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cantinho da casa

cantinho da casa

de novo, o magic ring

 

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Em 2016, escrevi este post sobre as aulas de Pilates com pequenos materiais, à parte do horário normal, porque eram pagas, e que um ou dois anos depois, e devido  ao horário que deixou de ser viável para mim, desisti ( entretanto, acabaram).

Passei a ir uma vez por semana às aulas com a bola de Pilates. Veio a pandemia, acabaram, também. 

Três anos passaram, aliviados da pandemia, tudo voltou à normalidade, mas nenhuma destas modalidades regressou.

Tinha falado com o professor que, num questionário que foi entregue aos sócios, sugeri que seria bom que as aulas de Pilates com a bola regressassem.

Ele respondeu que era uma boa ideia, uma vez que os materiais estão lá, há que os usar.

O tempo foi passando, mas nada se via.

Hoje, estava a marcar a aula de Pilates para amanhã, e porque à sexta-feira o horário que tenho disponível para ir ao ginásio é depois das 10h30, e como as aulas que gosto são mais cedo,  não vou. 

De vez em quando revejo os horários, não vá aparecer novas modalidades que sejam do meu agrado, e de repente, descobri que já está no horário, Pilates com pequenos materiais. E hoje havia uma aula às 11h15.

Na aplicação vi que havia lugares, marquei a aula.

A primeira vez que vejo a jovem esimpática professora, mal entramos entramos no estúdio vejo  o magic ring.Lembrei-me dessas aulas que tive em tempos em que eu dizia, e porque o esforço é muito, que era mais um tragic ring  que um magic ring.

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Foi uma aula muito intensa!

Exercícios variados, custou um pouco a regressar ao magic.

De vez em quando ouvia-se o ruído deles que caíam no chão porque que as senhoras não conseguiam segurá-los. A professora dizia-lhes que era normal.

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Do único homem que lá estava, e à minha frente, ouvia os "ais" do esforço.

Procurei na internet alguma coisa sobre este aparelho que o senhor Joseph Pilates "engendrou", e muito mais que isto, encontrei este link com vídeos que mostra o quão saudável é Pilates para a nossa saúde, e o coração agradece.

Este vídeo   mostra um dos exercícios que fizemos na aula de hoje.

Então, e sempre que puder, à excepção de segunda-feira, que não posso, os outros dias da semana, inclusive o domingo, tenho horas e aulas que gosto para ir ao ginásio.

E garanto que o meu corpo e a minha mente agradecem.

 

coisas do fim de semana e de alguma má educação

Escrevi sobre o aumento no próximo ano, da mensalidade do ginásio, aqui, mas tenho mais para contar.

Na passada quinta-feira, feriado, fui a uma aula de Pilates à hora do almoço.Vou passar a ir a esta aula, uma vez que não tem muitas pessoas, gosto do professor que, antes da pandemia, dava aula com a bola de Pilates, que eu também  gostava por ser diferente.

Falei-lhe nisso antes de a aula começar, ele disse que era uma boa ideia, e uma vez que o material existe, está na altura de o usar, que ia falar com a CEO.

A aula começou, eu fiquei à frente na sala, ao meu lado direito uma mulher, que,ao lado do colchão tinha o telemóvel e as sapatilhas.

Um dado momento, reparei que ela não fazia os exercícios, permanecia sentada a teclar no telemóvel.O professor olhou para ela, que nem deu por nada, percebi que ele não estava a gostar da cena.

Uma dado momento, pousou o telemóvel, acompanhou-nos no exercício, mas imediatamente pegou nele e voltou a teclar.

Ela não se dava conta de que estava a desconcentrar-me, e quem estava do outro lado, e ao professor, em frente a ela.

O professor muda para outro o exercício, olha para ela, e, de repente, pôs as mãos nos olhos e comenta que não consegue concentrar-se. Volta a olhá-la, ri-se para nós, e mais uma vez, diz que precisa de se concentrar. Ela, de cabeça baixa, escrevia, e não o ouvia.

