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cantinho da casa

cantinho da casa

domingo sereno

Saímos de manhã cedo para dar um passeio pela praia.

O mar teria galgado, num dos dias de chuva e vento, os geocilindros, em Ofir.

Demos um pequeno passeio pela beira-mar, tivemos de subir por um dos cilindros, o mar não nos deixava ir mais longe.

É triste perceber que sempre fiz caminhadas nesta praia, e as últimas vezes que tenho ido, não fui até ao onde começa a ínsua de Ofir.

Fomos para Esposende.

Pela marginal em direção ao farol de São João, ano para ano, a degradar-se e ninguém faz nada.

Gosto de ver faróis.

São lindos e bem conservados por este país abaixo.

Metemos pela praia.

Fiquei admirada porque já não se vêem as muitas pedras que se estendiam na areia. 

O mar teria-as levado?

Almoçamos num snack-bar perto da praia.

A temperatura estava agradável.

Mas o nosso objectivo era fazer uma caminhada longa, com o sol a bater no rosto, mas as nuvens não o deixaram brilhar.

Voltamos pela marginal.

Nas margens sem água do rio Cávado, há muito lixo, muito plástico.

Denigre a paisagem.

Não sei porque a Câmara não manda recolher o lixo.

Se não é possível uma máquina limpar o entulho, tem de ser o homem a fazê-lo.

Passamos numa pastelaria, apetecia-me um folhado de Fão.

Não tem folhados, mas tem clarinhas.

Gosto de doces, mas não sou gulosa suficiente para voltar para trás e passar por Fão.

Devia ter-me lembrado quando fomos a Ofir.

A ponte está em obras, estávamos perto da A28, regressamos a casa. E sem doces.

Pensámos ir a meio da semana a esta loja, que toda a gente conhece da internet, mas que é impossível lá ir ao fim de semana.

A fila era enorme e só tinha uma pessoa ao balcão, que tinha de pesar as peças, metê-las numa embalagem, ou saco, e receber o pagamento.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sobre as conchas

A propósito do post "uma foto", de ontem, no comentário do Pedro:

"Apanhar conchinhas com a minha primita e o meu padrinho.
O padrinho já partiu, a primita já vai nos quarentas."

Fez-me lembrar que no primeiro dia que vou à praia em cada ano que começa, e se a maré estiver vaza, trago a conchinha do ano.

Este ano já lá estive, e a maré cheia e o areal pequeno, há mais lixo que conchas, e porque respeito o mar, não fiz o meu passeio pelo areal.

Em 2023 escrevi num post que vi neste vídeo da Rita Tapadinhas, o gosto que as pessoas têm em apanhá-las, e da importância que elas têm no eco sistema.

E no final a pergunta :

"Sabe sempre bem trazer recordações de bons momentos de férias, e as conchas são, por vezes, uma dessas recordações, mas que tal deixar as recordações em fotografia, e as conchas na praia?".

E desde então, não trouxe conchas para casa.

(Estas fotos são uma pequena colecção de conchas que trouxe dos lugares por onde passei, dentro e fora do país, e ao longo dos anos).

A última vez que estive na praia, e porque o mar não permitia que descessemos ao pequeno areal, o sobrinho neto apanhou um saca-rolhas caído na areia. 

O passeio foi pelo bocado de areia junto às poucas dunas que existem, e não tem conchas, a apanhar lixo.

E mais apanhavamos se tivéssemos levado um saco.

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Ofir, fevereiro de 2024

 

 

Lixo na praia.

Ontem, passamos a tarde em Ofir.

Gosto de ver o mar nestes dias.

O mar já passa os geocilindros.

Não nos lembramos de levar um saco caso houvesse lixo na praia.

Em 2014 foram feitas obras de recuperação da orla marítima.

Passados estes 10 anos, o mar leva a areia que cobre os geocilindros.

Entretanto, muito plástico se estende na pouca areia que o mar não levou.

O primeiro objecto que o meu sobrinho neto encontrou na areia, foi um saca-rolhas, cheio de ferrugem.

Nós, as mulheres, fomos apanhando algum lixo.

Chegamos às torres, vimos junto ao passadiço que dá  para a e escola de surf os sacos de reciclagem e lixo indiferenciado.

Pusemos dentro o pouco que as nossas mãos conseguiram apanhar. 

O mar traz o que o homem devia pôr no lixo.

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Será que vamos ter areal para o próximo Verão ?

 

eles estão cá

Há muitos anos que a minha sobrinha Luísa vive fora de Portugal.

