o livro do desafio
da MJ, que recebi este mês é o clássico português "Os Fidalgos da Casa Mourisca".
Ando a lê-lo, quero cumprir a leitura para o livro seguir outro destino, mas acontece que sempre que pego nele, e porque tenho dormido poucas horas nesta última semana, adormeço.
Esta noite deitei-me às 2h, tem sido a hora normal, porque me sento no sofá a ver um pouco de televisão, estaja ou não a dar programa que me agrade, adormeço. Acordo, entretanto, preparo-me para ler na cama, leio cinco, seis páginas e adormeço.
Há dias, procurei nas minhas prateleiras se tinha o livro, para o caso de não conseguir lê-lo até à data de envio. Tinha a certeza que constava das obras dos meus autores portugueses.
Procurei e não encontrei. De quando em vez, nas minhas arrumações, desfaço-me de alguns livros que não vejo grande interesse. Mas sei que não iria desfazer-me dos nossos autores. O mais provável é que tivesse emprestado e ficado sem ele, como os da colecção completa de Eça de Queirós, que me faltam três. Felizmente, em conversa com a Sofia, descobri que tinha levado para casa dois, mas com a minha autorização. E eu esquecera. Que alívio!
Há pessoas que têm um memória incrível, lembram-se de histórias passadas, contam-nas com orgulho como se as vivessem agora. Eu não tenho. Se há histórias que vivi que ficaram para sempre, outras há que não me lembro de nada.
Hoje de manhã acordei com frio, não conseguia adormecer, voltas e mais voltas na cama, o meu pensamento foi para o livro. Li os clássicos todos, tinha a certeza que " Os Fidalgos da Casa Mourisca" existe na minha prateleira dos meus livros e do meu pai. E veio-me à memória um livro velho, cor-de-rosa, que quase garantia a mim mesma que era este.
Durante a manhã esqueci o assunto. Há pouco, vendo o livro do desafio, lembrei-me de o procurar de novo. Nos livros de colecção não estava, já tinha procurado antes, não tenho nada de Júlio Dinis. Numa das prateleiras onde estão os velhinhos dicionários de Português, de Latim, de Francês, que eram da minha irmã mais velha, lembrei-me que poderia estar juntos destes.
Lá estava ele. Sorri. A lombada rasgada e descolada. Na primeira página está escrito o meu nome e morada ( algo que raramente registo). Talvez naquela altura tivesse mais cuidado em saber a quem emprestava os livros.
A edição não tem data, mas registado está : Nova Edição, conforme a segunda, actualizada na grafia. Trabalho do Dr. Egídio Guimarães, Bibliotecário-Arquivista. Livraria Cruz, Braga.
Não cumprindo o prazo na leitura deste livro do desafio da MJ, tenho o meu velhinho livro " Os Fidalgos da Casa Mourisca" já na mesa de cabeceira para continuar a minha leitura.