Ele não teve a coragem de a chamar à atenção. Ele tomou fôlego e começou o novo exercício.

Apeteceu-me dizer-lhe que saísse da aula e fosse teclar fora dali, mas não me cabia a mim fazer isso.

E pensava para mim que esta gente não enxerga, que é uma falta de respeito e de educação. 

Uns segundos depois, sem que desse por nada, ela pousou o telemóvel, olhou para o que o professor estava a fazer, retomou o exercício e até ao final da aula não pegou mais no telemóvel.

A aula acabou às 13:30h, o ginásio fecha às 14:00h, fui buscar as minhas coisas ao cacifo. Quase todas as pessoas estavam de banho tomado, e, de repente, quando saía, estava ela sentada no banco, super descansada, a teclar no telemóvel.

Isto faz-me lembrar que, um destes dias, a minha irmã contou-me que se esqueceu que o ginásio fecha às14:00h ao domingo e dias feriados, estava nas máquinas, tiveram de a chamar para sair  porque estava na hora de fechar. E eu, como é óbvio, "ralhei" com ela. Há anos que fecha a estas horas e ela comentou que não sabia?!

Procuro ir à hidroginástica ao Domingo, sobretudo se não tenho compromisso para ir tomar café, ou dar um salto à praia com a sobrinha, ou os meus irmãos, e/ou nos dias de chuva, como o de hoje.

Quando passei no chuveiro antes de entrar  na piscina, estava um senhor, que costuma fazer a aula, no jacuzzi a falar alto em tom de protesto.

Olhei para ele, que dizia: "eu não ando aqui a pagar para vir ao ginásio e a água da piscina estar fria".

Estavam pessoas na água, não tantas quantas nos outros domingos, e o homem continuava a protestar e dizia que não entrava naquela água.

A professora não era a mesma, mas conheço-a de substituir outros professores, estava de costas para a piscina a escolher a música para a aula.

Quando entrei na água: "Nossa Senhora! Que fria!"

Mas deixei-me ficar.

A professora começou a aula, ouvia-se o homem a falar com outras pessoas que provavelmente desistiram de fazer a aula. A música alta, mesmo assim não abafava a voz dele, que incomodava.

Eu comentava para a miúda que estava do meu lado esquerdo que era uma falta de educação estar a acontecera aula e ouvir-se a voz dele a resmungar.

A professora decide mudar a música para dar uma aula mais activa de modo a que não arrefecessemos.

Vinte minutos depois, ainda se ouvia o homem a falar.

Às tantas, a professora vai na direcção do jacuzzi, levou o dedo ao nariz para ele se calar.

Aproximou-se dele, teria dito que estava a incomodar, mas ele erguia o tom da voz.

Dentro da água, continuavamos o exercício, mas todos olhávamos para o lado do jaccuzzi.

A professora voltou para o seu lugar em frente a nós, e sem comentar nada continuou a aula.

O homem esteve dez minutos calado. Ouviu-se, de novo,a voz dele.

Passaram outros dez minutos, porque às onze horas, vimo-lo sair do jacuzzi, acompanhado de uma senhora, que seria a esposa.

Exceptuando a música, a professora, e nós, os vinte minutos que faltavam para terminar, correru bem.

Quando a aula acabou, a professora explicou que provavelmente teriam feito a limpeza dos filtros e a água arrefeceu.

Fosse ou não, para mim, foi que por ser domingo, e para pouparem no gás, teriam diminuído a temperatura e "esqueceram-se" que hoje havia aula.

Estava fria, sim. Custou-me um pouco a fazer a aula, mas quem estava na piscina não saiu antes dela terminar.

Fui ao cacifo buscar as toalhas e os produtos de banho, quando vou para uma das cabinas, suponho que há 30, para tomar o meu banho quente, e tem vindo a acontecer desde há quinze dias, ao Domingo ( os outros dias não sei porque faço as aulas e tomo banho em casa), os filtros de escoamento da água estão entupidos, os nossos pés nas havaianas ficam encharcados de água. E a juntar a espuma do champô, nenhuma delas escapa à água que se acumula e não vai para lado nenhum.