Penso que no ano de  2006 foi viver para a Irlanda e por lá ficou.

E desde então vem de férias pelo São João.

Excepcionalmente, veio um Natal, o único que consegui juntar a família toda.

Entretanto, casou e teve dois filhos lindos.

Com a pandemia, foram três anos que não veio a Portugal.

Esteve no ano passado, e voltou este ano.

Os filhos não falam português, embora a mãe ensine algumas palavras.

Falamos nós inglês.

Vão viajar para vários lugares deste país, decidimos , no domingo  de manhã, e porque o calor é muito e as crianças não estão habituadas a estas temperaturas, encontrarmo-nos para tomar café, e para as crianças item até ao parque aqui perto de casa, com boa sombra para brincarem, e nós conversarmos com os pais.

Também veio o meu sobrinho, irmão da L, que é pai de uma menina, há um ano, v vivem no Porto, vêm poucas vezes a Braga, fiquei super feliz em os ver.

Quando chegamos ao parque, o meu sobrinho neto, Daniel, não quis ir para o escorrega porque estava sujo e escrito.

Tínhamos comentado que  ninguém respeita os espaços públicos,  as paredes dos edifícios que, aqui na zona, estão sujos de tinta, imagens, algumas obscenas,  e escritos,  que degradam a imagem da cidade .

Aliás, numa das paredes de um edifício está escrito " falta risco na parede".

Em tempo de aulas, os estudantes da escola secundária usam o parque para tudo: namorar, fumar, jogar às cartas, e destruírem os baloiços.

A última vez que lá estive, estavam dois baloiços partidos,  um deles para os bebés, e caídos no chão.

Estão, agora, arranjados e nos seus lugares.

A minha sobrinha comentou que na Irlanda respeita-se os espaços de lazer, os parques são limpos e bem conservados, ninguém o deixa  sujo.

Infelizmente, muitas vezes uso os meus lenços de papel para limpar o escorrega para as crianças brincarem.

Junto à igreja desta freguesia, e junto ao parque de estacionamento, que era, acho eu, só para quem tem alguma dificuldade motora e tem autorização para estacionar as viaturas; ou para aqueles que levam os familiares mais velhos para a missa do fim da tarde, tem um pequeníssimo espaço com relva onde as crianças brincam.

Com as obras feitas nessa rua, e porque se paga o estacionamento, parece-me que o padre, ou  quem administra o lar e a creche, teria autorizado que qualquer pessoa o use.

E é aqui que está o problema.

Crianças que, de repente, saem do pequeno parque e atravessam entre os carros estacionados, ou os condutores que chegam e fazem manobras sem terem o cuidado de ver se há crianças por perto; ou o lixo que se acumula no pequeno relvado; ou os adolescentes que vão para lá usar  o que é dos pequenos.

Várias vezes adverti que não deviam usar e abusar do que é para as crianças.

O meu sobrinho neto gosta de ir para lá, o vou buscar a pé ao colégio.

Eu evito, não só porque ele gosta de brincar na relva cheia de papel e outras coisas que não quero escrever , como são muitas crianças para um escorrega.

Levo-o para o parque que referi acima, mais fresco e maior, porém um pouco maltratado pelos estudantes, (agora de férias) que desrespeitam este pequeno espaço para crianças, que é o maior do centro da cidade.

E como disse, é feio para os turistas, denegride a "cidade autêntica" , e  sendo os meus sobrinhos netos, 8 e 6 anos, turistas nesta cidade, não usaram os escorregas porque estavam "dirty".

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imagem da internet 

 

 

 

" Roupa dos Brancos Mortos"

A reportagem que passou no Jornal da Noite da SIC, de ontem, fez-me repensar o modo como tratamos o que não usamos:

Cerca de 70% da roupa que doamos para caridade e depositamos nos contentores acaba em África. O mercado de roupa em segunda mão é antigo e pode até ser visto como sustentável. Mas a falta de qualidade da chamada fast fashion e a quantidade de roupa que consumimos criou um gigantesco problema ambiental e social.

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Não é segredo para ninguém que apenas uma parte da roupa doada é escolhida para agasalhar os pobres e despojados. A maioria é exportada, entrando assim na indústria mundial do mercado de roupa em segunda mão.

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fotos SIC

Reconheço que em tempos comprava roupa fast fashion, que gostava, não tirava as etiquetas até decidir se vestiria a peça, e caso achasse que afinal não queria, devolvia, trocava por outra.

Ou então, se a usava naquela estação, e no ano seguinte não gostava dela, ou não tinha nada a ver comigo, dava-a.

