sobre o fim de semana no Porto
A Sofia, minha sobrinha, fazia questão que eu e a mãe fossemos ver o espectáculo de lançamento do CD " As Muitas que Sou", da TUNAFE, no sábado,dia 4.
Queríamos evitar fazer a viagem de noite, e por isso estava fora de questão levar carro, sugeri que fossemos de comboio.
Confesso que cada vez mais estou fã do comboio Alfa, e dos Expressos, quando quero fazer uma viagem mais longa.
Costumo usar a plataforma Booking para procurar hoteis, pelo que, 15 dias antes, directamente do telemóvel, o primeiro hotel que decidi pesquisar foi o Pestana Palácio do Freixo.
No Verão passado pensei dar um passeio pelos jardins e visitar o hotel, mas a oportunidade não surgiu, era este evento o motivo para passar lá a noite.
Surgiu-me um quarto twin com promoção se a reserva fosse feita por telemóvel.
Liguei à minha irmã, disse que gostaria de conhecer este hotel e os jardins, e porque fica em frente ao Rio Douro.
Respondeu de imediato que sim, que precisava de descansar (isto porque lhe disse que tem piscina interior e exterior, e SPA).
Fiz a reserva para uma noite.
E por incrível que pareça, dois dias depois, estava a receber um e-mail que dizia que não fizera o pagamento, aconselhando a clicar no link que enviavam. Ora se o pagamento ia ser feito no local, porque havia de clicar no link?
Liguei para o hotel, expliquei o que se passava, a resposta foi que era fraude, e pediram-me que informasse a Booking.
Entretanto, também tinha um e-mail da Booking que alertava que vários clientes se queixaram que haviam recebido e-mails fraudulentos.
E durante esse tempo e até dois dias antes de ir para o Porto, recebi quatro e-mails fraudulentos.
Foi uma surpresa quando, no check-in, nos disseram que íamos ficar num quarto com vista para o rio Douro.
Ficamos deslumbradas com o interior do hotel.
A minha irmã foi ver a capela ao lado da sala de check-in, e quando nos levaram ao quarto, foi-nos explicado que estes não ficavam no Palácio, mas num edifício ao lado, que fora uma fábrica de moagem.
Antes, foi-nos mostrado onde ficava a sala para o pequeno-almoço, a piscina e o SPA.
Começamos por descer num elevador, e à medida que passávamos por salas e corredores, lindíssimos, senti que era um labrinto para mim. E foi, porque me perdi quando fui para a piscina
Voltamos a subir, passamos por um corredor exterior com telhado de vidro que ligava o palácio ao edifício , a antiga fábrica de moagem, onde ficam os quartos.
À saída do elevador para o nosso quarto, este móvel.
Um quarto grande, uma cama enorme, janelas viradas para o rio e para o Palecete.
Uma mesa que fazia de mesa de cabeceira ,e de apoio, entre a cama e um sofá junto à janela virada para o rio.
Em frente, um televisor e uma mesa com uma máquina de café, uma cafeteira eléctrica para chá. Café e pacotes de chá para nos servirmos.
No roupeiro,o pormenor de um guarda-chuva, para nos servirmos, se fosse necessário, os roupões e chinelos para usarmos na piscina, e numa das gavetas, um secador de cabelo ( profissional) . Na casa de banho, tinha o modelo que todos os hoteis usam.
Antes de usufruirmos da piscina e do SPA, fomos dar um passeio pelos jardins:
Mais fotos, aqui.
A minha irmã esquecera-se do fato de banho, decidiu marcar uma massagem à cabeça e ombros, eu fui para a piscina.
Um ambiente muito tranquilo e acolhedor.
Houve um senão: a água estava muito fria.
Entrei, nem um minuto estive lá. Mas havia algumas mulheres corajosas.
Embrulhei-me no roupão, bebi um chá, fui ao banho turco e voltei para a espreguiçadeira para usufruir do descanso e do ambiente.
Saímos do hotel para jantar e seguimos para a FEUP.
