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do Sapo falta a seguinte resposta:
" - Sim, e informei o banco."
Foi o que aconteceu há cerca de 20 anos. Um conta com uns trocos que recebera de uma muito pequena herança, não a movimentava.
Quando recebi o extrato, reparei que tinha um depósito de 15 000 euros, 3 000 contos, na moeda antiga ( que jeito me dava para comprar o apartamento, naquela altura já estava prestes a pedir o empréstimo).Tremi, fiquei sem reação. Mostrei à família.
Preocupada, falei com uma amiga advogada que me disse que o banco devia informar-me quem era o depositante.
Lembro-me muito bem que nessa noite não dormi nada e, no dia seguinte, fui ao banco saber quem foi o meu benfeitor.
Contando que iria ser recebida com cortesia, não, fui tratada com desdém e arrogância como se fosse eu que tivesse feito uma burla, me arrependesse do acto e fosse devolver o dinheiro.
A quem contava a história comentava: "por que não me deste o dinheiro? eu sabia o que fazer dele", ou "ó rapariga, ficavas quieta, esperavas um mês, o dinheiro ficaria esquecido e seria teu."
E eu respondia " o dinheiro não me pertence, ficava com a consciência pesada, quero dormir tranquila".
Houve engano, retiraram o dinheiro da conta, nunca me deram uma satisfação.
Entretanto, cancelei a conta, mudei de banco.
Passaram 20 anos, nunca mais aconteceu nada semelhante, esqueci o assunto.
O que nunca esqueci, foi o comportamento da funcionária.
Eu era uma jovem inexperiente. Se fosse hoje, teria resposta.