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cantinho da casa

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"Aqui nasceu Portugal"

Dizem com muito orgulho os Minhotos de Guimarães, rivais também dos Minhotos de Braga, embora para mim somos todos portugueses não há cá rivalidades, isso é só no futebol, que também acho ridículo, mas é um facto que os Vimaranenses são vaidosos porque a sua cidade é o berço da "naçon", dificilmente aceitam perder, ou ter menos que os outros, quando um tem, eles também querem ter.

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A minha amiga M tinha-me convidado para ir com os alunos a Guimarães. O plano era a visita ao Paço Ducal e Castelo, subíamos o teleférico até à Penha, almoçávamos por aqui, seguíamos à tarde para o Bom Jesus,  subíamos no funicular, os miúdos (adolestcentes, na sua maioria) iriam andar de barco, os autocarros esperavam por nós, seguiam para a escola à hora de os miúdos apanharem os transportes escolares para casa.

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Raramente recuso os convites da minha amiga M, disse que sim, bastava dizer o dia do passeio para não marcar nada para o dia. E nas férias da Páscoa avisou-me que seria dia 27, hoje, portanto. 

Levantei-me às 7h00, roupa destinada para passear, mal acordo e vejo o tempo que fazia, estava a chover, altero para uma roupa mais quente. Grande azar! Ontem ainda tinhamos um calorzinho agradável, pensei que a chuva viesse para o final do dia.

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Já estava no carro à minha espera, quando cheguei, fomos ao lugar habitual de trocas de boleias, já estavam alguns colegas à nossa espera, seguimos para o encontro com os alunos.

Feita a distribuição dos miúdos pelos autocarros, fizemos a pequena viagem até Guimarães, a chuva não era intensa, mas estava frio, sabia bem mais uma camisola aconchegada ao corpo.

 

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Chegamos a Guimarães, os miúdos iam comer um lanchinho, estão sempre com fome (passam o tempo a comer merdices( gomas, rebuçados, chiqueletes, batatas fritas...) antes de entrarem para o Paço. No largo já se viam muitos turistas, eu ansiava um café, felizmente tinha um em frente ao monumento, senti-me mais confortável com a cafeína.

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Infelizmente, a maioria dos miúdos não sabe estar em lado nenhum. Foi-lhes pedido que não falassem alto, mas não escutam, não querem saber, corriam dentro das salas do Paço, tocavam os objectos, foram chamados à atenção várias vezes não só por nós como pelos funcionários do edifício.

Nunca tinha visitado o Paço, fiquei fascinada  não só com o exterior, mas também o interior sobretudo as tapeçarias, que muito gosto.

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Ao lado, fomos para o Castelo. Adoro muralhas, castelos, torres, tudo o que seja alto, e seguro, para poder apreciar tudo o que está à volta e fotografar.

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Mais uma vez aqui, andei pelas muralhas, mais uma vez aqui foi preciso repreender os miúdos, algusn com 14/ 15 anos, que faziam das suas diabruras como se estivessem no pátio da escola a brincar.

Os estrangeiros seguiam com cuidado e olhos abertos, não fosse algum dos miúdos ter ou provocar alguma queda.

E sem me conhecerem de lado algum, repreendia-os, dizia que era uma inspectora contratada para os vigiar.

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Pela hora do almoço fomos para, e diziam eles o "telesférico". Muito miúdos demorámos bastante tempo metê-los nas cabines. Vários casais estrangeiros atrás daquele infinito número de crianças, um deles perguntou-me onde podiam  comprar os bilhetes, ( que era no mesmo local onde se entrava para as cabines), tiveram de esperar que a criançada entrasse para comprarem os seus bilhetes, e enquanto isso não acontecia, estava eu no fim da fila para que nenhum miúdo ficasse de fora,  o casal que estava atrás de mim meteu conversa e soube que eram Mexicanos, tinham começado a visita a Portugal pelo sul, subiram até Lisboa. Já tinham visitado Coimbra e Fátima, subiram até ao norte do país, e daqui desceram passando por Caminha, Cerveira, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Braga, Guimarães. Voltariam a Braga , queriam ir ao Santuário do Sameiro, já tinham visitado o Bom Jesus, iriam para o Porto. 

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Entretanto, entrei para a cabine com a minha amiga M mais três miúdas que estavam histéricas com a subida e o que viam.

Do lado oposto, virava-me para poder fotografar a cidade lá do alto.

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Gostei, ignorei a altura, o que estava por baixo de nós, o percurso e sobretudo porque se percebe que este já precisa de manutenção. Quando pus os pés em terra foi um alívio.

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Já na Penha, o sol brilhava, os miúdos estenderam as tolhas nas mesas de granito, abriram as marmitas com o farnel, almoçaram a correr para irem para a brincadeira.

Eu e a M sentamo-nos a comer as nossas sandes, as outras colegas tinham farnel.

O comboio de cidade estava no local para ganhar dinheiro, era ver os miúdos pagarem 1 euro para dar a volta ao espaço da penha, uma alegria, pareciam bandos de pardais à solta. Dizia eu que o dia estava ganho com estes miúdos.

Fui visitar a igreja da Penha.

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16horas metemo-nos à estrada, íamos dar o prazer de algumas crianças subirem o fincular do Bom Jesus, experiência que nunca tiveram.

Mais algazarra, todos excitados à medida que o funicular subia.