Cerca de uma hora e meia de espectáculo, foram convidados alguns elementos de uma das tunas masculinas da faculdade, que cantaram fado de Amália e de Coimbra, muito bem cantado.
Seguiu-se a TUNAFE, com as novas e lindas canções.
Uma tuna que sabe o que faz e canta.
E, como da primeira vez que fui ver o espectáculo de tunas das várias universidades, quando se vê na tela " O Tempo não Pára", percebi que era durante a canção que passaria o vídeo das fotografias de cada tunafa com a respectiva família, ou mães, ou pais, e/ou madrinhas.
A Sofia pedira-me uma fotografia actual, e sem que a mãe soubesse, e porque eu queria fazer-lhe uma surpresa, lembrei-me da cerimónia de finalistas eimposição das ínsignias quando estava no final do mestrado.
A festa acabou com as primeiras estudantes que fundaram a TUNAFE que estavam sentadas à nossa frente, muitas delas com mais de 40 anos, e mães, com certeza, foram chamadas ao palco, juntaram-se as tunas masculinas que também participaram no espectáculo, para cantar o hino da TUNAFE.
Foi um bocado de noite muito bem passado.
Os CDs estavam à venda, comprei um.
Nessa noite não dormi nada.
No dia seguinte, de manhã, fomos surpreendidas com um pequeno-almoço completo e muito variado.
Adoro o pequeno-almoço de hotel, mas como o que me satisfaz, não caio no exagero: iogurte com cereais variados, goji, chia,uma fatia de pão com compota ( o que como habitualmente em casa):. Abuso, sim, da fruta e dos doces miniaturas, e do sumo, que em casa raramente bebo, porque não criei este hábito. Prefiro a água.
Na noite anterior, antes de jantarmos, a minha irmã decidiu comprar um fato de banho. Passamos no shopping junto ao estádio do Dragão, foi, depois do pequeno-almoço, dar um mergulho na piscina antes do check-out. Estando ela avisada que a água é fria, preparou-se mentalmente para isso e foi.
Isto porque na noite de sábado, quando chegamos ao hotel, um jovem espanhol, de Vigo, acompanhado de uma jovem italiana, de Nápoles, aproximou-se de mim, estava eu a ver uma sala com as mesas preparadas para algum evento, ele comentou que a sala estava muito bonita, que gostava muito do hotel, que havia estado noutro de 5* , lá no Porto, mas este era muito bonito.
Contudo, e pela primeira vez, não compreendia por que a água da piscina estava muito fria. Ele não fora capaz de entrar, mas a companheira fora mais corajosa e andara por lá a nadar. Questionava-se se haveria algum problema com a caldeira, não entendia porque o hotel não aumentava a temperatura da água pelo menos no fim de semana, com muitos hóspedes.
Depois do pequeno-almoço, e enquanto a minha irmã foi para a piscina, voltei aos jardins e, de um pequeno morro que fica em frente ao hotel, fui ver a paisagem, lá de cima, e tirar fotografias.
Ainda tinha tempo, fui ver as salas do hotel. Na noite anterior, e à hora que chegamos, o bar estava fechado, fui ver e fotografar aqueles tectos, os espelhos, os recantos, o bar.
Ah! Havia um hóspede fixo.
Estava à porta do hotel, na noite de sábado.
Super tranquilo, parecia que estava à espera dos hóspedes do fim de semana.
De manhã, o recepcionista disse que estava debaixo de uma mesa, no hall. "É o gato do hotel", comentou
Tentei vê-lo e fotografá-lo à luz do dia, mas não consegui.
Antes de regressarmos a casa, a minha irmã queria ver o Mercado do Bolhão, que estava fechado, demos um passeio pela Rua de Santa Catarina, e descemos, para a Estação de São Bento, onde a Sofia iria ter connosco e despedir-se de nós.
Em casa, fui à net ler sobre este Palácio que, em 2014, captara a minha atenção quando, a partir da Régua, desci o Rio Douro de barco.