Ouvia-se as senhoras a protestar que nunca nada aconteceu igual, que não sabem porque ainda não está resolvido o problema, que só se preocupam em aumentar a mensalidade.

E eu acredito que o problema não será do ginásio, porque nunca aconteceu nada disto, talvez seja fora, nos tubos de saneamento, é a Agere que tem de tratar de ver onde está o problema.

Aconteceu, e acontece, várias vezes no ano, aqui na rua, alguém deve ter problemas de entupimento, vem o camião da Agere, os trabalhadores vêm às traseiras do meu prédio, abrem a tampa de saneamento e a longa mangueira é empurrada até ao lugar onde está o problema, e os jactos de água tratam do resto.

Perante estes acontecimentos do fim de semana, amanhã, depois de levar o menino ao colégio, tenciono passar no ginásio e contar o que se passou.

O senhor tinha razão, mas não tinha o direito de estar a incomodar o trabalho dos outros. Caladinho, no jacuzzi, que é bom e raramente consigo um lugar para mim, melhor usufruía dele.

 

um dia cansativo

porque acordei cheia de dores nas pernas, mas não foi de dançar neste carnaval, não.

Foi da aula de Pilate de ontem. 

O cansaço era semelhante às caminhadas que se fazem na montanha. Sei porque em tempos as fiz.

A sobrinha trabalhou, eu e a minha irmã levamos o sobrinho neto a passear pelo centro da cidade.

Uma dada altura,  quis que a tia avó se sentasse no triciclo para ele o empurrar.

A minha irmã é  levada da breca para a brincadeira, fez o que ele quis.

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Entretanto, à tarde, a chuva veio em boa quantidade, fomos para casa da sobrinha brincar com ele.

Amanhã, volto à aula de Pilates.

E ando muito triste com esta guerra na Ucrânia.

 

 

dormir bem

É essencial, acorda-se com outra energia, ou por vezes com preguiça,  deixo que o tempo  faça de mim o que quiser, pelo que, de manhã, o telemóvel põe-me algumas notícias em dia, assim como dou uma espreitadela nos blogues.

Não sou pessoa de dormir muito,mas por vezes gostaria de dormir pelo menos  8 horas, ou mais um pouco se não tiver coisas para fazer com horas marcadas no dia seguinte.

Ontem, depois de jantar, sentei-me no sofá ( não leio à noite porque o médico oftalmologista pede-me que leia sempre com luz natural), e deixei-me ver o último episódio da série que acompanhava na  RTP2 ( a minha irmã questiona-me por que tenho  tantos canais de televisão e vejo sempre os mesmos).

Depois disto, passeei pelos canais,  mas  nada me cativou, até porque não vejo telenovelas. Às vezes, vejo a brasileira  que passa na SIC, mas começa muito tarde, não há paciência para esperar, com a agravante de ter cerca de 15 minutos de publicidade pelo meio. 

Ontem, ora adormecia,ora acordava, e via o que passava, mas voltava a adormecer. 

Quando despertei, passava a novela brasileira, deixei-me ficar a ver ( não tinha conseguido vaga para a aula de pilates de hoje, podia deitar-me à hora que me apetecesse). Veio o intervalo, e a longa publicidade, desliguei o televisor e fui deitar-me.

O sono não veio logo,dei umas quantas voltas na cama...

É normal acordar  por volta das 6h00 ou 7h00, tomo o comprimido da tiróide, por vezes vou à casa de banho, ou a gata decidide chatear-me a cabeça, mia para eu levantar-me, porque quer comer ( e ponho comida suficiente no prato antes de me deitar) volto para a cama mas para adormecer é um problema.

Ontem, deitei-me por volta da 01h30. 

Hoje acordei, olhei o relógio. Dei um salto na cama. Eram 09h50!
Dormi a noite toda, sossegada.

Liguei à minha irmã:Fficou contente por ter dormido bem, disse-me  que chovera muito de noite.

E eu não ouvi nada.

