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cantinho da casa

cantinho da casa

estórias para reflectir

" Atemorizado por aquele insistente e estranho pedido, Bravo, questionou:
- O que se passa dona Etelvina? Diga-me por favor!

- O meu marido... o João...

- Siiiiiim...

Ela respirou fundo enxugou as lágrimas ao avental e num sopro (...)

 

Foi de manhã cedo, no carro, enquanto esperava o miúdo que estava na terapia, que comecei a ler "Des(a)fiando Contos".

Exactamente no primeiro conto, com seis páginas de uma estória interessante, simples e de grande humildade, como são a maioria dos contos deste autor, eis que me deparei com um final imprevisível, de tal forma foi, que fiquei com um aperto no coração.

Que dor!

Foi o conto que mais me marcou.

Depois vieram as outras:  umas com humor; outras com características específicas físicas e/ou psicológicas dos personagens; o retrato de famílias humildes de trabalho e sofrimento; de(s)amores; de lições de vida que até "As crianças, as Outras Crainças e o Mundo" nos ensinam.

E são estas estórias cheias de simplicidaede e ao mesmo tempo,na minha opinião, inesperadas, que se lê o De(a)fiando Contos com muito, muito agrado.

Obrigada, José.

 

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imagem daqui

 

 

 

Dia Mundial do Livro

Se não fosse o grupo de leitura dos blogs/ FB,  que me "obriga" a ler um livro por mês,talvez não lesse tanto. Não porque não queira, mas porque assumi compromissos, que cumpro, aproveito as horas do dia disponíveis para o ler, à noite evito.

E nestes anos todos tenho lido histórias muito interessantes e fico grata ao grupo pelos livros que leio.

No outro cantinho está o livro deste mês,  que me tem sensibilizado para a questão da demência, sobretudo na meia idade.

Por vezes, faço a minha auto análise  quando há palavras ou tarefas que planeio e esqueço.

Isto pode acontecer, de repente.

Com a minha amiga Alice, aconteceu.

E sempre para pior.

Gostaria de a visitar. O seu aniversário é no próximo dia 3 de Maio .

Ela não recebe visitas, e não sei nada do seu estado de doente de Alzheimer.

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o "Refúgio"

e continuo com as minhas fotos de Domingo.

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Passei há dias na Capela de Nossa Senhora de Guadalupe, sita na rua onde vivi, era eu criança.

Subii e descia as escadas da rua de Guadalupe. O muro que separava as pequenas casas das escadas, inclinado que era, servia de escorrega, muitas cuecas rasguei a descê-lo.

Nas noite quentes de Maio, íamos à novena, criança que era, por vezes levava aquela celebração para a risota,a minha mãe castigava-me, e nos dias que se seguiam estava quieta a ouvir rezar o terço, ai se algum gesto fizesse!

Tenho boas recordações daquele lugar.

Tinha visitado a capela em  2017,. Soube que, recentemente, por trás da capela, foi erguida uma construção a partir de resíduos industriais, o metal, e no interior, a vermelho, o têxtil.

Deram-lhe o nome de "Refúgio" .

Da autoria do artista Lorenzo Bordonaro, a forma  da estrutura, base e tecto, tem a leitura de dois ícones da cidade: o Mosteiro de Tibães e os Escadórios do Bom Jesus.

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A capela  está fechada à semana, abre ao Domingo para a celebração da Missa, é o seu exterior um espaço de arte e de lazer para os dias mais quentes.

 

 

leituras

Tenho uma admiração especial por Rodrigo Guedes de Carvalho.

No ano passado, na Feira do Livro de Lisboa, comprei um livro de sua autoria.

Gosto da história, cria algum suspense.

Mas habituada que estou a ver as notícias deste simpático homem, ler palavrões deixa-me surpresa.

Óbvio que na sua obra temos o escritor, não o jornalista.                                             

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estás no cabeleireiro

tentas concentrar-te na leitura, uma cliente (nova no cabeleireiro) fala demais, tem um vozeirão que te incomoda.

Pousas o livro para conseguires arranjar concentração,  e ele cai ao chão...

Pegas nele, voltas à leitura, há um pequeno momento de silêncio.

O vozeirão volta, pegas no telemóvel e escreves este texto sem importância, mas que te faz arranjar coragem para voltares à leitura deste delicioso livro.

E o vozeirão continua...

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Obrigada

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à MJ pelo 1º desafio de leitura que lançou há dois anos," O Livro Secreto" que com sucesso e sem percalços de maior, e com novos leitores interessados, seguimos para a 2ª e longa edição.

No início de 2017, o número leitores duplicou, novos e bons livros viajam neste 2º desafio.

É com muito orgulho que faço parte deste 2º Grupo de leitores que se esforçam por cumprir a leitura do livro que chega às suas mãos, cada um com histórias que nos fazem rir, chorar, detestar, e que nos enchem a mente de conhecimento, de reflexões, de exemplos de vida.

Quero agradecer de forma especial a esta blogger, pela escolha do seu livro, cuja história me tocou de uma forma tão intensa, tão fundo no coração e na mente, tão cruel e verdadeira, tão cheia de luta e sofrimento, tão cheia de esperança.

Hoje, chorei. Chorei a cada queda, a cada viagem, a cada sofrimento, a cada vingança.

Hoje, chorei ao reencontro.

"A Outra Metade de Mim" é, sem duvida alguma, Brutalmente Belo, a frase de Publishers Weekly, que acompanha a capa deste livro da autora  Affinity Konar, publicação da Bertrand Editora.