Compro peças de boa qualidade, que duram uma vida, que vou usando conforme a vontade de vestir ou não nessa estação. Até porque fico mais esquisita à medida que os anos passam, e usar  hoje o que usei em tempos, não quero, sobretudo quando a peça foi moda naquele ano e já não interessa mais.

Então, separo o que está utilizável para dar a alguém, que sei que vai usá-la, ou deixo no contentor de roupa, ou entrego no colégio que o meu sobrinho neto frequenta, e que é encaminhada para uma instituição de solidariedade..

Há dois anos que ando na onda das t-shirts, compro-as de marca, na feira, ou em lojas fast fashion que, mesmo que use só na época, sei que no ano seguinte, se não as vestir, uso-as em casa.

As que estão fracas,  fico sem saber o  que fazer porque acho que pô-las no contentor é deixar o velho ou rompido para as pessoas necessitadas, e isso não é correcto, mas também não tenho coragem de as pôr no lixo. Assim como o calçado em pele que estava guardado, a pensar  que na época seguinte iria usá-lo, finalmente perdemos o amor por eles foram  os  sacos de botas e sapatos de salto alto, meus e da minha irmã, para o contentor.

Ficaram umas sandálias novas, que estão no saco de roupa que vou dar a uma jovem brasileira a quem vendi um sofá, no ano passado, e que merece tudo o que  está em bom estado.

Ora, depois de ver o programa de ontem, fiquei a pensar nas t-shirts usadas que não quero pôr no lixo nem no contentor, mas que merecem ser reutilizadas. 

Gasto muitos discos desmaquilhantes, que vão para o lixo depois de usados, há muito que pensara  cortá-las para esse fim, mas às vezes a preguiça ultrapassa a vontade de pôr mãos-à-obra, deixava para depois.

Hoje foi o dia de pegar numa delas e cortar.

Verei o resultado, logo que as coser à mão.

 

a medida certa

aprovada no Parlamento, vejo constantemente no mercado e supermercado usarem um saco de plástico para cada espécie de fruta, comportamento muitas vezes criticado pelas vendedoras no mercado, outras vezes, saco na mão, antecipam-se estas e entregam à cliente  para que se sirva.

Depois há o desperdício de sacos de supermercado, como o caso do meu vizinho que é vegan mas suponho que só come fruta, quiçá pão, não tem gás em casa, não há roupa a secar nas cordas exteriores, é uma pessoa muito, muito esquista, ninguém quer conversa com ele.

Acreditem que as vezes que o vejo no supermercado anda pela fruta e de cada vez que lá vai traz um saco novo que depois o deixa no lixo junto à árvore da rua.

Ora, a Câmara/Agere abasteceu a cidade com novos contentores de resíduos urbanos que permitem que se coloque o lixo a qualquer hora do dia evitando a acumulação de sacos de plástico com lixo na via pública.

Mas este homem nunca cumpriu os horários nocturnos de colocação do lixo na rua, colocava-os a qualquer hora, junto à arvore em frente à porta do prédio.

Com estes novos contentores, temos dois, que evitam que os sacos rasgados e os resíduos espalhados na rua, que os gatos muito gostavam de mexericar, desde então todos os moradores vão lá colocar os seus sacos.

Acontece que o meu vizinho continuava ,diariamente, a pôr o saco de supermercado, e novo, com o pouquíssimo lixo, junto à árvore.

Como o camião deixou de passar à noite e recolhe o lixo dos contentores durante o dia, os sacos que ficam junto à árvore não são recolhidos, pelo que ali jazem durante dias.

Não consigo entender porque o homem não põe o seu lixo no contentor mais próximo.

No sábado passado, estavam três sacos no lugar do costume, comentei com uma amiga que irritava-me este comportamento, os contentores foram colocados início de Agosto, ele não cumpre as regras, até que, à noite, percebi que o homem subiu e desceu as escadas várias vezes, deu-me um flash e uns minutos depois fui à janela e vi o que pensara: finalmente o lixo desaparecera, ele fora colocá-los no contentor. 

Sorte a dele ninguém ter feito queixa, a multa é pesada, mas nunca este homem, que eu saiba, foi multado, e se alguém o fizesse por mim, seria eu a vítima, como sou sempre em cada pequena coisa que implique aquela pessoa.

