Há dias, despertou a minha atenção um anúncio que passou na televisão sobre o Lidl e a campanha de sensibilização aos veraneantes para a importância de uma boa conduta ambiental durante a época balnear.
Este ano a acção continua em várias praias de Norte e Sul do país, e louvo a atitude desta cadeia de supermercados, que eu também sou cliente.
O que me levou a escrever sobre este assunto, foi o seguinte:
o Lidl empenha-se, e muito bem, nesta campanha, mas dentro de portas reparo, como em todos as lojas de bens alimentares, que o plástico é demais em qualquer produto que, na minha opinião, é prescindível usá-lo.
Ontem, na minha caminhada pelos arredores da cidade, lembrei-me de entrar na loja para comprar pão.
Não é a primeira vez que vejo os sacos de papel do pão caídos no chão, e por falta de descuido do cliente, que não se dá ao simples gesto de separar o saco do que está por baixo e servir-se de pãoe, em vez disso, tira-o ao calhas, eles caem e ali ficam. Vêm outros clientes, não foram eles que os deitaram ao chão, pisam os coitados, os empregados que os apanhem ( já tive gestos de apanhar os sacos de pão e entregá-los à empregada, do lado de lá das prateleiras) e desta vez fiz o mesmo, quis observar o comportamento das pessoas.
Ora, a caminho do pão, junto às prateleiras da fruta, e onde costumam estar as bananas, reparei que no seu lugar estava uma máquina.
Segui o meu caminho.
De repente, páro!
Algo me fez voltar à máquina.
Ao lado dela, numa caixa, estavam umas quantas garrafas de plático de duas dimensões. Junto, as intruções para o cliente servir-se das garrafas e das laranjas e ter o seu sumo acabado de espremer.
Questionei-me: então o Lidl faz a campanha TransforMAR nas praias e usa as garrafas de plástico para o sumo de laranja?
Entendo que usar as de vidro tem outros custos, mas se esta cadeia está preocupada em a alertar as pessoas para o mal que o plástico faz no ambiente, então porque dispor destes na loja?