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cantinho da casa

cantinho da casa

para mais tarde recordar # 1

Todos os dias vou buscar o meu sobrinho neto bebé ao infantário.

Costumo perguntar se comeu ( ele come bem) ou dormiu a sesta ( estas costumam ser curtas), a educadora ou as auxiliares respondem às minhas perguntas e/ou transmitem alguma informação que comunico, depois, à minha sobrinha.

Ele é um bebé simpático, risonho, tem uns olhos azuis lindos, que são muito elogiados, e, como a maioria dos bebés, é muito malandro.

Raramente usa babete, nem gosta de ver os amiguinhos com ela, era hábito seu gatinhar atrás deles e tirá-las.

Desde o fim de semana que tem andado aborrecido, não dorme a sesta, ou se dorme são pouco minutos, ontem fui buscá-lo, fiz a pergunta de sempre.

A auxiliar que o vestia contou-me quaquer coisa como risos, mas não entendi bem, trouxe o bebé, que adormeceu no carrinho durante o percurso colégio-casa.

Há pouco a minha irmã ( que o adora) ligou-me. Contei-lhe que, hoje, quando a mãe chegou do trabalho, brincamos muito com ele, cá em casa.

E de repente, perguntou-me se eu sabia o que acontecera, ontem, no colégio.

E foi então que soube a história completa.

Os bebés estavam deitados nas suas camas para dormir a sesta depois do almoço. Todos sossegados, o meu sobrinho neto não adormecia. De repente, dá-lhe  um ataque de riso (e ele tem um riso contagiante, até nós rimos com ele) que todos os outros bebés soltavam risadas, foi uma paródia naquele dormitório.

Quando sossegaram, e o bebé não dormia, levaram-o para a sala de brincar.

Ontem, quando a mãe escovava os dentinhos antes de ir dormir, descobriu que vêm dois a caminho.

E são estes, certamente, que o põe agitado e não o deixam dormir a sesta.

Há pouco, a minha irmã comentou comigo que aconselhou a nossa sobrinha a registar estes episódios do bebé, para um dia mais tarde recordar.

Ela tem pouquíssimo tempo para isto, decidi registar aqui no meu cantinho, sempre que houver alguma coisa a contar deste meu sobrinho neto bebé, e também dos outros quatro sobrinhos netos que são a alegria da família ( o sexto está para nascer).

Ajudei a criar os sobrinhos, chegou a vez dos meus fofos sobrinhos netos.

Pena que quatro estejam fora do país.

 

* para mais tarde recordar:

aqui, aqui

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

o arroz

Em janeiro de 2016 fui jantar a Ponte de Lima, o tradicional arroz de sarrabulho.

Soube que o dono do restaurante costumava  cortar o presunto de uma forma perigosa e que várias vezes fora alertado para esse seu jeito inadequado, e que ele respondia que sabia o que fazia, sempre cortara o presunto à sua maneira.

Uns meses depois deste jantar, foi-me comunicado que o senhor morrera. A cortar presunto.

A faca deslizou e matou-o (não sei os pormenores, apenas sei isto).

Desde então o restaurante nunca mais abriu, era ele o único proprietário, ninguém tomou conta do negócio.

Hoje, vamos a Ponte de Lima.  Vamos almoçar arroz de sarrabulho.

Os meus amigos almoçavam com frequência no restaurante Cunha

Vamos recordar o senhor Cunha.

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(a minha foto à mesa do restaurante do senhor Cunha)

 

 

 

 

"12 e 13 de Maio foram dias únicos"

Estava a ler o blog em destaque sobre este dia 13 de Maio e já preparada para comentar, o telemóvel tocou.

Vejo o nome. Nem queria acreditar!  A minha colega e amiga Ni?! E lembrei-me que no ano passado, neste mesmo dia 13,  ela ligou-me.

Atendi e saiu-me um olá cheio de alegria, e diz ela sem demoras :"Tinha de te ligar. Tu sabes que os dias 12 13 foram mágicos para nós."

E as lágrimas caem-me do olhos, como caem agora que escrevo este post.

"Tu sabes que estes dias foram únicos para nós as quatro. A procissão das velas foi mágica, uma noite  de devoção única, e no dia 13 o Adeus a Nossa Senhora de Fátima fazem-me arrepiar quando recordo. Não achas que é mesmo de arrepiar?

"Sim", respondo eu. "Nem imaginas o quanto choro enquanto te ouço falar. Ontem à noite, antes de me deitar, lembrei-me desta maravilhosa e mágica noite do dia 12.  Só quem lá vai sabe dizer o que sente. O silêncio, o respeito, a fé, a devoção das pessoas, são impossíveis de contar."

"Acho que vamos ser velhinhas e todos os anos vamos recordar estes dias que passamos nós as quatro, em Fátima. E eu tinha de te ligar para te dar um abraço."

"Obrigada. Estou emocionada porque tu também és única."

E a conversa continuou, por breves minutos, com os desabafos de como andam as coisas por lá.

Acabamos com o envio meu de beijinhos para as ex-colegas, principalmente para as amigas de coração, com quem partilhei desafios, desabafos, brincadeiras, "raivas" mas sempre com a ideia de dever cumprido.

Dia 13 de maio, vai ser um dia bom. Fiquei tão feliz com esta chamada.

 

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( as quatro amigas, Maio de 2013)