o Ratatouille
A Sofia, a minha sobrinha e (a)filha(da), tem 17 anos, anda cá por casa desde bebé.
Ia buscá-la ao infantário, ficava por aqui até à hora de a mãe vir buscá-la.
Depois veio escola e até ao 6º ano ia buscá-la ao almoço e/ou ao fim da tarde. A partir do 7º ano não precisava nem queria que a fosse buscar. Almoçava comigo, voltava à escola se tivesse aulas de tarde, ou ia para casa.
Agora no 12º ano, almoça comigo três vezes por semana.
Raramente cozinha, mas vai ajudando a mãe quando é necessário, por vezes arrisca fazer alguma coisa simples (fico assustada quando tem de ligar o forno, mas já aprendeu).
O irmão estudou no Porto, por lá ficou a trabalhar, dedicou-se à cozinha e é um bom cozinheiro.
Hoje, pela hora do almoço, entrei no FB e vi uma fotografia de um prato que fez para o jantar de ontem.
Quando ela chegou para almoçar, perguntei-lhe o que tinha feito para jantar que tanto surpreendeu a mãe.
-Ratatouille- respondeu-me - e fui eu que fiz o molho de tomate, não usei nada de concentrados.
Pelo que me parece, a minha família tem queda para a cozinha. O mais interessante é que os meus irmãos e sobrinhos aprenderam a cozinhar por si próprios, pois estudarem fora da cidade e detestarem o que comiam nas cantinas, fê-los dedicarem-se à cozinha.
E fico feliz por isso. Jamais pensei que viria a ter irmãos e sobrinhos com bons dotes para cozinhar..
E já disse que uma crise que haja que leve algum deles ao desemprego (espero bem que não, porque estão bem, felizmente) temos família para deitar mãos à obra, abrir um restaurante e mostrar os dotes culinários de cada um.
Eu sou mais para a cozinha portuguesa.