Leiria # 3
Sábado de manhã, depois de um bom pequeno-almoço,saí do Hotel para ver a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação.Ao virar da esquina deuma das ruas, deparei-me com uma loja alfarrabista com muito para descobrir.
Vi a porta do Museu de Leiria / Convento de Santo Agostinho, entrei para ver o interior, foram poucos minutos segui o meu caminho.
Perguntei num café se a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação era caminho, respondeu-me que sim, mas que tinha de subir muitas escadas.
Ficava a poucos metros, cheguei lá e vi que afinal não eram muitos os degraus, embora alguns tivessem a pedra danificada, só teria de ter cuidado em subir e descer.
Mal subi os primeiros, vejo um roupa de homem, abandonada, pensei de imediato que seria lugar de dormida de algum sem abrigo.
Fiquei alerta, mas não vi ninguém, nem niguém me apareceu pelo caminho.
Mas vi que no cimo da igreja existe uma câmara de vigilância.
Ouvia-se o canto dos pássaros, tinha uma vista sobre a cidade, um sossego, lá em cima.
A igreja estava fechada, tirei algumas fotografias e desci.
Passei nas traseiras do Museu, que tinha feito no dia anterior, entrei na via pedonal junto ao rio.
E as fotografias foram muitas.
Abriam-se as tendas da Feira Medieval no Jardim Camões, sentei-me na esplanada do café, com o mesmo nome, para tomar a bica antes de fazer a visita à Igreja da Misericórdia.
Adoro ruas estreitas, fiz a Rua Afonso de Albuquerque umas quatro vezes.
Entrei na Igreja da Misericórdia ( e Centro de Diálogo Intercultural de Leira) reconstruída de uma sinagoga, uma simpática senhora entregou-me o Roteiro da Judiaria de Leiria, e informou-me que podia ver todo o edifício, subir à torre, e tirar fotografias.
Comecei pelo lado esquerdo da Igreja.
Saltou-me à vista uns módulos ( disseram-me que é este o nome) em forma de livro. O primeiro sobre o Islão, o outro sobre o Cristianismo, e onde se pode ler como se formou cada uma das religiões. Deixei-me ficar a ler cada uma deles. Quando passei para o lado direito, vi mais dois módulos, um sobre o Judaísmo e o quarto livro, O Livro das Religiões, que contém uma mensagem sobre a relação entre os três credos, unidos pelo mesmo deus e divididos na Terra pelo Homem.
O altar é de uma simplicidade, e todas as pinturas representam os passos do ciclo da Visitação.
E foi o sacrário o que captou a minha atenção
A sacristia com um lavabo barroco.
Subi ao coro, vejo um pequeno espólio de tocheiros e sacrários
e uma visão lindíssima sobre a igreja.
Subi à torre medieval, apenas vi a Sé (telhados não faltavam).
Não fui visitar a Tipografia Judaica e a Casa dos Pintores, estava na hora de apanhar o autocarro e seguir para Alcobaça.