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cantinho da casa

cantinho da casa

do fim de semana

No fim de semana passado, final da tarde, depois de o sobrinho neto fartar-se de brincar com a bola, atirando para um chafariz de um pequeno jardim, e de regresso casa, esperávamos que o sinal abrisse para os peões, eis que ouvimos uma voz  de um homem que, parado no sinal vermelho do outro lado da rua, dizia impropérios que nos pareceu ser dirigido a alguém.

Todas as pessoas, que esperavam o sinal abrir, olharam para o homem, que trazia na mão um pacote de vinho.

Do outro lado da rua, também à espera do sinal, estava um jovem negro.

Os insultos eram para ele. 

O homem estava bêbado. Falava muito alto, e os insultos eram do pior que se pudesse ouvir. Além dos palavrões nojentos que proferiu, chamava-o de preto, que ele devia estar na terra dele, que era um  filho da p*  , que devia estar a trabalhar, que ele nasceu para ficar na sua terra e para trabalhar.

Quando percebemos a cena, a minha sobrinha queria a proximar-se do homem e mandá-lo calar, estava a ofender uma pessoa que apenas esperava atravessar a rua.

E eu pedi-lhe que não se metesse, o homem podia ser agressivo, e ela estava com o filho. 

O homem continuava,  o sinal verde abriu para o peão, o jovem negro atravessou a rua, passou pelo homem sem lhe prestar qualquer atenção.

O homem parou a meio da passadeira, insultou-o, chamou-o de preto nojento, de invadir a nossa terra que fosse para a dele trabalhar que é lá o seu lugar.

Levava as mãos à braguilha e dizia para o jovem, que já estava distante dos sinais, que ele queria era aquilo.

Às tantas, e com os insultos que fez parar toda a gente, todos perceberam o que se estava a passar, e eis que uma jovem mulher decide não atravessar a rua, volta para trás e vai ter com o homem para o chamar à atenção.

Mas este homem não via nem a ouvia ninguém..

Um casal disse à jovem mulher que não lhe desse conversa, ele estava muito embriagado, que  perdia tempo com esta pessoa.

Seguimos todos o nosso caminho, comentei com a minha sobrinha: "O jovem teve uma atitude exemplar. Ignorou o homem. Ele está bêbado, não sabe o que está a dizer"

Respondeu-me: "Não! Ele é racista. O seu estado de embriaguez é que está a mostrar o ódio que tem pelos negros."

Auma grande distância de nós, ainda se ouvia as injúrias dele.

Fiquei chocada e incomodada com o homem.

 

 

 

 

 

 

 

 

F

 

ao (à) anónimo (a)

que deixou um comentário nojento neste sereno cantinho, gostaria de dizer que respeito todas as pessoas que por aqui passam, independentemente da sua orientação sexual.

Não sou lésbisca, gosto muito de rapagões, mas se o fosse, faria o que muito bem entendesse da minha sexualidade.

Quanto a ser ranhosa, também tenho o prazer de lhe dizer que não sou. 

Felizmente, os meus pais deram-me a educação que puderam e souberam, mas fizeram desta pessoa que sou, alguém com princípios e educada.

Penso que o anónimo (a) sabe o que significam os insultos gratuitos que usou. Mas, caso não saiba, e para que entenda que ranhoso (a) foi o/a anónimo (a) que invadiu o meu o cantinho,  deixo aqui o significado.

Quanto ao outro, o/a anónimo (a) deve ser expert no assunto. Nem preciso de dizer mais nada.

 

ra·nho·so |ô|
(ranho + -oso)
adjectivo
 

1. Que tem ranho.

2. [Informal]  Que é de qualidade ou está em mau estado. = RASCA, RELES