Tranquila que estou, está a ser uma manhã de preguiça, que sabe muito bem.

Quarta-feira é o dia da semana que tenho praticamente livre para mim.

Não é a semana da empregada vir limpar, depois do almoço, vou aspirar a casa.

E vou à aula de Pilates. Não consegui de manhã, vou de tarde.

 

 

 

 

 

fiz uma aula de pilates com aparelhos

Fiz uma reserva para uma aula de Pilates, para ontem à tarde.

Quando cheguei, o ginásio estava praticamente vazio.

Pensei nas férias, embora nesta quinzena  sempre visse as máquinas de cárdio ocupadas.

Todos os ginásios enviaram para os seus sócios as novas regras para frequentar o espaço para as aulas de grupo e dentro do ginásio, sabendo eu que poderá haver aulas fora, para quem não tem os certificados de teste ou de vacina.

Na repepção, mostrei o meu certificado digital de vacinação completa, pelo que já ficou lá "guardado", não preciso de o mostrar sempre que vou fazer as aulas.

Ora, percebi que era a única pessoa para a aula de Pilates, disse à professora que por mim não precisava de dar a aula, embora ela tivesse dito que tenho direito à aula, que a dava.

Insisti que eu poderia fazer outra coisa qualquer ( mas estava sem sapatilhas), lembrou-se do estúdio mais pequeno onde poderíamos ir as duas.

Antes, foi pedir autorização, descemos  para o estúdio onde se vêem as novas máquinas de Pilates, que já tinham captado a minha atenção e vontade de saber como vão funcionar estas aulas.

A professora disse-me que ia fazer de mim cobaia, se eu não me importasse,aproveitava para experimentar alguns desses aparelhos.

Óbvio que fiquei contente e curiosa, disse que sim, que até gostaria de experimentar, seria um privilégio para mim servir de cobaia.

Comentei que há muito tempo que não fazíamos a aula com a bola suíça, ao que ela foi buscar duas, e trouxe também duas faixas, por onde começamos o aquecimento.

Quando passei para o Reformer ( é este o seu nome), fiz vários exercícios de pernas e braços, que adorei.

A sensação que tive era de que o carrinho me ia tirar a estabilidade e não conseguiria controlá-lo.  Tudo foi feito com calma,  cuidado e controlo, acho que fiquei fã.

A professora ia monotorizando e corrigindo as posições do corpo, perguntava-me se estava a sentir dor ou se era demasido intenso.

Mas eu estava bem e a gostar muito.

Passamos depois para o barril escada (barrel ladder).

Ela exemplificou como deveria fazer, explicou-me os benefícios deste aparelho para a coluna vertebral, sobretudo lombar, que podia sentir algum desconforto na primeira vez, mas com o hábito sentiria um grande alívio.

Custou-me um pouco estar com a cabeça para baixo, mas quando me ergui e saí do aparelho, senti um bom alívio  na lombar.

Confesso que gostei muito de ter sido a primeira sócia a experimentar estes dois aparelhos (bendita a hora que ninguém apareceu para a aula de Pilates)  porque há mais aparelhos para explorar.

E acho que vou aderir a esta nova experiência, que não  vai fazer parte do programa geral de aulas, pois serão aulas à parte para douco mais de três ou quatro pessoas.

Não sei qual vai ser o custo mensal, mas acho que vou ser uma das que não vai deixar de lado esta modalidade fantástica, que eu muito cobiço nesta página do instagram.

Que venha Setembro.

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imagem daqui.