Quando escrevi este post, a Gaffe comentou o seguinte:

"Abordou um assunto que me preocupa imenso. Tornou-se prioritário para mim encontrar alternativas ecológicas a todos os meus actos. Sobretudo os mais pequenos. Institui o uso dos sacos do pão em pano. São lindíssimos por aqui e as compras são feitas nos de rede de algodão. As garrafas de água passaram a ser de vidro. 
Foi interessante ver as reacções. A padaria não sabia para que serviam! Agora por aqui toda a gente os usa. Mostram-me os mais bonitos. Estou a pensar fazer uma festa, um belo arraial ecológico e vai ser o mais pimba possível. Haja alegria.
(Estou tão farta de música "da câmara" ...)

 

KUNGSFORS Saco rede, conj.2 IKEA Também pode ser usado em zonas com muita humidade.

Eu que os vira na loja não os trouxe, voltei lá mais tarde e comprei-os.

Desde então, os dois, ou um deles, andam na carteira, é ver-me "passear" na rua com ele cheio de frutas, ou quaisquer outras compras que faça.

Num dos dias que fui ao mercadinho, um rapaz que estava na caixa, vendo-me tirar as frutas do saco e pô-las no tapete para que ele as pesasse, diz-me: " A senhora é que poupa nos sacos, mas traz um tão jeitoso, onde o arranjou?!"

Ontem, fui caminhar, passei no SuperCor, trouxe romãs, pão e cereais para o meu pequeno almoço.

Raramente pego nos cestos do supermercado  ( por vezes sujos e cheios de papel), se são poucas as compras vão directamente para o saco, tiro-as  para o tapete do caixa, e volto a metê-las lá .

O jeito que eles dão!

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Tenho esquecido de procurar sacos de pano para o pão (só tenho um ), levo os de papel que guardo para este fim.

As empregadas da padaria agradecem e uma delas contou-me que uma cliente leva sempre o mesmo saco,de papel, para o pão, só o substitui quando já está rompido e não tem mais préstimo, metendo-o na reciclagem. Fiquei satisfeita em saber que não sou a única pessoa a fazê-lo.

A vendedora do mercado, a quem compro os legumes, fica contente quando levo umas quantas embalagens de cartão dos ovos e as de plástico dos frutos vermelhos que vou comprando.

Há algum tempo que substituí a escova de dentes de plástico pela de bambu, custou um pouco a adaptar-me às cerdas, mas não quero outra coisa, agora.

Decidi, também, deixar de comprar as recargas do gel para as mãos, andei na internet a pesquisar como fazer gel caseiro, um sabonete dá para várias recargas, já nada vai para o contentor de reciclagem.

Os cotonetes estão a acabar, vou substituí-los por bambu. 

A água é um bem precioso, poupo o mais que posso nos banhos de chuveiro, agora mais rápidos, fecho a toneira sempre que lavo o cabelo,e na lavagem das mãos.

Na lavagem dos legumes, a primeira água vai pelo cano abaixo, as outras vão para uma bacia da roupa, utilizo-a para a limpeza do chão da cozinha e da casa de banho, para regar as plantas, por vezes,  para a sanita.

Evito fazer lavagens na máquina da roupa quando esta não é suificiente para a encher.

Tenho a tarifa de electricidade bi-horário, faço as lavagens na máquina à noite.

Acho que mesmo assim tenho falhas, ainda tenho muito para mudar e poupar.

lixo, muito lixo

Durante muitos anos,  a feira municipal, que se realiza à terça-feria, ocupava o recinto daquele que foi o Parque de Exposições, que após grandes obras de reestruturação, passou, desde Abril deste ano, a ser o Fórum de Braga, pelo que aquela passou a ter lugar na estrada, cortada ao trânsito neste dia, junto ao monte Picoto.

Acabada a feira, quem por lá andasse, via o lixo de papel e sacos de plástico que jaziam no chão. Aberta a estrada, e enquanto os funcionários da Câmara não chegavam para o limpar, quem passasse de carro era surpreendido por uma folha de papel de jornal, ou um plástico, que batia no pára-brisas,  porque o vento era forte levava tudo pelos ares.Passou, recentemente, esta feira para o parque de estacionamento do monte Picoto.

Por que falei de feira e de lixo, à quinta-feira, num espaço mais pequeno junto à entrada do mercado municipal, há, também, o que eu chamo de uma mini feira.

As tendas dos vendedores de etnia cigana estendem-se ao longo do passeio que circunda o mercado, gerava-se uma confusão à entrada, as pessoas que iam às compras passavam com os carrinhos tinham de fazer algum malabarismo para conseguir entrar, eles não se desviavam um millímetro, foram muitas as vezes que tive de pedir licença para passar, até que, uma dada altura, a polícia municipal andava por lá tentando manter alguma ordem, e tudo corria bem.

