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cantinho da casa

cantinho da casa

conto de Natal 2021

Com a garra toda que o José e a Isabel dedicaram aos contos de Natal dos anos anteriores, e cujo resultado foi uma capa da autoria da Olga, resultou um livro de Contos de Natal. 

Ora a Isabel tomou o gosto e desafiou-nos a escrevermos o conto deste ano.

E antes que a inspiração e o tempo me faltem, que  não têm sido de mais, deixo aqui o meu conto deste ano.

Obrigada,Isabel.

 

O-Natal-nos-Livros.jpg

 

Estava um frio de rachar, as crianças tinham fome, os pais ainda não tinham regressado do trabalho.
Estavam de férias de Natal, ficavam sozinhas em casa, com as recomendações dos pais; " portai-vos bem, brincai com os brinquedos que recebestes na escola, vede televisão".
As crianças não tinham televisão por cabo, esta apenas transmitia os quatro canais, mas adoravam ver os programas da manhã e da tarde na RTP2, para crianças.
Se o tempo estava bom, brincavam um pouco no quintal, com os filhos das vizinhas, "boa vizinhança", dizia a mãe, estas deitavam o olho aos filhos.
Quando passava a publicidade da Popota na televisão, os olhos delas sorriam, pediam aos pais que os levassem ao hipermercado para verem o mundo encantado dos brinquedos.
Mas elas sabiam que o Pai Natal é uma pessoa que se veste com aquele fato vermelho, que põe uma almofada por dentro do fato para parecer barrigudo, e que usa barbas brancas postiças, e alguns até óculos na ponta do nariz para fazer de conta que é uma pessoa mais velha. E sabem que ele não dá os brinquedos. Se fosse, eles tinham tudo o que gostariam.

Os pais não podiam comprar os brinquedos que mais gostavam, por isso, ficavam felizes quando os pais os levavavam ao hipermercado. E os pais não se importavam de ficar ali o tempo que eles quisessem para que conhecessem a quantidade, excessiva, diziam, de brinquedos, que muitas crianças tinham e depois não lhes davam importância nenhuma.
Depois, passavam para os livros. E eles adoram livros.
A biblioteca da escola tem o cantinho da leitura.
Uma vez por semana, a professora leva-os para lá para ouvirem ler um livro. Ela lê algumas páginas, e, à vez, cada um dos alunos dá continuidade à leitura.
Outras vezes, pegam no livro que quiserem, mas têm de o ler durante uma hora, para depois contarem, na sala de aula, o que leram. Podiam continuar na semana seguinte, se não tivessem tempo de acabar.
Estava a chegar o Natal, era fim de semana, os pais precisavam de fazer umas compras, mas a mãe combinou com o pai que ficasse em casa com miúdos, no domingo, e a meio da manhã os levasse a passear pela caminho pedonal, junto ao rio, enquanto ela ia ao hipermercado. Tinha de apanhar o autocarro, levaria quinze minutos a chegar lá, ia cedo, não queria andar no meio da confusão.
Sabia dos livros que as crianças gostavam, foi a primeira coisa que fez quando entrou: ir à prateleira dos livros.
Na noite de Ceia de Natal, juntaram-se os avós maternos, comeram o bacalhau, as batatas as cebolas, a hortaliça.
Os poucos doces que tinham, foi a avó que fez: a aletria, os formigos, as rabanadas. A mãe trouxe um pequeno bolo-rei da padaria.
Arrumada a cozinha, sentaram-se à mesa a comer os doces e a conversar.
Por breves minutos, a mãe saiu da sala.
Quando regressou, aproximou-se dos dois filhos deu-lhes um beijo, e: "Feliz Natal", disse ela, dando a cada um dos filhos um embrulho.
Do saco, tirou, também, três pequenos embrulhos e pôs nas mãos do marido e dos pais.
Quando as crianças rasgaram os papeis, soltaram um grito de alegria: " o livro do Teatrinho do Romão!". A minha escola tem este livro na biblioteca, mas ainda não o lemos. Vou ser a primeira!", disse a menina.
E eu tenho o meu primeiro livro do Astérix!, exclamou de contentamento, o menino.
"Obrigada, pai e mãe".
E abraçaram os pais e os avós, desejando-lhes um Feliz Natal.

 

 

 

 

 

O papel na boca

Interessante esta história recebida por e-mail. Uma lição para os momentos mais delicados da nossa vida.

 

 

"Conta uma antiga lenda que na Idade Média um homem honrado foi
injustamente acusado de
haver assassinado uma mulher.
Na realidade, o verdadeiro assassino era uma pessoa muito influente do
reino e por isso, desde o
primeiro momento, se procurou encontrar um bode expiatório para
encobrir o verdadeiro culpado.
Assim que o homem honesto e inocente foi preso e levado a juízo,
conhecendo-se de antemão que
teria escassas ou nulas oportunidades de escapar ao terrível
veredicto: morte por enforcamento.
O juiz cuidou, não obstante, de dar ao julgamento todo o aspecto de
justiça, e por isso ele disse ao
acusado:
- Conhecendo a sua fama de homem justo e devoto a Deus, vamos deixar
em suas mãos o seu
destino. Nós vamos escrever em dois papeis separados as palavras
culpado e inocente. Você
escolherá uma, e a sua escolha será a mão de Deus para que decida o seu destino.
Por óbvio, os assistentes corruptos do juiz haviam escrito nos dois
papeis a mesma palavra
culpado, e a pobre vítima ainda sem conhecer os detalhes, se dava
conta de que o sistema
proposto era uma trama para condená-lo à morte.
Não havia escapatória!
O juiz ordenou ao homem que pegasse um dos papeis dobrados.
O homem respirou profundamente, ficou em silêncio por alguns segundos
com os olhos fechados e,
quando a sala de julgamento começava a impacientar-se pela demora, ele
abriu os olhos e com um
estranho sorriso fez sua eleição: tomou um dos papéis e, levando-o à
sua boca, o mastigou e o
engoliu rapidamente.
Surpreendidos e indignados os presentes protestaram iradamente: - Por
que você fez isso? E
agora? Como vamos saber o veredicto?
- É muito simples, respondeu o homem. É questão de ler o papel que
ficou e saberemos o que dizia
o papel que eu escolhi.
Com resmungos e raiva mal dissimulada tiveram que liberar o homem e
jamais puderam voltar a
acusá-lo porque no papel que ficara sobre a mesa estava escrita a
palavra culpado."

 

 

 


Caríssimo amigo: Quando tudo parecer perdido, use sua imaginação.
Quando parecer que não
existe uma única luz no fim do túnel, use a sua imaginação.
Albert Einstein disse uma frase lapidar: "Nos momentos de crises,
somente a imaginação é mais
importante que o conhecimento".


Com efeito, você pode alcançar o conhecimento por meio de estudos, de
pesquisas e da
observação. Todavia, pela sabedoria ultrapassamos as fronteiras do
conhecimento humano e
adentramos numa dimensão de saber sobrenatural pela iluminação de
nossas mentes, a ponto de
encontrarmos soluções imediatas para situações que julgávamos
insolúveis; para situações que
julgávamos sem saída."