 

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imagem daqui

 

 

usei a máscara durante o treino

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imagem daqui

 

com o regresso ao ginásio, em junho, é obrigatório usar máscara a partir do momento que entramos no edifício, à excepção dos espaços onde fazemos o nosso treino, e em que nos foi dito que ficava ao critério de cada um fazer a aula com ou sem ela.

as regras são: pegar um colchão, passar o toalhete de desinfecção;  de seguida  desinfectar  as mãos, tirar a máscara, começar o treino.

a primeira vez, usei-a.

desde então, faço todos os procedimentos, depois tiro a máscara, embrulho-a num lenço de tecido de algodão que levo para este fim.

desde que "chegou" esta segunda pandemia, e os números começaram a subir de mais, pensei duas vezes usar a máscara durante o treino.

ontem, fui a uma aula de body balance, e sendo o estúdio pequeno não me senti segura, talvez porque nas aulas anteriores alguns  dos lugares marcados no chão estivessem vagos, a sensação de espaço era maior.

as aulas de segunda-feira e quarta-feira, são no estúdio grande, sinto mais segurança.

hoje, calhou que ficasse no fundo da sala onde se sente uma ventilação constante, estando ligado, ou não, o ar condicionado, que evito,  porque sou sensível ao frio, fico logo com o nariz congestionado.

decidi fazer a aula com máscara, com a certeza que a ventilação levar-me-ia a espirrar mais vezes que o habitual. era a única pessoa que "destoava" no grupo.

uma dada altura, espirrei, e comecei a sentir uma  enorme vontade de assoar o nariz, mas para isso tinha de tirar a máscara.

tentei aguentar mais um pouco até que me levantei, calcei as havaianas, saí do estúdio e fui à casa de banho assoar bem este nariz. e voltei à aula.

no final, fui tomar banho, sem tirar a máscara, tirei-a quando, no bar, tinha o café para tomar.

acabado de o beber, voltei a pô-la.

sou das poucas pessoas (há algumas) que acaba de comer e/ou tomar o café e volta a pôr a máscara.

as outras ficam frente-a-frente a conversar, sem elas, as máscaras.

mas faço isto em todo o lado,haja ou não distanciamentoo entre as mesas.

em conversa no whatsapp com uma das sobrinhas, que vai ao ginásio quando pode, e porque ela também partilha a mesma opinião no que se refere ao uso da máscara durante o treino, contei o que se passou.

pergunta imediata: " e que tal? aguenta-se bem?"

"claro que sim, e estou decidida a continuar".

então, pensemos: estamos constantemente a inspirar e expirar, o ar daquele espaço fica saturado. e há pessoas que parece não entenderem as instruções dos professores, que evitam que fiquemos de frente uns para os outros,e quando tal,como já aconteceu comigo, tenho uma de frente, e a quem disse que devia mudar a posição e ela me respondeu que quer assim.

confiamos uns nos outros, mas também não sabemos se há um que pode estar infectado, posso ser eu, logo, se a máscara me protege e aos outros, então o melhor será usá-la.

acho que vou ser a excepção, a partir de hoje.

não sou obsessiva, mas na minha idade todos os cuidados são poucos.

 

 

 

 

 

 

 

 

Pilates funcional

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As aulas de Pilates de segunda e quarta-feira são muito procuradas, as senhoras mais velhas costumam ir muito cedo para o ginásio para conseguirem a senha, que é entregue trinta minutos antes da aula.

Há um número pequeno de aulas para reservas na APP, feitas com 24h de antecedência.

Se consigo reservar, óptimo, não quero ir para a fila, tenho até dez minutos antes da aula para a levantar, caso contrário, um mintuo de atraso, a senha vai para alguém que esteja à espera de uma vaga.

Há muitos e variados exercícios nesta modalidade, a professora, muito competente, profissional, simpática, e bonita, varia de aula para aula os exercícios, ontem, os últimos vinte minutos foram em dupla, o que me deu enorme prazer, sinto-me mais capaz de competir que se o fizer sozinha.

E há senhoras que se recusam ficar em determinados lugares do estúdio, outras acham que o espaço  que habitualmente ocupam é seu, ficam com ar de zangadas se alguém ( eu, por xemplo) arranjo um bocado e ali estendo o tapete e a toalha, e fico na minha, uma vez que lugares cativos são pagos e ali não existem.

Ora, quando a professora pediu para fazermos uma dupla com a companheira mais próxima, naquele espaço à minha volta as mulheres tinham par, eu não.

