Eras um bebé, dediquei-te os fins-de-semana que vinhas para a minha casa, fazia a sopa para ti, cantava algumas canções que agora já nem se ouvem.

E pelo Natal, pegava nas pequenas peças que punha na árvore, uma delas uma corneta dourada e cantava para ti.

Depois, imitavas-me.

Estou a ver-me, tu sentado no meu colo, depois do almoço , enquanto o teu pai tirava a loiça da mesa, ou fazia outras coisas.

Depois, fazias a sesta com ele.

És adulto, contei-te o que fazíamos.

Respondias que não tens memória disso.

Eras muito pequeno, Pedro.

Passaram os anos, viveste fora desta cidade muitos anos, mas era certo que no Natal  nos encontrávamos.

Hoje, vives cá, tens uma família,   sabes que gostamos muito de ti porque és um bom homem.

Tens a quem sair...pai baboso.

Feliz Aniversário.

A tua tia L.