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cantinho da casa

cantinho da casa

a pergunta do dia do Sapo

 

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A maioria das pessoas, inclusive eu, faz a árvore de Natal num dos dias feriados do mês de Dezembro.

Ainda não vai ser amanhã que vou fazer a minha, não.

A empregada esteve cá, ontem, não vou sujar o chão com as folhas que caem sempre que monto a árvore. Depois vem a gata, mete-se debaixo a roê-las. Caem as bolas que ela as roça com a cabeça. E por incrível que pareça, nunca a deitou abaixo.

Na verdade, quando li este post, e este, deu-me uma vontade de ir à garagem e tratar de fazer a minha, mas: " Tão cedo? Não!"

Lendo a pergunta do dia do Sapo, parece que as pessoas que fazem a árvore de Natal mais cedo, são mais felizes.

E a primeira pessoa que me veio ao pensamento levou-me comentar para o meu decote: " A Mula sabe-a toda, ah, pois sabe! 

 

 

 

 

e pensei, "que nojo!"

Na madrugada que mudamos para a hora de verão, adormeci, como sempre, no sofá.

Quando fui para a cama eram três horas, tinha somente seis horas para dormir, já que no domingo de Páscoa o compasso ( em Braga ainda há esta tradição, embora muitas pessoas desta rua não abram a porta à cruz) passa entre as nove e meia e as dez horas, não me lembro se sonhei ou se pensei quando acordei, o nojo que tenho de beijar o crucifixo depois de este passar por muitas bocas, que muitas destas nunca sentem a escova de dentes; da saliva que se acumula no canto da boca; ou do beijo molhado que fica na imagem crucificada de Jesus Cristo, e que a igreja não providencie um imaculado lenço  para que o mordomo passe pelo corpo de Jesus e limpe as marcas dos beijos deixados.

Em tempos idos,  vinha um padre, agora, na minha zona, é o sacristão e as senhoras que o acompanham no compasso. Neste "sonho" recordei o número de apartamentos que há neste prédio e quem poderia abrir a porta à cruz. Foi então que a madame do baton vermelho apareceu-me à frente dos meus olhos: "Quê?! Que nojo! Vou beijar o crucifixo com as marcas da gaja do baton vermelho? Nem pensar!"

De repente, lembrei-me que os elementos do compasso começam a visita às casas pelos andares superiores. "Que alívio!", pensei.

A cruz passou pouco depois das nove e meia, os elementos eram os mesmos do ano passado, lê-se a oração, o senhor benze a casa e deixei-me ficar à espera que fossem embora, até que a senhora que trazia o crucifixo me diz para beijar o Senhor. 

Esquecera-me de O beijar. E, ao mesmo tempo, hesitei porque estava à espera de ver um lencinho branco que passasse pelo imagem. Como este gesto faço-o uma vez por ano, tentei esquecer os outros beijos e depositei o meu nas pernas do Senhor.

Nem sequer me lembrei do sonho que tivera, a dormir? acordada?, não fosse este post  e os seus comentários:

 

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