 anos que não ia à consulta de otorrinolaringologia no hospital onde fui operada há 15 anos.

O médico esteve ausente, por doença, cerca de 2 anos, procurei um especialista aqui na cidade para as consultas de rotina.

Soube, no ano passado, que o médico recuperara, que regressara ao trabalho.

Há dias, lembrei-me de marcar consulta para ele, visto que me acompanhou ao longo destes anos todos e sempre tive confiança nele, estava na hora de voltar.

Fui hoje. Quando lhe disse que não ia à consulta há 4 anos, ele dizia 2, até que foi ver a minha ficha e confirmou que sim, 2013 foi o último ano que lá estive. 

Óbvio que não referi que o motivo da minha ausência fora o seu estado de saúde. Não me competia tocar no assunto. Disse-lhe que neste período de tempo tinha consultado um médico cá da cidade quando tivera um zumbido no ouvido esquerdo; que fizera audiograma, que estava normal, que ultimamente não tenho tido zumbidos nem dores.

Depois de examiná-los, comentou que não tenho pólipos no nariz, a garganta está bem. 

Ora, ao longo deste 16 anos de consultas, este médico sempre mostrou ser uma pessoa serena e pouco faladora. Por vezes sentia-me pouco à vontade com o silêncio que se gerava no consultório, dava-me a sensação que estava de mal com a vida.

Colegas minhas mudaram de médico, achavam-no antipático. Eu sempre afirmara que gostava dele, era feitio seu falar pouco com o paciente, que apesar de ser um homem de poucas falas, confiava nele.

Na estrada, pensava como iria encontrá-lo. Mais frágil? Mais calado?

Uma hora de espera, como sempre, para esta consulta, mal entrei, sorri. Contrariamente ao que pensara, está com bom ar, um pouco mais velho, como é natural, mas com uma postura dinâmica, simpática, comunicativa.Teria sido uma grande luta, com certeza.  

E na despedida, comentou que gostou muito de me ver.

E eu fiquei muito  contente de ver que ele está bem.

Para o ano, volto.