Ora o mercado está previsto fechar para obras  há mais de um ano, e até ver continua a funcionar, afastou dali os vendedores.

Convicta que a mini feira tivesse acabado, numa quinta-feira que decidi ir a pé ao mercado, já em frente à Arcada  e uns metros à frente, vi uns toldos do que me pareceu ser uma feira ocasional, meti por esse caminho, eis que os  vejo todos lá, os vendedores. Comentei com o meu decote: " afinal a feira continua, só mudou de lugar".

Nunca mais passei por lá.

Combinara almoçar, hoje,  com uma das minhas sobrinhas, era cedo, demos um passeio, queria mostrar o restaurante vegan e self-service que gosto, metemos por esse caminho e que dá acesso ao restaurante, vejo as tendas e os vendedores.

Expliquei à minha sobrinha o que era aquilo, demos mais uma volta, chegou a hora do almoço, escolhemos uma mesa na esplanada, estava uma temperatura boa para a nossa refeição lá fora.

Ao lado da esplanada ouviam-se as vozes dos vendedores e os ruídos da desmontagem das tendas. 

Deixamo-nos ficar a conversar naquele agradável espaço, por volta das 15h deixamos o restaurante.

Referi que aquele acesso fica a escassos metros da Arcada, o lugar de referência da cidade, muitos turistas passam aqui, eis que no chão, e do lado de dentro da porta, estava uma folha de papel amarrotada. Quando passamos a porta, deparamo-nos com o  imenso lixo  que o vento forte espalhava pela rua e em direcção à Arcada. Em frente à saída estava a ser desmontada a única tenda, não me intimidei, peguei no telemóvel e fotografei.

Comentava então com a minha sobrinha, que os vendedores tinham por obrigação, e à medida que vendiam os seus produtos, guardar os sacos e os papeis, os levassem para novas feiras e/ou  os deixassem nos respectivos ecopontos. Ou  a Câmara providenciar dois ou três que permitissem que, depois de desmontada a feira, os vendedores juntassem o plástico e o papel e o depositassem lá.

Se desde sempre eles fizeram este chiqueiro, quando lhes foi dado este novo espaço no centro da cidade, a Câmara devia ter feito um acordo com eles no sentido de os educar a preservarem o local.

Estamos numa era que precisamos de poupar o ambiente, e assim como nas festas da cidade ( Braga Romana, São João, Noite Branca) a Câmara providencia contentores de lixo e ecopontos nas várias ruas do centro, porque não habituar estes "profissionais" do sector grossista a respeitarem o ambiente no seu local de trabalho, usando os ecopontos?

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 (as fotografias são do lixo junto à saída do restaurante; havia muito maisespalhado naquela área)

 

 

o directo

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Estive hoje na praia, cheia de banhistas, sempre debaixo do guarda-sol, a água estava um pouco fria, mas sabia bem porque a temperatura estava alta, na hora do pico de calor fomos almoçar, voltamos à praia depois das 16h, estivemos até às 18h, quando regressamos a casa.

Não gosto de conduzir com temperaruras tão altas, os próximos dias não tenciono ir à praia, cansa o calor que faz.

À hora das notícias,liguei a televisão, queria saber as temperaturas que fizeram em todo o país assim como se haviam incêndios. 

Ora, depois de  várias reportagens em várias cidades, em directo uma jornalista mostrava a praia de Carcavelos, que, àquela hora, 20h15, ainda se viam muitas pessoas na praia.

Entrevistadas algumas, a jornalista faz um parêntesis, e em frente à câmera, pede às pessoas, os espectadores, que tenham mais cuidado com  o que deixam na praia.

A câmera mostra, então, vários espaços cheios de lixo.

Inacreditável!

Como é possível saírem da praia sem recolherem o lixo que fazem e pô-lo nos caixotes que, com certeza, existem no areal?

Como podemos condenar o país, x, o presidente y, se somos, também, responsáveis pelo nosso país, pela nossa cidade, pela nossa casa?

Ontem, numa pequena reportagem sobre a seca na Austrália, um casal, dono de uma fazenda, dizia a senhora que o problema da comida para os animais resolvia-se, o que não conseguiam resolver era a falta da água, acrescentando que nas cidades há comida e água e os cidadãos não têm consciência do que se passa no campo, das dificuldades que enfrentam na produção de cereais e criação de animais, só lhes restava esperar que Deus lhes desse a chuva que lhes falta.

Usufruámos do melhor que temos: a praia, o campo, a cidade, mas não nos esqueçamos que cada um de nós é responsável por aquele bocado de terra que ocupamos.

doidices minhas

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Tinha escrito neste meu post que num dia de sol iria dar um passeio pela Foz no Porto.

Ora o dia chegou mais cedo, e inesperado, pois estava à espera de ir a uma consulta à clínica em Lisboa mas como o pequeno problema que tinha num dente podia ser resolvido no Porto, sexta-feira, ligaram-me, foi marcada uma consulta para hoje ao fim da manhã.

Gostei da médica (jovem e simpática) meia hora no consultório, tudo correu bem, feita a reparação, saí com destino à Foz, tinha a tarde para mim, estava quente, decidi ir a pé.

Mais à frente da clínica, reparei numa loja com umas roupas engraçadas, para todas as idades e estilos, com uns preços bastante interessantes, entrei, e apesar de muitas das peças serem tamanho único, comprei duas blusas.

Era hora de almoço, estava com fome, fui caminhando até que vi o supermercado Bom Dia, atravessei a rua cujos semáforos foram feitos para os automobilistas pois estive uma eternidade à espera que abrisse o dos peões, almocei por lá.

Uma horita a descansar, aproveitei para ler e comentar alguns blogs.

Mal eu imaginava o que tinha para andar. A paragem de autocarro estava ali à minha frente, não me passou pela ideia apanhá-lo e sair na rotunda do Castelo, queria tomar por lá o café, fui andando, andando, andando e o Forte ( Castelo do Queijo) não me aparecia à frente.

Passo ao lado do Parque da Cidade, calculei que estava perto da rotunda, mas a cada 100 metros comentava comigo " que doida, Maria, fazeres estes quilómetro a pé. Porque não apanhaste o autocarro?" , e continuava a andar na expectativa de ver o Forte, a rotunda, o mar.

Não fazia a miníma ideia do comprimento da Avenida da Boavista ( sempre fizera o percurso de carro), cheguei 45 minutos depois de sair do supermercado, junto à Cufra.

Sentei-me na esplanada a tomar o café, deixei-me estar a ver o mar, reparei que os autocarros que vão para o centro param perto  do Castelo, fui dar um passeio pelo paredão, em direcção à Foz do rio Douro, caminhei cerca de 4 km, até à Praia dos Ingleses... E fiquei por aqui.

Surge-me aos meus olhos uma paragem de autocarro, apanhei o 500 que passava em São Bento, onde queria ficar para regressar a casa (cansada que estava adormeci no comboio, ahahah!).

Contas feitas, andei cerca de 9,5 km.

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E o que vi?
Vi muitas pessoas na praia, casais 3ª idade que apanhavam sol, uns vestidos, outros em fato de banho, pescadores, namorados, estrangeiros, grupos de jovens que brincavam na praia, pescadores, esplanadas cheias e...muito, muito LIXO!

"Que praias sujas, que mau aspecto! De que estão as Câmaras à espera para as limpar? Do Verão?"

Com tanto turista cá de dentro quanto lá de fora, é tempo de limpar ", comentei. Até um skate carcomido da água do mar jazia junto às rochas perto do passadiço. Fiquei desolada, porque era de mais o lixo que se estendia ao longo da praia.

À parte a minha desolação, deliciei-me com o passeio e, como seria de esperar, cá estão algumas das fotografias.

 

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E o lixo

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coisas do meu dia (adenda)

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Hoje de manhã, levantei o estore do quarto, sorri de contente porque os funcionários da AGERE não levaram os monstros, que contei aqui.

Vi que o gajo pôs a tralha a ocupar o espaço de estacionamento para pessoas com deficiência (existe uma placa) , com o pormenor de ter deixado um aparelho de televisão, que os funcionários não levam.

Saí para umas compras, cruzei-me com o vizinho do lado, o primeiro a vir morar para este prédio, há cerca de 50 anos. 

Parou e perguntou-me de quem era o lixo que estava  no passeio.

Respondi-lhe que é do P e que ele tem uma sorte do caraças porque não cumpre com os horários estipulados para colocarmos o lixo à porta e nunca teve multa (que eu saiba).

Não faço queixa porque não quero mais problemas a acrescentar aos que tive há anos (a polícia veio cá várias vezes) aquando das obras que fiz em casa.

Quem quiser que o faça.

Eis aqui a tralha de sua excelência o P , o vizinho do 1º andar.

 

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