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cantinho da casa

cantinho da casa

RAP vs Diogo

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Gosto de programas com humor.

 Vejo "Cá Por Casa", com o grande Herman. 

Põem-me bem disposta, relaxada.

E gosto de "Isto é Gozar com Quem Trabalha", umas vezes bem conseguido, outras menos. E vejo.

Esta semana, depois do Jornal da Noite, Ricardo Araújo Pereira voltou para usar a política com o humor que lhe é característico, convidando uma figura da política.

Gostei do primeiro espisódio, adorei a simplicidade e humor da primeira convidada, doutora Manuela Ferreira Leite.

Quem diria que ia responder com classe e um humor peculiar que até conseguiu superar RAP.

Ora, ontem, depois de conversar com João Contrim de Figueiredo, deixou o espectador expectante quando comunicou que ia ter no programa o  jovem Campeão do Mundo de Natação, Diogo Ribeiro.

A entrevista/conversa poderia ter sido mais interessante.

RAP estava a falar com um jovem, devia ter algum cuidado com o que dizia.

Devia ter orientado a conversa no sentido de o espectador saber mais sobre este desconhecido para a maioria das pessoas,o porquê de escolher a natação, o que fez para chegar  a este  patamar desportivo.

A minha decepção foi quando referiu que os atletas têm de depilar os pêlos, e gozou com as sobrancelhas dele, dizendo que podia ter batido o record do mundo se não fossem as sobrancelhas,  que sugeria usar duas touqinhas nas sobrancelhas.

Foi infeliz.

Acho que percebeu que foi incorrecto, porque disse que se voltasse a subir ao palco e agradecesse ao treinador, se lembrasse " daquele palhaço", não acabou a frase, desviou o assunto, penso eu antes que saísse outro comentário infeliz.

Se eu estivesse no lugar do Diogo, e apesar de ele se manter sereno, e com educação deu respostas assertivas, eu sentir-me-ia envergonhada.

Não se faz.

RAP tem filhas, acho que não gostaria que fizessem "chacota" das sobrancelhas delas.

Ora,na passada semana, fui com a minha amiga Mafalda, professora de Educação Física e coordenadora do desporto escolar, ao estádio.

No intervalo, falei do Diogo que teria ganho os 100 m mariposa.

Eu estava enganada, tinha sido apurado, a prova era no dia seguinte.

E foi quando me contou o que aconteceu ao jovem, era ele uma criança.

Ficou sem o pai.

A mãe, para que ele não sofresse com dos da ausência do pai, inscreveu-o na natação.

Que na adolescência teve um acidente de mota, ficou sem parte de um dedo, que felizmente não interferia na prática da natação, e da luta que ele teve para conseguir ir ao Campeonato do Mundo.

Hoje, pensei muito no jovem Campeão, e no infeliz comentário de RAP, fui procurar na Internet alguma informação sobre Diogo Ribeiro.E aqui está a história, muito recente, do que aconteceu, e hoje, Campeão do Mundo de Mariposa.

Diogo foi discreto e acho que RAP merecia uma resposta mais atrevida.

Porque atrevido foi ele que tinha muito conteúdo  para o elogiar, foi buscar um pormenor tão insignificante, tão sem graça, que ficou mal.

Se pensarmos na nossa adolescência, com certeza que todos tivemos quem gozasse connosco. Uns poderiam achar piada e aceitavam, outros poderiam ter complexos que dificilmente ultrapassariam, ou não.

Eu tive. Ultrapassei muitos, mas quando penso pelo que passei, sinto que foi um caminho difícil de superar, mas que a partir de uma certa idade deixei de me preocupar. Não me afecta em nada,agora.

Continuarei a ver o programa, gosto do humor de RAP. Mas há limites, na minha opinião. Sobretudo quando se trata de um jovem que superou as dificuldades por que passou após o acidente.

Parabéns, Diogo.

 

 

um esclarecimento

Ontem, fui levar o sobrinho neto à natação. Enquanto esperávamos que a professora viesse buscá-lo, e porque a aula é individual, um senhor aproximou-se do balneário dos meninos e entrou.

O miúdo foi com a professora, eu dei algum tempo para que ele saísse do balneário.

Mas demorava. Devagar abri a porta e vi que uma das portas da casa de banho estava fechada e os calções de banho jaziam no chão.

Tinha a minha mochila no banco, entrei sorrateira,  peguei nela, e saí.

Fui à recepção e perguntei se os adultos que têm aulas na piscina podem usar a casa de banho das crianças.

Ela respondeu que não.

Expliquei que costumava ir com o menino para o balneário da meninas, sentia-me mais à vontade porque no dos meninos tem um urinol, à vista de todos ( devia estar fechado, até porque uma das vezes o meu sobrinho neto achou piada àquilo e foi pôr a mão. Corri atrás dele e disse que não podia pôr as mãos ali) que as crianças não fazem xixi urinol, pelo que passei de novo a ir para o das meninas.

Ora, em dezembro passado, aconteceu que, no final da aula, e depois de dar banho ao miúdo, o lugar onde deixara a mochila estava ocupado, peguei na roupa e fui para o banco junto às bancada dos secadores.

Uma senhora sentou-se,também, com a filha, neste banco, com uns modos que não gostei, e desviei as roupas do meu sobrinho neto. 

Quando ela saiu, o senhor que ocupava o lugar onde tinha a mochila do miúdo, contou-me que essa senhora vira-o com a filha nesse banco, disse que não tinha nada que o usar, que era para as crianças se sentarem enquanto os pais usam os secadores. Ele lhe respondeu, e cito: " que não seja por isso", pegou na menina e foi ocupar o banco onde eu tinha as coisas do meu sobrinho neto.

Comentei que não sabia que o banco era só para esse fim, e se o lugar estava ocupado por ele,  eu não queria incomodá-lo, por isso fui para lá. E que na semana seguinte iria para o balneário dos meninos, que não queria conflitos com ninguém.

E foi então que passei a ir para o balneário dos meninos, não gostei de ver que tinha o urinol, senti que estava no lugar para homens, pelo que, na semana seguinte voltei ao das meninas.

Estas duas últimas semanas, com  muitas crianças em confinamento, espreitei o balneário dos meninos, não estava ninguém, fiquei por lá. E ontem, voltei. E foi quando vi esta cena do senhor ter ido fazer as necessidades dele na casa de banho das crianças.

A funcionária disse-me que de facto não é permitido os adultos que estão na piscina usarem as casas de banho das crianças, que já aconteceu com outros sócios, mas só identificando a pessoa é que pode chamá-la à atenção.

Comentei que estava ali para que me esclarecesse sobre o sucedido,  e se ele não podia fazer nada,  se eu tinha que identificar quem não conheço, que nem  sequer frequento o ginásio, vou uma vez por semana levar o menino para a natação, então não voltarei a usar o balneário dos meninos porque me sentia intimidada, e que nas próximas aulas  voltarei para o das meninas, porque estou mais à vontade, e se alguém reclamar que não devo estar ali, então farei uma queixa.

E mais uma vez esqueci que há um Livro de Reclamações. 

 

ele adora a piscina e o mar

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À terça-feira, vou buscá-lo  mais cedo ao colégio, sigo para um ginásio com piscina nos arredores da cidade.

O miúdo delira com a água.

Na foto, tinha atirado a bola e ia apanhá-la.

Nunca quer vir embora.

Enquanto o visto, e para não resmungar porque quer voltar para a água, come um lanchinho que levo.

No fim de semana fomos à praia, ele teve de ir ao mar molhar os pés..

Na piscina é a água é uma excelente terapia para as crianças.