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cantinho da casa

cantinho da casa

Festival Internacional de Jardins

 

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em Ponte de Lima, de Maio a Outubro.

Este ano o tema é a Água no Jardim, com onze participantes nacionais e internacionais :

- The Tamed Water -  República Checa

- H2O - Brasil

- Water Cycle Garden- Irlanda.

- Wuthering Garden - Itália.

- Make a Wish- Portugal.

- Aquarium - Polónia.

- Água, 1 ano no Jardim - Portugal.

- La Casa del Agua  - Espanha.

- Jardim Sensorial - Portugal.

- Le Jardin FA D'EAU - França.

- Infinite Reflections - Áustria.


O  Festival apresenta, também,  a 1.ª Edição do Festival de Jardins Escolinhas de Ponte de Lima.

Ponte de Lima ofecere ao visitante de tudo um pouco: golf, rio, canoagem, piscina, lazer, gastronomia, vinhos, feiras, caminhadas...E não se esqueçam que a gastronomia desta vila é sensacional.

Se passarem por lá, visitem, que vale a pena.

A minha visita aos Jardins foi assim...sem filtros. 

 

Água Domesticada

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H2O

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O Jardim do Ciclo da Água

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Jardim dos Vendavais

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A Água - Pedaço de Vida Subaquática

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Água - Um Ano no Jardim

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Jardim Sensorial

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 O Jardim Fa d'Eau

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Reflexos Infinitos

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 Jardins Escolinhas de Ponte de Lima 

 

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As nossas cestas

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 No Jornal da Noite, passou a notícia do jovem Nuno Henriques que teve a ideia de recuperar a tradição do fabrico de cestos de junco, uma herança da família, fazer o seu negócio e expandi-lo.

Os únicos artesãos do fabrico da cestaria são pessoas de avançada idade, mas o jovem empresário quer dar a conhecer ao mundo esta linda tradição dos cestos portugueses, como aqui refere:

Todo este processo está ameaçado a acabar. Não há artesãos jovens que queiram aprender este trabalho e mesmo a apanha do junco no sul de Portugal, também ela perfeitamente manual, não encontra mãos novas. Mas antes que isso aconteça eu gostaria de partilhar e valorizar esta bela parte da minha herança cultural consigo (da página de Toino Abel).

 

Aqui no norte também se faziam, felizmente ainda se mantém a tradição, eram vendidos nas feiras e em lojas de cestaria. Em Braga havia uma loja, as Cesteiras que, infelizmente, já não existe, onde se vendia de tudo o que se fazia cá em Portugal, de norte a sul, em verga e junco: chapéus, baús, malas, cestas, cadeiras, tabuleiros, camas de criança...

Lembro-me de, em miúda, gostar muito destes cestos e de os ver nas mãos das empregadas domésticas (minha avó paterna tinha uma cesta grande que era usada para a empregada ir às compras ao mercado e à mercearia) e das lavradeiras que iam vender para o mercado (ainda hoje se vêem nas vendedoras mais velhas). Eram cestas usadas para as compras, pelas  mulheres de condição social baixa.

Nessa altura, vivia-se mal. As mulheres faziam docinhos, pequenas coisas de artesanato, rendas, tudo o que fosse possível vender de porta em porta para ganhar alguns trocos para o sustento da família. E estes cestos andavam nas suas mãos.

Minha mãe era uma mulher muito habilidosa na costura, bordados e tricot. Fazia pequenas coisas para a casa, sacos para o pão, panos de cozinha, os babeiros (alguns bordava-os) para mim e para a minha irmã mais velha, os remendos nas calças dos meus irmãos.

Costumava comprar retalhos a uma velhinha, muito limpa, que trazia os retalhos muito bem dobrados, cobertos com um pano branco bordado, dentro do cesto. Batia à porta, eu descia com a minha mãe para ver as novidades dos retalhos que eu tanto gostava. Adorava mesmo mexer naqueles pequenos tecidos tão arranjados e dobrados. A senhora falava muito baixinho, era de uma humilde imensa e minha mãe, uma boa cliente da senhora, muitas das vezes, penso eu, devia comprar mais para a ajudar que por necessidade.

Os anos passaram, as mercearias deram lugar aos supermercados e mercadinhos, o mercado das lavradeiras foi  quase esquecido, as sacas de pano foram substituídas por sacos de papel e de plástico, os remendos deixaram de se fazer, tudo passou a descartável e os cestos deixaram de ser usados na cidade.

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Mas os tempos também ajudam as pessoas a procurar alternativas ao desemprego e a recorrer ao que antigamente se fazia.  E  "Toino Abel" está a desenvolver um bonito negócio e a divulgar  lá fora o que de muito bom de artesanal se faz neste país.

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E foi então que vim pesquisar se a nossa cestaria andava por aqui... E encontrei  a marca  Toino Abel, do jovem que foi notícia no Jornal da Noite.

Tem uma página em português e inglês onde explica como começou este seu negócio, a história da família, de como são feitos os cestos, de quem os faz, onde são feitos e o vídeo que mostra como se fazem as asas das cestas.

Um negócio em expansão, com necessidade de mão d'obra mais jovem para dar continuidade a uma tradição familiar tão bonita e moderna.

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Os cestos andam aí, chamam a atenção das mulheres portuguesas (esta blogger adora-os) e poderá ser a mala da moda urbana para o próximo verão e para a praia, porque não os lindos cestos com o design "made in Portugal"?

E há  modelos para todos os gostos. Eu gostei de todos.

 

 

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Um mundo de juventude em Braga

Domingo, um dia calmo para passear na cidade.

Fui em direção à Casa dos Coimbras. À porta via-se um grupo substancial de pessoas. Atravessei a rua , aproximei-me.  O vestuário de alguns fizeram-me perceber que eram jovens oriundos de vários países do mundo.

Parei e tirei umas fotos.
Do jardim saíam mais jovens. Despertou-me a atenção, atravessei a rua na sua direção e encontro um grupo que tirava fotografias.

Aproximei-me e perguntei se queria que lhes tirasse uma foto.

Uma jovem de Jerusalém deu-me o telemóvel e "click!", já está.

Conversámos um pouquito, o suficiente para saber que no grupo os países eram diversos: Malásia, Egito, Israel e Brunei. Faltou saber a da última do grupo.

Depois de várias perguntas feitas à "je", comentaram que a cidade é simpática, o centro histórico é bonito e antigo, adoraram tudo o que visitaram, e hoje, era último dia da sua estada na cidade e em Portugal.

Falou-se nas fotos, no FB e no blogue, quando vejo a Israelita com o tablet e pede-me para escrever os meus contactos.

Escrevi, sorriram, agradeceram e despedimo-nos. 

Continuei a tirar as minhas fotos  com a minha humilde maquineta, quando se ouviu a voz de um dos bracarense, os senhores da organização da Capital Europeia da Juventude, pedir para se organizarem e seguirem a guia.

E eu segui o meu caminho.

Quando regressava a casa, perto do Museu Pio XI,  quatro jovens Indianos, aproximaram-se e perguntaram-me: "Can you tell us where is this restaurant?", mostrando o iphone onde estava escrito «Expositor».

Localizei-me. Pareceu-me que estavam distantes.

De repente, lembrei-me que à esquerda, descendo a rua, atravessando a rodovia e seguindo em frente chegavam lá. Seriam 10 minutos apenas.

E, discretamente, sem que a maioria dos Bracarenses se aperceba, a Capital Europeia da Juventude acontece.

As fotos: