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cantinho da casa

cantinho da casa

estacionamentos à moda de Braga

Aqui em BRAGA é o texas por causa dos estacionamentos.

Paga-se estacionamento nas ruas principais, o povo não quer pagar, arrisca. Uns têm sorte, a multa não aparece nos vidros dos seus carros, outros, estacionados mais abaixo, já a têm.

Andam aos pares, os funcionários da TUB, a  actual concessionária dos parquímetros.

Mas é o safe-se quem puder.

Fui mais tarde para a fisioterapia, habitualmente vou a pé, não me custa nada andar, mesmo com chuva, excepcionalmente hoje, decidi levar o carro.

Sorte que encontrei um lugar junto à clínica. Fui tirar o bilhete.

Mesmo em frente à máquina, um carro estava estacionado indevidamente, pensei que fosse algum utente da clínica que arrisca deixar o carro como entende, acha que por uma hora até pode ter sorte.

Inseri uma moeda de um euro, tinha uma hora e vinte minutos, estava à vontade, sabia que saíria antes do tempo para tirar o carro.

Por volta das 11h50m saí da clínica, uma das técnicas pediu-me boleia, quando saímos, comentei com ela sobre o carro que continuava estacionado.

Passando junto ao mesmo, reparei que o bilhete marcava 9:55h, o que significava que o carro estava estacionado há duas horas.

A técnica comentou comigo que a viatura não devia estar ali, e de repente veio-me à mente que o carro seria da terapeuta da clínica ( sei que tem um carro da mesma cor e marca daquele). Mas não disse nada.

De tarde, tive que tratar de um assunto, tinha de tirar um bilhete, a rua estava cheia de carros, uns em cima do passeio, outros nos lugares de estacionamento, uns com bilhete, outros sem ele, até que reparei que junto ao contentor do lixo, duas viaturas estavam estacionadas em diagonal, uma delas ocupava metade do lugar de estacionamento  paralelo, pago.

"É preciso ter lata! Qualquer buraco serve para estacionar, o que interessa é não pagar!" comentei.

Sem alternativa, e já disposta a estacionar no parque, fiz inversão de marcha, tentei mais uma vez, ver se alguém saíra, eis que ao dar a volta à pequena rotunda que lá existe, percebi que uma senhora abria a porta do carro, perguntei se ia sair.

Tive sorte, estacionei o carro.

Quando saí, ouvi pessoas a discutir.

Um carro parado atrás do meu, no meio da via, o condutor discutia com outro homem que se aproximava dizendo que estava a fazer-se à filha, que bem viu, que não tinha nada que fazer isso. Olho para trás e vejo uma mulher que se juntou a este e começou a discutir com ele, também, tipo, o que é que o senhor queria, o lugar não era seu, o lugar era meu.

Eu segui o meu caminho.

Porque  onde eu ia tinha uma espera de uma hora, avisei que ia tirar o bilhete e voltava de imediato.

Quando estava na máquina, ouço a mulher atrás de mim a dizer que ele era um mal educado. Não dei importância, quando o meu bilhete saiu e fui pô-lo no carro, vi que o homem estacionava o carro num lugar que entretanto ficara vago, ouvi ela comentar: " ele até já tem ali um lugar, e maior que o meu".

Conclui que a discussão era a disputa de um lugar que provavelmemte ficara vago, mas a mulher ocupara-o porque chegou primeiro e certamente que não viu o homem que estava atrás do meu carro, e este achava que o lugar era seu.

E é isto. As pessoas discutem por nada.

Não há paciência e respeito. E por vezes não sabemos o que pode surgir destas discussões.

Eu fujo.

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o parquímetro

Fui buscar o sobrinho neto ao berçário ( felizmente não chovia, levei o carrinho do bebé) vinha para casa, vi e ouvi uma mulher, que tinha uma nota de 5 euros na mão, aproximar-se de um homem que passava perto e perguntar-lhe se tinha moedas e as trocava pela nota, precisava de pagar o estacionamento.

O homem respondeu que não tinha, seguiu caminho.

Ela virou-se, viu-me, fez-me a mesma pergunta. 
Sabia que tinha algumas moedas, mas que chegassem aos cinco euros não.

Abri o porta-moedas, tinha cerca de 4,30 euros , não dava para trocar.

A cem metros da rua há vários cafés, estive para lhe dizer que fosse lá trocar o dinheiro, mas quiçá naquele espaço de tempo a polícia passasse por ali e multasse a senhora?

Peguei em 0,50 euros e dei-lhos.

Não queria, que tinha algumas moedas pequenas mas que não chegavam para o tempo que precisava, que dá-me, então, as moedas que tem..."

Respondi que não queria nenhuma moeda, que as juntasse à que lhe dei e tirasse o papel, certamente que chegaria para o tempo que precisava.

Agradeceu-me muito, e eu segui o meu caminho.

Tinha razão a minha mãe quando dizia que eu jamais seria rica.

E eu não me importo nada.

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