Fui à praia, muito cedo.
Vendo a meteorologia, e as probabilidades de amanhã chover, decidi ir hoje.
A meio do caminho, na auto-estrada, já se via o nublado no mar.
A 2 km era cerrado, completamente. "Oh, quem diria!"
Cheguei às 9:30h, fui para a esplanada à espera que o sol tivesse força suficiente para afastar o nevoeiro.
Estava fresco e, contrariamente ao habitual, levo sempre um casaco. Mas hoje esqueci-me.
Por sorte, levei uma écharpe grande que não costumo usar na cidade, gosto de usá-las na praia.
Então, "agasalhei-me" nela, pois a fresco da manhã era qb.
Mas o nevoeiro vinha para o interior, encobria o sol.
Na expectativa que o sol sorrisse por voltas das 11h, ia lendo um dos meus livros de verão.
Decidi ver o mar. Muitas crianças brincavam na praia, a maré vaza, mas mal se vislumbravam as pequenas ondas.
Subi o passadiço. Um funcionário da câmara de Esposende, com uma enxada puxava a areia do passadiço para a praia.
Parei e meti conversa com ele, sobre os estragos do último inverno (a praia está muito mais pequena e tem muitas pedras), o tempo que tem estado neste mês de julho: "Com vento. Ontem ninguém aguentava aqui com a nortada e hoje, prevê-se chuva" dizia ele. "E a praia está assim porque o mar leva, o mar traz e não vai faltar muito tempo que o mar vai destruir tudo isto. As casas que estão por aqui destruiram a praia. Há muito que se fala nisso, mas ninguém prestou artenção".
Contei das caminhadas que eu e os meus amigos fazíamos pela beira-mar de Apúlia a Ofir,e o areal extenso de praia que havia.
Mas já lá vão muitos anos.
Fui na direção de Apúlia, o sol ia sorrindo, mas o nevoeiro teimava não nos deixar gozar a praia.
Fui comprar polvo e pescada.
Na padaria em frente, comprei o pão doce que eu adoro (nesse tempo a minha mãe costmava comprar para o nosso lanche) .
Recordações pequenas dos belíssimos verões que lá passei.
Voltei à estrada e, uns quilometros além, o sol brilhava.
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(imagem da web)