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cantinho da casa

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O porta-moedas

Que terá 4?,5? anos, efoi-me oferecido de presente de natal por uma das sobrinhas.

Gosto muito dele, não só porque gosto de vermelho, mas  porque este tem o monograma de um cão, marca Bimba & Lola.

Há  dois  anos, talvez, deixei-o esquecido na padaria, lembrei-me dele no dia seguinte quando fui à carteira e não o vi .

A minha sorte foi que uma das funcionárias o viu e guardou-o.

Depois, logo a seguir, penso que este ano, andou desaparecido cerca de três meses. E eu pensei que deixara cair na rua e alguém o achasse.

Até que em junho,  fui levar um presente  ao meu sobrinho, para o filhote dele, mas como estava a trabalhar, guardou o saco. 

No fim do dia, ligou-me a dizer que dentro do  saco estava um porta-moedas vermelho com dinheiro.

Aquele saco estava dentro do armário há muito tempo,  teria pegado para o levar para alguma compra, jamais me passaria pela cabeça que,  distraída, fosse deixar lá o porta-moedas.

Ontem, depois do ginásio, aproveitei estar de carro e passei na padaria e no supermercado.

Não levava mala, peguei na carteira, no porta-moedas e no telemóvel entrei no supermercado e fui diretamente procurar o que precisava. 

Lembrei-me que queria sumos para o sobrinho neto, fui à prateleira, e porque tenho o hábito de não pegar no carrinho das compras, pousei tudo o que tinha na mão em cima da prateleira, e peguei em duas embalagens de sumos. Depois, o telemóvel, as compras que trazia e fui para a caixa.

A fila não era grande mas demorou pelo menos cinco minutos.

Quando pus as minhas compras no tapete, não tinha o porta-moedas.

De imediato disse ao jovem da caixa que pusesse as compras de lado porque ia ao carro ver se tinha deixado lá.

De repente,  fez-se luz na minha mente, de certeza que o deixara na prateleira dos sumos.

Eu só pedia a todos os Santos que estivesse lá.

Quando cheguei ao corredor,  mais à frente uns passos da prateleira, e de costas para mim, estava um homem.

Aproximei-me e vejo o porta-moedas .

Peguei nele , voltei à caixa,  pus-me na fila e quando chegou a minha vez o jovem pegou nas compras e registou, ao mesmo tempo que eu lhe dizia que no porta-moedas tinha o dinheiro e o ticket do estacionamento.

Eu tinha o cartão multibanco na outra carteira, pagar as compras não era problema, problema era o porta-moedas que eu já "perdi"  três vezes... e o achei.

Sou muito cuidadosa com as minhas coisas, mas que elas acontecem, acontecem.

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873 - O que não é roubado, aparece

Tenho um porta-moedas onde coloco o cadeado para fechar o cacifo do ginásio.

Na 5ª feira da semana passada, fui fazer cárdio. 

Antes, fui ao bar comprar uma garrafa de água. Paguei, fui ao balneário, guardei as minhas coisas, fechei o cacifo e, como é habitual, levo a chave comigo para a aula.

De tarde, após o almoço, saí para tomar café. De repente, lembrei-me que não tinha o porta-moedas, logo não tinha trocos e teria de levantar dinheiro no multibanco.

Fui à carteira, procurei-o  mas não  o encontrei. Junto ao café tem um muro, pousei a carteira, tirei todos os objectos, não estava lá.

Dei a volta ao quarteirão para levantar dinheiro. Das 3 caixas multibanco que há por perto, nenhuma estava disponível.

Quando cheguei a casa, fui procurar no saco da ginástica. Nada!

Mexi e remexi todos os locais prováveis onde poderia estar, embora eu tivesse  a certeza de que o tinha deixado no cacifo do ginásio.

No dia seguinte, fui a uma aula de hidroginástica, perguntei na recepção se alguém entregara o porta-moedas.  Como nada foi entregue, pedi à funcionária para guardar a carteira, a chave de casa e do carro.

Dei o porta-moedas por perdido.

Precisava de comprar outro cadeado, mas esquecia-me.

Os dias passaram.

Hoje, regressei ao ginásio.  Mais uma vez, pedi à recepcionista que guardasse os meus objectos.

Depois da aula, a funcionária da limpeza andava pelo balneário e, em conversa, falei no porta-moedas. Nem sequer falara nele pelo dinheiro, pois eu sabia que tinha uns trocos, mas pelo cadeado.

Treta e mais treta, até que, de repente, calço a sapatilha esquerda. Sinto algo esquisito. Meto a mão e lá estava ele, o meu porta-moedas!

Rimo-nos do caricato da situação.

Comenta a funcionária da limpeza:”A senhora  não vem ao ginásio desde esse dia, senão tinha encontrado mais cedo”.

Comentei: “Vim, sim, mas à aula de hidroginástica. A questão é que só uso estes ténis aqui no ginásio e não na rua. Em casa, costumo tirar tudo do saco, guardo os ténis no armário e só volto a pegar neles quando faço cárdio.”

Conclusão: o que aconteceu coi que ao guardar as minhas coisa, atirei o porta-moedas para dentro do saco e ele foi esconder-se na sapatilha.”

Fechei o cacifo, fui para a aula, regressei a casa  com o porta-moedas que a Sofia me ofereceu, com os trocos, com o cadeado, e poupei 3,50 euros na compra de outro...cadeado.

E lembrei-me da mãe de uma amiga que dizia : “o que não é roubado, aparece.”

 

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