Procurei quem fizesse dupla comigo, vi uma senhora sem ninguém, fiz o gesto para me juntar a ela, mas ela fez uma cara de indignação, comentou qualquer coisa, pareceu-me que queria uma senhora da sua idade para se juntar a ela, talvez uma das "amigas" de café.

Olhei para a professora, que perguntou a uma jovem nos seus quarentas se não se importava de ir para o fundo da sala, havia uma senhora que não tinha par e eu ocupava o seu lugar.

Tinha comigo uma jovem brasileira, seria das primeiras brasileiras do ginásio com quem falei, numa altura que fizemos a aula de Antigravity, alta, um corpo bem estruturado; eu, baixa e magra, quão franzina, juntamos as mãos, os pés, fazíamos os exercícios bem coordenados, estavamos em sintonia, na respiração, nos movimentos, nos agachamentos, até que, num deles, as nossas mãos agarravam-se, ela puxava por mim eu fazia  flexão do corpo enquanto ela inclinava o seu para trás. De quando em vez, e porque sou mais velha, perguntava-me: " estou a magoá-la? por favor, se estou a exagerar, diga-me." E eu pedia que fosse um pouco mais longe...

Invertíamos a tarefa, eu dava o meu máximo de molde a puxá-la para que ela sentisse o exercício, não queria dar sinal de fraca, sem força.

Foram alguns minutos bem aplicados neste treino funcional, gerou-se naquele espaço, motivação, inter-ajuda, socialização.

No final, toda a malta saiu mais alegre. Eu fui fazer outra aula, o aquecimento estava feito. 

Na próxima, se conseguir reservar a aula, não posso esquecer de levar uma bola de ténis.

Fiquei curiosa, vou fazer o possível para fazer a aula.

totofobia?

Parece-me que isto não acaba, esta mulher é uma pérola da natureza.

Conseguira reservar pela APP, a aula de Pilates de hoje, não preciso de ir para a grande fila desde que levante a senha até dez minutos antes da aula. Um minuto mais tarde que chegue, a senha já foi entregue a alguém que tem esperança numa vaga ( já aconteceu ficar sem a minha senha...).

Começa a aula, a professora dá instrução para nos posicionarmos no setup básico, fecharmos os olhos...

Todas de olhos fechados, seguíamos a palavras da professora, eis que fomos interrompidas por  uma voz, quase esganiçada, que vinha do fundo da sala. Ninguém percebeu o que dizia.

Todas abrem os olhos, viram-se para trás, dizem que não entenderam o que disse. A professora pára a aula, pergunta o que se passa. 

A voz repete o que acabara de dizer e que foi mais ou menos isto:

" Professora, as pessoas fazem fila para levantarem a senha mas há sempre uma pessoa que fura a fila, põe-se ao lado, e recebe a senha, e depois há outra que espera pela sua vez e não há senha e só não digo o nome porque ela sabe quem é..."

Incrédulas, as mulheres, uma a uma,  diziam: " não estou a perceber".

Como na aula da semana,e enquanto a professora tratava do material, eu estava perto da voz e dissera exactamente o mesmo, mas só eu escutara, virei-me para trás e: " A professora não tem de ouvir isto. Se a senhora tem alguma queixa a fazer é  na recepção".

Quase ninguém ouviu o que eu disse devido ao burburinho que se gerou.

Boquiaberta, e sem nada entender, a professora perguntou, de novo, o que se passava.

A voz repete a sua questão, os olhos das mulheres em cima dela, a professora responde que não pode fazer nada, está ali para dar aula, esses assuntos são resolvidos na recepção.

E todas viram costas à voz e a aula recomeça.

Depois da aula, uma das senhoras pergunta-me:"O que queria a "socorro"? Ela é doida! Ela não sabe que a professora não resolve estas coisas? Se tem alguma reclamação a fazer que vá à recepção."

Fiz o sinal que deve ter um parafuso a menos. E a voz que interrompeu a aula era a a pessoa que chamo de totó, conhecida no ginásio pela "socorro".

Acho que ando com fobia a esta senhora, ainda vou ter muitas peripécias para contar aqui.