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cantinho da casa

cantinho da casa

ainda sobre o chico-espertice

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e sobre este post,  parece-me que, afinal, é verdade, mesmo que alheio à ARS .

Não é justo.

Tenho familiares com mais de 35 anos, com a vacinação auto-agendada, à espera da sua vez.

E assim continua o chico-esperticie a furar as regras da vacinação.

Já tive conhecimento que após  as oito semanas da 1ª dose da vacina, posso passar no centro de vacinação da minha cidade, de preferência depois das 18:00h, para tomar a 2ªdose.

Completo as oito semanas no dia 29 deste mês, pelo que, quarta-feira, ao final da tarde, vou confirmar se é possível tomá-la.

Apesar de estar a correr bem, se todos cumprissemos as regras, tudo caminharia com mais tranquilidade.

 

foram quatro os chicos-espertos

e esta cena é para contar com pormenor.

Ontem, foi um dia não no que se refere a trânsito. 

Estamos na semana académica, o dia foi do desfile do Enterro da Gata e se o trânsito nesta zona onde vivo é complicado, pois conta com quatro escolas, imagine-se a confusão que esteve neste final de tarde. 

Portugal é o país dos chicos-espertos, e hoje tive o azar de apanhar quatro deles.

o primeiro: 

subia a rua 25 de Abril, vejo alguém aproximar-se, era um amigo do meu irmão mais novo, perguntou-me de quem era o bebé, caminhávamos à medida que conversávamos até que na curva que dá acesso à minha rua vemos um chico-esperto, que tinha idade para ter juízo, andaria nos 70, faz marcha atrás, sobe a rampa de uma garagem do prédio e estaciona o carro em cima do passeio, ao lado do portão dessa garagem.

Aproximamo-nos, o carrinho de bebé não passava, tinhamos de descer o passeio e seguir pelo meio da rua.

Meu protesto: " Então, isto é assim?! O senhor estaciona em cima do passeio, não vê que os peões não podem passar?"

Ao mesmo tempo que o chamo à atenção, o amigo do meu irmão de um lado, eu do outro, pegamos no carrinho, e diz este: " O passeio é seu? Como é? Temos de pegar no carrinho e descer o passeio, é?"

E responde chico-esperto ohlando o espaço entre o carro e o muro: " Ai, não consegue passar?"

"Claro que não! O senhor não vê que ninguém consegue passar? Temos aqui um bebé. Além de que é um passeio não pode estacionar aqui", respondi.

Resposta dele: "Desculpe".

Deixou o carro no passeio, e desapareceu.

Uns minutos depois a minha sobrinha chegou, pega no filho, comento o que se passou ( o carro continuava lá).

Pensando que seria de alguém de um escritório que há neste prédio, a minha sobrinha foi perguntar e pedir que tirasse o carro do passeio.

Mas não. Não era de ninguém dali.

E tirei um fotografia.

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o segundo

a caminho do Hospital Braga Centro, a poucos metros daqui, deparámos com um carro em cima do passeio, não deixou espaço suficiente para o peão passar.

Perguntamos na clínica dentária se seria de algum utente,não era de ninguém, resolveu a minha sobrinha deixar um aviso.

Não tinhamos papel onde escrever, ela repara  num senhor que está dentro do carro (devidamente estacionado) foi ter com ele, perguntou se tinha papel e caneta.

Tinha.

E escreveu este aviso.

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E tirei mais uma fotografia.

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Copiei o texto no sentido de voltar a trás e pôr no pára-brisas do primeiro carro mas quando cheguei já não estava. 

Safou-se.

 

o terceiro

Saía eu do hospital privado, ia dar um passeio com o bebé enquanto a mãe ia à consulta, desço a rua, o trânsito era intenso, ninguém andava.

Do  estacionamento do hospital, em cima da passadeira, estava um carro azul, o condutor queria infrigir a regra de trânsito, seguir  pela rua com sentido proibido.

Aproximando-me do carro, e tive de me meter à frente porque a passadeira estava ocupada por ele e atrás tinha outro carro, comentei que não podia ir por aquela rua porque tem o sinal de sentido proibido, ao mesmo tempo que apontava para o sinal.

Ele olhou para mim, eu repito que não pode infringir o sinal, respondeu-me ele:
" Mas eu quero ir por ali porque se não estou fodido".

Ao mesmo tempo que o diz, eu sorrio.

E ele reconheceu-me.

Segui o meu caminho e uns poucos metros percorridos,  olhei para trás. Alguém lhe teria dado lugar, meteu-se na fila. Não infrigira a regra.

Imagino a cara dele quando percebeu que era eu, a utente que tinha estado com ele há cerca de dois meses no centro de saúde ecom  quem tinha recordado algumas passagens do passado, aqui na rua.

O senhor doutor por quem eu até tinha alguma consideração e porque o conheço desde a adolescência estalou, naquele momentou, o verniz.

 

o quarto

Fui dar um passeio pelo centro da cidade, quando regressei, exactamente no mesmo passeio onde estacionara o primeiro carro, entre a parede do prédio e a árvore, estava um carrinha estacionada, mas este chico-esperto, estacionou de modo a que os transeuntes passassem. E o carrinho de bebé passou, também.

Esperava a minha sobrinha, junto ao carro, queria ver quem era ele, ou ela, o dono(a) da viatura.

Quando tal, vejo um casal meia idade, aproximar-se da viatura. O chico-esperto entrou no carro, ela também.

Eu não disse nada. Mas no momento que entravam para o carro, fotografei-o.

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O meu sobrinho, condutor e ciclista, sempre atento aos chicos-espertos desta cidade, vai fazer o obséquio de publicar aqui.

Há uns meses, estava prestes a começar a aula de Pilates, alguém falou sobre estacionamentos e a má educação dos cidadãos desta cidade.

A professora, natural de Lisboa, a viver cá há alguns anos, disse exactamente o mesmo que diz a minha sobrinha que viveu em Lisboa 9 anos: Em Lisboa não se vê disto a polícia anda atenta. Cá em Braga o pessoal não respeita ninguém.

Faço minhas as suas palavras, agora que estou mais atenta às infracções e condução: não há piscas nos carros, não dão prioridade a quem a tem, estacionam os carros em segunda fila, em frente às garagens, junto aos contentores do lixo e/ou reciclagem, é a lei da selva, por cá, e se alguém reclama manda o outro para o c@*@*&#.