Fevereiro, um novo mês, um novo livo, uma nova história.

Obrigada.

o livro do desafio

da MJ, que recebi este mês é o clássico português "Os Fidalgos da Casa Mourisca".

Ando a lê-lo, quero cumprir a leitura para o livro seguir outro destino, mas acontece que sempre que pego nele, e porque tenho dormido poucas horas nesta última semana, adormeço.

Esta noite deitei-me às 2h, tem sido a hora normal, porque me sento no sofá a ver um pouco de televisão, estaja ou não a dar programa que me agrade, adormeço. Acordo, entretanto, preparo-me para ler na cama, leio cinco, seis páginas e adormeço.

Há dias, procurei nas minhas prateleiras se tinha o livro, para o caso de não conseguir lê-lo até à data de envio. Tinha a certeza que constava das obras dos meus autores portugueses.

Procurei e não encontrei. De quando em vez, nas minhas arrumações, desfaço-me de alguns livros que não vejo grande interesse. Mas sei que não iria desfazer-me dos nossos autores. O mais provável é que tivesse emprestado e ficado sem ele, como os da colecção completa de Eça de Queirós, que me faltam três. Felizmente, em conversa com a Sofia, descobri que tinha levado para casa dois, mas com a minha autorização. E eu esquecera. Que alívio!

Há pessoas que têm um memória incrível, lembram-se de histórias passadas, contam-nas com orgulho como se as vivessem agora. Eu não tenho. Se há histórias que vivi que ficaram para sempre, outras há que não me lembro de nada.

Hoje de manhã acordei com frio, não conseguia adormecer, voltas e mais voltas na cama, o meu pensamento foi para o livro.  Li os clássicos todos, tinha a certeza que " Os Fidalgos da Casa Mourisca" existe na minha prateleira dos meus livros e do meu pai.  E veio-me à memória um livro velho,  cor-de-rosa, que quase garantia a mim mesma que era este.

Durante a manhã esqueci o assunto. Há pouco, vendo o livro do desafio, lembrei-me de o procurar de novo. Nos livros de colecção não estava, já tinha procurado antes, não tenho nada de Júlio Dinis. Numa das prateleiras onde estão os velhinhos dicionários de Português, de Latim, de Francês, que eram da minha irmã mais velha, lembrei-me que poderia estar juntos destes.

Lá estava ele. Sorri. A lombada rasgada e descolada.  Na primeira página está escrito o meu nome e morada ( algo que raramente registo). Talvez naquela altura tivesse mais cuidado em saber a quem emprestava os livros.

A edição não tem data, mas registado está : Nova Edição, conforme a segunda, actualizada na grafia. Trabalho do Dr. Egídio Guimarães, Bibliotecário-Arquivista. Livraria Cruz, Braga.

Não cumprindo o prazo na leitura deste livro do desafio da MJ, tenho o meu velhinho livro " Os Fidalgos da Casa Mourisca"  já na mesa de cabeceira para continuar a minha leitura.

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livro secreto - 2º desafio

O 1º Desafio de Leitura  do Livro Secreto que em 2015 a MJ lançou no seu blog e agora? sei lá!, correu bem. Tão  bem, que se aventurou na organização do 2º desafio e convidou-nos para mais uma aventura  do mundo fascinante da leitura. E ainda tão bem, que o número de participantes, treze no 1º desafio, passou para vinte e sete, neste ( vejam a lista abaixo).

O primeiro livro que recebi, do 2º desafio, «As Gémeas de Gelo» chegou há 15 dias. Uma história emocionante,  li-o à noite em poucos dias. Acabada a leitura, está pronto a seguir viagem para outro destino.

A MJ fez a lista dos livros deste desafio ( o trabalho é todo seu)  sugeriu, entretanto, isto:

«...quem quiser este mês escrever nos seus blogs por que motivo escolheu enviar aquele livro em especifico sinta-se à vontade...»

 

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Vinte e sete livros que vão andar de casa em casa dois anos e três meses. Muito tempo!  Uma viagem que vai correr bem, com certeza.

Tinha três livros na mira, todos de autores portugueses.

Nos dias que correm, fala-se muito de animais, do abandono e maus tratos que sofrem dos seus donos, da protecção que lhes devemos, de fazerem parte da nossa família.

Nunca pensei adoptar um animal. Há seis anos, adoptei a Kat. Tinha um mês de vida.

Desde então, a minha dedicação e preocupação têm sido intensas.  Gosto de a ver feliz. Gosto de a ver correr pela casa. Gosto que ela me acorde para lhe dar de comer, de manhã cedo. E falo com ela. E fico contente quando vem esperar-me à porta, quando entro em casa. E quando ela quer sentar-se na mesa para receber o sol que entra pela sala.

E fico preocupada quando vou de viagem. E ligo a saber como ela está. Se comeu. Se está triste. 

Então, na procura de livros de autores portugueses, encontrei um que  lera há pouco mais de um ano. E lembrei-me que seria um excelente livro para dar a conhecer, ou relembrar, o maravilhoso conto de histórias do mundo dos animais com o mundo humano. Animais que compartilham com  os homens a desgraça: o sofrimento, as injustiças, a traição; e a esperança: os desejos e ambições. Animais que pensam e falam como seres humanos.

«Bichos» de Miguel Torga, foi o livro que escolhi para esta viagem de dois anos.

 

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