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cantinho da casa

cantinho da casa

sobre o post do José

Neste post, escreve sobre a notícia que e eu vi na SIC e na RTP2.

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Confesso que jogo uma raspadinnha de 1 euro, de vez em quando.

No euromilhões, joguei com mais 39 colegas de trabalho, era eu que registava, uma colega mais "descarada" pedia o dinheiro. Foram alguns anos a jogar e nunca tivemos grandes prémios.

O dinheiro que ganhávamos dava para jogar nas férias.

Dois anos depois de eu sair, disse à minha colega que não queria jogar mais ( eu continuava a registar, encontrava-me com ela para receber o dinheiro, era uma chatice e uma grande responsabilidade para mim, e para ela que sei que ficou sem dinheiro...havia os caloteiros, claro).

E desta forma também acabou o jogo para todos.

O único jogo que sou fiel, é à lotaria de Natal. Ganhei uma vez 150 euros, até hoje, mais nada.

Também nunca tive ambição de ser milionária. 

Sempre soube lidar com o dinheiro.

Mas o que me leva a escrever este post, tem a ver com duas coisas:

- as poucas vezes que fui ao casino, não joguei 1 cêntimo, constactei que os mais velhos são os mais viciados nas máquinas. Calculo que gastam a pensão de sobrevivência ou a reforma no jogo.

-  passo-me com os programas de domingo à tarde, e acreditem que ligo o televisor perto das 19h quando quero passar a ferro e aproveito para ver a SIC Notícias.

Mas antes, dou uma olhada pelos canais, vejo e oiço o que tanto me irrita: "olhe que pode ser hoje o seu dia de sorte"; " é para si que estou a falar";  " ligue já para o número 7xx xx xx"... E vejo os números do prémio a subirem tão rápido quanto Lucky Luke e a sua sombra.

Este é, na minha opinião, o vício dos vícios.

Uma pessoa sentada a ver televisão, o número que aparece sistematicamente a chamar a atenção do telespectador que é tentado a tentar. E acresce  o Iva.

E na esperança de que, "quem sabe é desta", vai marcando o número, uma vez, duas vezes, muitas vezes... e vai-se o dinheiro em chamadas.

 

 

a raspadinha

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Acabei de chegar dos CTT, fui comprar certificados de aforro.

Enquanto tratava do documento, a senhora, que teria pensado que quem compra um valor substancial em CA, terá dinheiro para gastar em raspadinhas, perguntou-me se queria comprar uma das grandes: 5 euros.

Respondi que não, que não sou sortuda no jogo, que o dinheiro das raspadinhas sai da carteira, mas raramente entra, que preferia contribuir com esse valor para a UNICEF (dou mais um pouco), por multibanco, e quando me apetece.

Ela comentou que não acredita nisso, que não sabe para onde vai o dinheiro, que se vê muita gente por cá a passar fome...Assim como o Banco Alimentar, que deixou de contribuir há muito tempo.

Eu acrescentei que estas ONGs precisam de dinheiro para ajudar as populações nos países em conflito e que, recentemente, decidi contribuir mensalmente, e durante um ano, com um valor mínimo para os Médicos sem Fronteiras.

Que nem sempre ajudo quando essas organizações querem ( fazendo chamadas), eu é que tomo a decisão de doar quando entendo que devo fazê-lo, e se o dinheiro não chega lá, não é por 10 ou 20 euros, de quando em vez, que me vai fazer arrepender de ajudar.

Assinei o documento.

E não comprei a raspadinha.

Ela também não insistiu mais.

E agradeceu a compra dos CA.

 

 

 

 

o livro

Fui aos CTT levantar o livro que mandei vir da Wook.

Enquanto esperava pela minha vez, vi nas prateleiras, detrás do balcão, um livro sobre a Rússia ( falei para os meus botões que aquele livro não devia estar ali).

Mas quando fui atendida, estava um exemplar, assim como duas raspadinhas de 3 euros, ao lado da funcionária, que me viu olhar para ele. E foi então que li o título " A Mais  Breve História da Rússia", de José Milhazes.

A funcionária perguntou-me se queria comprar o livro.

