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cantinho da casa

cantinho da casa

gostei de ver

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Mais um Festival de Jardins de Ponte de Lima, o 19º,  este ano com o tema " O Imaginário na Arte dos Jardins” , aproveitei o dia de hoje, com uma temperatura bastante agradável, para visitar a Exposição.

Não vou falar sobre os Jardins, que vou escrever e publicar algumasfotografias,mas do Festival  Medieval Solidário,  onde havia algumas tendas de tudo um pouco, e os habituais comes e bebes, apelativas ao convívio com os amigos e a família sentados à mesa a comer as bifanas,ou o pão com chouriço, e a beber umas cervejas.

Dava eu a volta ao fresco e verde espaço, junto ao rio Lima, vi uma cena que me deixou feliz.

Um homem, que teria 50 anos, ou mais, com deficiência nas duas pernas, ajudado pelas muletas, jogava à bola,  e bem, com dois adolescentes nos seus 12, 13 anos.

Ora cabeceava e atirava para os rapazes, que por sua vez, chutavam para ele.E para onde quer que a bola fosse, esticava o braço para que a muleta tocasse a bola e, com força, atirava-a para os rapazes.

Não passou despercebido a quem estava sentado nas mesas mais próximas.

Foi uma imagem que me ficou na mente, sobretudo pela empatia que os dois jovens tinham com o homem.

É disto que o mundo precisa.

A inclusão,que muito se fala, não é somente para as crianças com deficiência ou portadoras de outras doenças genéticas.

É para os mais velhos, também.

Esta cena lembrou-me uma que se passou, há muito tempo, com a Sofia, minha sobrinha, e que tinha a certeza de ter ums post sobre isso.

Demorei a encontrá-lo,mas consegui.

É para isto que tenho o blog: recordar.

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agosto de 2012

 

 

 

Portugal no Euro 2024

Há oito anos, escrevi este post.

Não me recordo nada da cena do senhor ao meu lado direito.

Dei uma olhada aos memes, e ri-me.

E ao mesmo tempo alguma saudade dos grandes jogadores que fizeram a nossa Selecção. 

Mal sabíamos que iríamos trazer o caneco.

Hoje, jogamos com a Chéquia ( gostava mais de República Checa),  e quero dizer que conheço poucos jogadores da nossa Selecção.

Talvez porque deixei de dar alguma importância ao futebol.

Contudo, espero que sejamos suficientemente inteligentes, e perspicazes, deixemos de lado a ideia de que somos os maiores, porque as surpresas do grandes jogos e equipas vêm de quem menos esperamos.

O cachecol, que data de um jogo da Selecção, em Braga, quando fomos estrear o Estádio, em finais de Dezembro de 2003, preparação para o Euro 2004, já está preparado para "apoiar" a equipa.

Há oito anos, estava acompanhada, de certeza, também, com a minha amiga Mafalda, e ao meu lado direito estava alguém que não conhecia, e que foi buscar a cerveja para me oferecer.

Hoje, o jogo vai ser em casa, e sem cerveja.

Estamos num mundo demasiado agitado, valham-nos estes momentos para nos dar algum ânimo.

Boa sorte, Portugal.

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foto de 2016

 

sobre as conchas

A propósito do post "uma foto", de ontem, no comentário do Pedro:

"Apanhar conchinhas com a minha primita e o meu padrinho.
O padrinho já partiu, a primita já vai nos quarentas."

Fez-me lembrar que no primeiro dia que vou à praia em cada ano que começa, e se a maré estiver vaza, trago a conchinha do ano.

Este ano já lá estive, e a maré cheia e o areal pequeno, há mais lixo que conchas, e porque respeito o mar, não fiz o meu passeio pelo areal.

Em 2023 escrevi num post que vi neste vídeo da Rita Tapadinhas, o gosto que as pessoas têm em apanhá-las, e da importância que elas têm no eco sistema.

E no final a pergunta :

"Sabe sempre bem trazer recordações de bons momentos de férias, e as conchas são, por vezes, uma dessas recordações, mas que tal deixar as recordações em fotografia, e as conchas na praia?".

E desde então, não trouxe conchas para casa.

(Estas fotos são uma pequena colecção de conchas que trouxe dos lugares por onde passei, dentro e fora do país, e ao longo dos anos).

A última vez que estive na praia, e porque o mar não permitia que descessemos ao pequeno areal, o sobrinho neto apanhou um saca-rolhas caído na areia. 

O passeio foi pelo bocado de areia junto às poucas dunas que existem, e não tem conchas, a apanhar lixo.

E mais apanhavamos se tivéssemos levado um saco.

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Ofir, fevereiro de 2024

 

 

estive com a minha afilhada

e sobrinha, Sofia, que vive no Porto.

Continua a fazer parte da TUNAFE, daí ela vir uma vez por mês a Braga,ou quando pode.

Combinamos almoçar fora.

Quando entrei no restaurante,  ela já lá estava, vira-se para mim, dá-me um abraço e diz:

"Tenho uma amiga que,  por acaso, encontrou o teu blog e leu o  post do ano passado, quando fiz 24 anos. 

Ela gostou muito do que leu.

Obrigada, tia L,  fiquei muito contente"

Respondi que ia ler o post, porque não me lembrava do que escrevera.

E como tem fotografias, óbvio que a amiga reconheceu-a, e falou-lhe.

