2008, numa noite fria de sábado de Maio.
Entre 2007 e 2008 foram inúmeras as viagens para Lisboa, a irmã mais velha enferma, eram as leituras dos destaques do Sapo no intervalo da hora do almoço, que noutras horas era impossível, e à noite deitar-me tarde para no dia seguinte levantar-me cedo para ir trabalhar, que me distraíram das preocupações desse ano complicado e que, de repente, nessa noite fria de sábado de Maio, decidi arriscar, e eu não sabia como tudo isto funcionava, abrir um blog na plataforma do Sapo.
Nome para ele não tinha, como começar não sabia.
Estava sozinha em casa. E nasceu o nome deste cantinho, com a certeza que não levaria este para a frente, não teria pernas para andar.
Mas andou. E anda.
No seu percurso teve este blog momentos altos e baixos, e ainda recentemente, sobretudo à noite, naqueles dias que as preocupações surgem quando estou na cama para dormir um sono tranquilo e a mente teima em recordar-me coisas do passado, quando os momentos baixos me dizem, "apaga o blog, deixa de perder tempo com banalidades", e tomo a decisão de o fazer no dia seguinte, chega a manhã, comento: " és doida, deixa-o ficar. quando fores velhinha, e se a memória não te faltar, vais ler com carinho e surpresa o que escreveste lá atrás".
Onze anos depois, e com uns quantos inesperados destaques, escrevi as banalidades da que é a minha vida simples e sem artifícios, com alegrias e tristezas, e ainda muitas preocupações que me tiram o sono, mas que o meu lado positivo me dá força para continuar o caminho por cá.
Hoje o meu blog completa 11 anos.
Obrigado aos poucos, mas bons, bloggers que o lêm; aos que apenas o visitam; a todos os que deixam os seus comentários e que faço questão de responder; aos que tive o prazer de conhecer pessoalmente, aos meus amigos dos encontros de bloggers
Gratidão é isto: ter-vos por cá.