Respondi que não.

Insistentemente, aconselhava-me a comprar, até porque o autor autografava o livro.

E eu insista que não queria, até que mostrou-me uma folha, e para a qual não dei atenção, que,  segundo ela, se eu quisesse comprar o livro e que fosse autografado, ela responsabilizava-se que o autor o autografasse.

Perante isto, presumi que o papel era a prova de que comprara o livro e que queria o autógrafo do autor ( repito que não sei o que estava lá escrito).

Disse que estava ali para levantar um livro, não estava interessada em comprar aquele.

Acabou por desistir, e perguntou-me: " não quer tentar a sorte com uma raspadinha?".

Sorri,e respondi que não, que não compro raspadinhas.

Já estava a ficar farta da insistência da senhora, perguntei a mim mesma: "será que têm alguma comissão nestas vendas?"

Tenham ou não, lamento, mas não gosto que insistam comigo quando não me interessa o produto.

Sou sincera, até gosto de ouvir José Milhazes.

E os programas da SIC Notícias que costumam passar à noite, como O Eixo do Mal, que vejo assiduamente,  e Sem Moderação,  quando me lembro ( ahahahah!), comprar um livro sobre a História da Rússia, não, mesmo gostando dos comentários do Milhazes.

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raspadinhas

Jogo o euromilhões há cerca de oito anos com uma grande amiga.

Registo, semanalmente, o boletim, faço as contas, envio-as por e-mail.

As contas estão em ordem, nada falha. Ela confia em mim, só vê se me deve dinheiro ou não.

Dos poucos prémios que temos ao longo do ano, que não vão além de 8 euros, uso-os à medida que o dinheiro de cada uma de nós acaba.

Quando não há dinheiro em caixa, pago e depois acertámos as contas.

Ora no início de Janeiro fechei as contas de 2016.

Para começarmos 2017 do zero, em caixa ficara 1 euro, decidi comprar uma raspadinha nesse valor.

Da raspadinha que comprei, tivemos um prémio muito bom: 1 euro!

As últimas semanas tenho ido registar o euromilhões a uma das casas de jogo do centro da cidade, reparara que as filas que habitualmente se formavam, sobretudo pessoas idosas que compravam rapasdinhas, não haviam.
Segunda-feira, fui registar o euromilhões, levava a raspadinha premiada para trocar por outra de igual valor.

Reparei que a casa estava vazia.

Dirigi-me ao balcão onde estavam os três funcionários do costume, entreguei os talões do euromilhões ( sem prémio) e quando lhe mostrei a raspadinha, diz-me que não tem.

Achei estranho, apeteceu-me perguntar porquê.

Respondeu-me com ar indignado com a mesma pergunta " porquê?!, ao que eu insisti que gostava de saber porquê.

Foi então que, antipático (felizmente os outros são bem mais sorridentes) disse:

- Não temos raspadinhas porque o patrão não quer. Olhe não faltam raspadinhas por aí, troque num qualquer ponto de venda.

Raramente compro raspadinhas, saí da loja a pensar onde poderia trocar a que trazia até que me lembrei que, perto de lá, tem um ponto de venda com todo o tipo de raspadinhas.

No balcão, mostro-a à jovem funcionária (ou filha de patrão, provavelmente) que  me respondeu isto: " Não temos raspadinhas de um euro".
Fiquei a olhar para ela, via tantas raspadinhas à minha frente, ao que, mais clara, disse: " Só vendemos raspadinhas de dois euros para cima".

E saí da casa a falar para o meu decote: " Caramba. Num lado, o patrão acabou com a venda das raspadinhas, está a casa às moscas com três funcionários ao balcão a olhar a porta para ver quem entra. Noutro, são finos demais, só vendem raspadinhas superiores a dois euros. Desta forma, os cliente não vão lá."

À tarde, fui ao centro comercial onde tem um ponto de venda ( deve ser o que mais jogo vende na cidade), e troquei-a.

E é isto. Eu que raramente compro raspadinhas,  não fazia a mínima ideia que uma Casa da Sorte ou Casa Campião podem não querer vender um determinado produto, no caso, as raspadinhas.

 

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