uma foto # 46
Outono 2016
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Outono 2016
e o primeiro pôr -do-sol deste Outono, ontem, no recinto do Santuário do Sameiro.
Ontem, estive na festa de casamento da sobrinha, numa casa linda com um espaço de onde se avista o rio, este com um caudal baixo, lá na Caniçada, Gerês, e não só a temperatura é bastante mais fresca, como toda a natureza envolvente mostra as cores desta estação serena. E os ouriços ( esqueci-me de trazer para celebrar a estação) com as castanhas caíam das árvores, é o doce sabor do Outono que já chegou.
cortaderia selloana, é uma planta que se vê nesta época do ano espalhada pelos campos, bermas de estrada, margens de rios.
Nem sempre é fácil chegar a elas. Ou estão em áreas privadas, ou com acessos difíceis de alcançar.
É uma planta bonita de alto porte, está na moda na decoração de ambientes, de montras, de esplanadas.
Na pesquisa que fiz, a sua beleza tem o seu lado negativo:
O capim-pampa pode deslocar plantas nativas e destruir seus habitats, reduzindo a biodiversidade. As folhas em forma de lâmina podem causar danos físicos aos pássaros que se alimentam delas. A planta também compete com outras plantas nativas monopolizando recursos como sombra, luz solar e nutrientes do solo. Devido à grande área de superfície, as folhas representam um risco significativo de incêndio se colocadas perto de substâncias inflamáveis.
A propósito do post , tão real, tão maduro, tão verdadeiro, que li no blog da Isabel, a imagem que o acompanha é de uma grandiosidade que me levou escrever este post.
Há cerca de um mês, num dos sábados quentinhos que nos levou à praia, a minha sobrinha, que também gosta delas, queria algumas para um canto da sala, dizia que vira uma grande quantidade, no pinhal, à beira da estrada.
Quando passamos lá, parou o carro, eu fiquei dentro com o filhote, que não queria que a mãe saísse, mas fartou-se de rir quando a viu cortar algumas das poucas que ainda existiam. Mas estava difícil de as cortar, o pé ainda estava verde, desistiu.
Quando entramos na auto-estrada, parámos na estação de serviço, precisavamos de água para beber, vimos que no campo junto, eram imensas as plantas.
Mas também verificamos que o acesso era irregular e tinha muitas silvas e plantas rasteiras, não sabíamos nas que nos íamos meter se tentássemos apanhá-las. Também anoitecia, não íamos correr o risco, ficaria para a próxima ida à praia.
E assim foi.
Princípio da tarde, ainda na hora de verão, no sentido contrário, junto à estação de serviço, lá estavam elas à nossa espera.
Pedi que parasse o carro,se tivessemos de apanhar era durante o dia, queria ver o terreno.
Nem perguntamos na estação de serviço se podiamos colher as plantas.
Ela ficou com o filho, eu, de tesoura na mão, fui ver o acesso.
Um ruído ensurdecedor de uma moto-serra aproximou-me de dois homens e uma mulher que cortavam outras, que não as gramas dos pampas, e perguntei se podia cortar algumas plantas.
Responderam que o terreno não era deles, que fizesse o que eu quisesse.
Onde eles se encontravam não me permitia chegar às plantas, que estavam muito perto deles, disseram-me para que uns passos mais à frente havia um caminho de terra batida. Sim, havia,mas tive de cortat algumas silvas para eu passar.
Baixinha que sou, aquelas plantas eram gigantes, e as mais bonitas e pomposas estavam afastadas. Metida no meio delas, nem via a sobrinha e o filho que estavam mais distantes, e mesmo que eles chamassem por mim, não ouvia, e não aguentavam o ruído da moto-serra.
Fui puxando, fui cortando com a tesoura, que nem servia para isso, ora além,ora mais perto dos homens e da mulher que continuavam o seu trabalho. Cheguei a pensar que, com a moto-serra, eles iam oferecer-se para, num minuto, cortarem umas quantas para eu trazer.
E eu não tive coragem de pedir.
O que consegui trazer encheu a mala do carro.
Eram para distibuir pelas minhas sobrinhas. A minha irmã não pode ter plantas em casa que os gatos estragam-nas.
Quando apareci à minha sobrinha e filhote, eles ficaram super contentes, ele batia palmas e ria-se de ver tantas plantas.
Mas a minha cabeça latejava do ruído da moto-serra, as minhas mãos tinham golpes com sangue ( pouco), que resistiram durante uns quantos dias e sempre que as lavava ardiam.
Para minha casa trouxe poucas, apenas para o vaso que está num canto da sala, a grande quantidade ficou para as sobrinhas.
Gostaria de ter ido mais longe, onde estavam as mais bonitas, mas pensava em bichos, na vespa chinesa, e no ensurdecedor ruído que me fez sair daquele lugar tão rápido quanto possível.
fiquei encantada quando recebi esta fotografia da sobrinha, que se levanta cedo.
a casa dela tem uma vista fantástica, e que ninguém jamais irá tirá-la, porque a construção que existe é antiga, de dois andares, e fica distante da casa.
sempre que lá vou admiro a paisagem
mas amanheceres como este, não.
tão bela é a praia no outono
nas árvores da Escola Secundária Dona Maria II.
Todos os anos me dá prazer fotografá-las, desta vez, do outro lado do passeio.
Parece que, finalmente, o Outono chegou.
Estava farta das temperaturas altas, num dia estava nos 28º, no outro descia para 19º, o meu ouvido esquerdo tem dado sinal. Esquecera-me de marcar a consulta do ano, marquei pela aplicação.
Neste fim de semana, tirei do armário o edredom mais fino, tem sabido bem dormir com pijamas de algodão e sentir o quentinho dele na cama.
Há cerca de um mês, comprei umas roupas na feira, desfiz-me de roupas que estavam em muito bom estado, mas já não as usava, e dei-as a uma jovem brasileira, muito educada, e mãe de uma menina linda, que comprou um sofá que eu pusera à venda na OLX.
Não lhe dei calçado porque o número dela é maior, pus à venda na OLX. Se não vender, vou dá-lo.
E dei-lhe um candeeiro de pé, e uns pratos que já não usava, da Loja do Gato Preto, que ela adorou.
Destinei a manhã de hoje para tirar do armário as roupas desta estação, e no seu lugar guardar as de verão.
Cheguei à conclusão de que não preciso de comprar camisolas, que estavam em falta nos dois últimos anos.
Já as calças de ganga, que não uso no Verão, faltavam no armário, comprei dois pares na Zara, e na semana passada, fui comprar um par do mesmo modelo, em preto.
Num dos dias que saí com a minha irmã, entramos numa sapataria para ver a colecção, vi as botas modelo vaqueiro, em camurça, que gostei. Era o último do número que calço. Experimentei e trouxe-as. E trouxe uma mochila para as minhas viagens, a próxima é já no fim de semana prolongado que aí vem. Destino: Lisboa.
Estava com saudades de ir à capital. Estive lá em Fevereiro de 2019, já o vírus estava a fazer das suas.
sábado de outono, como eu gosto
Ofir e Esposende
Ele adora folhas.
Ele adora calcá-las, chutá-las, apanhá-las e atirá-las ao ar.
Viva o outono!