a medida certa
aprovada no Parlamento, vejo constantemente no mercado e supermercado usarem um saco de plástico para cada espécie de fruta, comportamento muitas vezes criticado pelas vendedoras no mercado, outras vezes, saco na mão, antecipam-se estas e entregam à cliente para que se sirva.
Depois há o desperdício de sacos de supermercado, como o caso do meu vizinho que é vegan mas suponho que só come fruta, quiçá pão, não tem gás em casa, não há roupa a secar nas cordas exteriores, é uma pessoa muito, muito esquista, ninguém quer conversa com ele.
Acreditem que as vezes que o vejo no supermercado anda pela fruta e de cada vez que lá vai traz um saco novo que depois o deixa no lixo junto à árvore da rua.
Ora, a Câmara/Agere abasteceu a cidade com novos contentores de resíduos urbanos que permitem que se coloque o lixo a qualquer hora do dia evitando a acumulação de sacos de plástico com lixo na via pública.
Mas este homem nunca cumpriu os horários nocturnos de colocação do lixo na rua, colocava-os a qualquer hora, junto à arvore em frente à porta do prédio.
Com estes novos contentores, temos dois, que evitam que os sacos rasgados e os resíduos espalhados na rua, que os gatos muito gostavam de mexericar, desde então todos os moradores vão lá colocar os seus sacos.
Acontece que o meu vizinho continuava ,diariamente, a pôr o saco de supermercado, e novo, com o pouquíssimo lixo, junto à árvore.
Como o camião deixou de passar à noite e recolhe o lixo dos contentores durante o dia, os sacos que ficam junto à árvore não são recolhidos, pelo que ali jazem durante dias.
Não consigo entender porque o homem não põe o seu lixo no contentor mais próximo.
No sábado passado, estavam três sacos no lugar do costume, comentei com uma amiga que irritava-me este comportamento, os contentores foram colocados início de Agosto, ele não cumpre as regras, até que, à noite, percebi que o homem subiu e desceu as escadas várias vezes, deu-me um flash e uns minutos depois fui à janela e vi o que pensara: finalmente o lixo desaparecera, ele fora colocá-los no contentor.
Sorte a dele ninguém ter feito queixa, a multa é pesada, mas nunca este homem, que eu saiba, foi multado, e se alguém o fizesse por mim, seria eu a vítima, como sou sempre em cada pequena coisa que implique aquela pessoa.
Quando escrevi este post, a Gaffe comentou o seguinte:
"Abordou um assunto que me preocupa imenso. Tornou-se prioritário para mim encontrar alternativas ecológicas a todos os meus actos. Sobretudo os mais pequenos. Institui o uso dos sacos do pão em pano. São lindíssimos por aqui e as compras são feitas nos de rede de algodão. As garrafas de água passaram a ser de vidro.
Foi interessante ver as reacções. A padaria não sabia para que serviam! Agora por aqui toda a gente os usa. Mostram-me os mais bonitos. Estou a pensar fazer uma festa, um belo arraial ecológico e vai ser o mais pimba possível. Haja alegria.
(Estou tão farta de música "da câmara" ...)
Eu que os vira na loja não os trouxe, voltei lá mais tarde e comprei-os.
Desde então, os dois, ou um deles, andam na carteira, é ver-me "passear" na rua com ele cheio de frutas, ou quaisquer outras compras que faça.
Num dos dias que fui ao mercadinho, um rapaz que estava na caixa, vendo-me tirar as frutas do saco e pô-las no tapete para que ele as pesasse, diz-me: " A senhora é que poupa nos sacos, mas traz um tão jeitoso, onde o arranjou?!"
Ontem, fui caminhar, passei no SuperCor, trouxe romãs, pão e cereais para o meu pequeno almoço.
Raramente pego nos cestos do supermercado ( por vezes sujos e cheios de papel), se são poucas as compras vão directamente para o saco, tiro-as para o tapete do caixa, e volto a metê-las lá .
O jeito que eles dão!
Tenho esquecido de procurar sacos de pano para o pão (só tenho um ), levo os de papel que guardo para este fim.
As empregadas da padaria agradecem e uma delas contou-me que uma cliente leva sempre o mesmo saco,de papel, para o pão, só o substitui quando já está rompido e não tem mais préstimo, metendo-o na reciclagem. Fiquei satisfeita em saber que não sou a única pessoa a fazê-lo.
A vendedora do mercado, a quem compro os legumes, fica contente quando levo umas quantas embalagens de cartão dos ovos e as de plástico dos frutos vermelhos que vou comprando.
Há algum tempo que substituí a escova de dentes de plástico pela de bambu, custou um pouco a adaptar-me às cerdas, mas não quero outra coisa, agora.
Decidi, também, deixar de comprar as recargas do gel para as mãos, andei na internet a pesquisar como fazer gel caseiro, um sabonete dá para várias recargas, já nada vai para o contentor de reciclagem.
Os cotonetes estão a acabar, vou substituí-los por bambu.
A água é um bem precioso, poupo o mais que posso nos banhos de chuveiro, agora mais rápidos, fecho a toneira sempre que lavo o cabelo,e na lavagem das mãos.
Na lavagem dos legumes, a primeira água vai pelo cano abaixo, as outras vão para uma bacia da roupa, utilizo-a para a limpeza do chão da cozinha e da casa de banho, para regar as plantas, por vezes, para a sanita.
Evito fazer lavagens na máquina da roupa quando esta não é suificiente para a encher.
Tenho a tarifa de electricidade bi-horário, faço as lavagens na máquina à noite.
Acho que mesmo assim tenho falhas, ainda tenho muito para mudar e poupar.