A Sofia sabe que tenho o blog, mas nunca vem cá.

Nem se lembra dele, com certeza.

Mas também não esperava que alguém da suas relações fosse lê-lo.

O mundo é pequeno!

Entretanto, não me lembrava que este ano tinha feito um novo post...dos 25 anos.

Esta semana, fizeram anos os dois irmãos, e meus sobrinhos, estarei hoje com eles para um lanche.

Diogo, 27

Nuno, 20

O tempo corre tão depressa!

 

 

erro nas estatísticas do Sapo?!

Quando a esmola é muita, o Santo desconfia.

Foram quatro dias.

Nunca aconteceu nada disto em 15 anos de blog  (a fazer em Maio).

Pensei fazer umas mini férias após a Páscoa, mas tenho o tempo demasiado ocupado, para publicar o post do dia 31 gastei várias horas em três dias, ora porque escrevia no telemóvel, ora no PC as fotografias desapareciam, erros na publicação, as fotografias não ficaram como queria, tive alguns momentos que perdi a paciência ( que guardo para a família), não mexi mais nele e publiquei-o.

Então, aqui fica o que me levou ao título deste post.

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Não me apercebi de estar em destaque na primeira página do Sapo, nos destaques blogs não, porque recebia um link, fiquei a pensar que seria erro.

Um pouco incrédula, não acreditava nestes números, até que me lembrei de ver nos blogs mais lidos, e lá esteve, três vezes.

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Não era erro!

Esperei, até hoje, para escrever este post quando visse os números mais baixos:

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Foi este o post alguma vez mais visualizado neste cantinho.

O público que mais visitou este post, era do Porto.

Obrigada a todos.

 

 

 

 

"com o mar não se brinca"

 A reportagem no jornal da noite da SIC foi de um alerta extremo, na minha opinião.

Se não se fizer nada pelo ambiente, quer por cá, quer a nível global, mais 10 a 20 anos, os nossos netos não terão a praia que hoje muito gostam e usufruem.

Em 2014, escrevi este post (fiz um print screen do texto).

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Sempre manifestei que adoro o mar, e sempre disse que lhe tenho  muito respeito.

E o meu respeito está nas palavras que foram o título da reportagem, e ditas por uma das pessoa intervieram nela:

"Com o mar não se brinca".

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# idosa

Publiquei no meu Instagram umas fotografias dos ramos de flores que comprei a uma senhora de 82 anos que, por esta altura, costuma estar sentada num muro que separa o passeio da entrada de um banco, a vendê-los.

Escrevi este texto:

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Ontem, arrumava as roupas de inverno, lembrei-me da senhora, dos raminhos de flores espalhados em cima daquele muro, algo me dizia que, no ano passado, tinha escrito um post sobre ela.

Procurei. E foi em 2017 que o escrevi...

 

# idosa

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o dia 25 de Abril

 

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trouxe-me este inesperado destaque, obrigada Equipa do Sapo, foi um miminho que recebi.

Um "olhar" pelos posts  mais antigos que escrevi sobre o Dia da Liberdade, transcrevo este de 2010 que me trouxe recordações do que se vivia cá em casa, antes da revolução das armas, e por que hoje tenho pensado, com muitas saudades, nos meus familiares..

 

«36 anos, muito aconteceu, pouco mudou no que ao poder diz respeito.

Lembro-me que  nesse dia fui para a escola, logo de manhã, aqui bem perto da minha casa, onde vivo actualmente.

Falava-se da queda do governo.

Mandaram-nos para casa.

Rádio a toda a hora, TV também. Ninguém queria acreditar.

Minha mãe estava ansiosa  e com medo que as armas disparassem, por cá.

Meu irmão encontrava-se na Guiné, em combate.

Foi um alívio para ela. Vivia em constante ansiedade.

De cada vez que eu ia à caixa do correio, que fica na entrada da porta do prédio, se eu demorasse um pouco mais a subir, pensava que havia alguma má notícia. Se houvesse, seria por telegrama, era entregue em mão.

Naquele tempo,escreviam-se aerogramas a via mais simples de os filhos da guerra escreverem à família.

Uma folha de papel fino, amarelo, que era dobrado em três. Escrevia-se o remetente e o destinatário e lá chegava o bendito aerograma. 

Gostaria de os ter de recordação, mas não os encontrei. Deduzo que minha mãe teria rasgado quando meu irmão regressou a Portugal.

Hoje comemora-se mais um ano do dia dos cravos.

Tenho grande admiração por todos os homens que foram combatentes de guerra.

Os amigos do meu irmão, amigos meus também, combateram em Angola e Moçambique. Um amigo e funcionário na empresa do meu pai combateu em Timor. Todos foram separados. Estão por cá, alguns já são avós. Meu irmão, não. Está "lá noutras vidas", com minha mãe, minha irmã e meu pai.»

 

 

 

 

 

 

cinco meses depois,

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ela regressou e não deixou ninguém sem resposta ao seu último post de 2 de Outubro, o dia em que foi para uma "pequena pausa", e por algo tão belo quanto ser mãe.

Sinceramente, Chic'Ana, eu não conseguiaria responder, um a um, aos comentários que ficaram por lá durante este tempo que esteve  ausente.

Grande Ana.

Da minha parte, muito obrigada.