 

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Lá em cima, foram directos aos gelados, seguiriam para o lago para andarem de barco. Cada bilhete custava 1,50 euros por 15 minutos. A excitação era maior quando se meteram nos barcos, à vez, alguns atreviam-se a fazer algumas piruetas, as colegas tinham de berrar para  que tivessem cuidado.

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Felizmente nada aconteceu, mas é um risco e uma reponsabilidade para os adultos estes passeios e terem de tomar conta de cerca de 150 adolescentes e levá-los para casa direitinhos.

 

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Ora eu ficaria pelo Bom Jesus, não precisava de ir à escola com a minha amiga M, um ex-colega reformado ia buscar uma das colegas, vinha com eles.

Lembrei-me de fazer o pecurso a  pé do Bom Jesus até ao lugar onde deixara o meu carro. E se o pensei, pus em prática. Despedi-me de todos os professores, voltei ao funicular fiz a descida, e meti pés ao caminho estrada abaixo.

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O vento era frio, mas estava sol, em 45 minutos estava junto ao meu carro, segui para casa.

A M perguntara-me se estava arrependida de ter ido. 

Óbvio que não. Nunca visitara o Paço Ducal, nunca fora ao Castelo, fora à Penha em criança, e apesar de ter ido várias vezes a Guimarães, uma cidade simpática e que gosto de verdade, ficara pelo centro da cidade.

Os vimaranenses têm orgulho em dizer "Aqui nasceu Portugal" e  honra seja feita, têm os seus monumentos bem conservados, dignos de receberem os mais altos representantes do país e do estrangeiro.

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Um blogger Paulista

Estou cansada, ontem e hoje foram dias bastante ocupados, mal tive tempo para vir a este cantinho.

O nosso encontro de bloggers é já no domingo, em Leira, o Professor João Paulo ,na companhia de um amigo, o Roberto, vieram de São Paulo para este encontro.

Alojados no Porto, andaram quarta e quinta conhecer a cidade, sendo Braga e Guimarães as outras cidades a visitar. Ficou para hoje e, manhã cedo, o Rui estava em Braga com estes dois amigos super simpáticos e divertidos, especialmente o Professor.

O tempo não ajudou, a chuva não nos deixava andar à vontade.

Decidimos subir o Bom Jesus, eu fui com os dois amigos Brasileiros no elevador e a Afrodite e o Rui foram de carro até ao Santuário.

As obras nos escadórios continuam, estavam vedados os acessos ao jardim. A chuva que caía não impedia os turistas de andarem por lá.

Já havíamos desistido de ver o Santuário do Sameiro, passamos perto, chovia imenso, descemos em direcção ao centro da cidade.

Uma visita breve à Sé, passamos nas ruínas romanas que ficam por baixo do piso em vidro da conhecida Frigideiras do Cantinho.
Seguimos para os arredores da cidade onde, por sugestão da Afrodite, fomos almoçar um  delicioso bacalhau recheado.

O destino seguinte era Guimarães. Já estava nos planos o Rui seguir com os dois senhores para esta cidade e visitarem o Centro Histórico. O regresso ao Porto estava marcado para as 17h, não havia muito tempo para ver o possível.

Amanhã, o Professor segue para Leiria para conhecer a cidade e domingo estaremos novamente juntos, e mais 23 pessoas, para o Encontro de Bloggers , em Monte Real.

O Professor e seu amigo Roberto estão a adorar o nosso país e já fazem planos para voltarem cá dentro de um ano com estadia mais longa, e viverem o evento de grande sucesso,  Braga Romana , em maio, ou a Noite Branca em setembro.

E já só falta um dia para o nosso encontro.

As minhas fotografias

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 As fotografias "roubadas" do FB ao Professor João Paulo

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Roberto, eu e o Professor João Paulo 

 

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Roberto e Professor

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 Professor João Paulo

Na vanguarda

Hoje, em destaque no Sapo, li este post sobre Guimarães, Capital Europeia da Juventude, e gostei da iniciativa que a Câmara vai proporcionar a todos os Vimaranenses, e não só,penso eu.

Pois quero deixar aqui um alerta a todos os Bracarense, e principalmente à Câmara de Braga, que deve apostar na divulgação do  que por cá temos, incentivar os jovens a saírem à rua, chamar os mais velhos e divulgarem e participarem nas atividades de Braga Capital Europeia da Juventude.

É que, no sábado passado, desenvolveu-se uma atividade que tinha de nome "os afetos".

Andei por lá, mas os jovens eram poucos e o impacto não deu nada nas vistas(talvez porque as  pessoas mais velhas também não lhes dessem o valor).

No entanto, em Guimarães, a luta das almofadas encheu o Largo do Toural (e os jovens eram mais que muitos...).

Não querendo comparar as duas cidades, mas sendo estas do norte e da mesma província, penso que Guimarães está a apostar fortemente na juventude. Basta ler, o artigo em destaque aqui no Sapo/post.

Desculpem-me, mas se queremos conquistar o título, então, divulgue-se nem que seja com um megafone, ok?

Guimarães tem apostado muito bem, e chamado a atenção dos Vimaranenses, e não só.

Senhor Presidente da Câmara, senhor vereador da Cultura, divulguem, apelem, chamem.

Eu, Bracarense, não jovem, agradeço.

 

 

 

 

 

 

 

 

                          

 

Guimarães e Braga

Sou Bracarense , mas acima de tudo sou Minhota e Portuguesa, logo não faço distinção entre as pessoas das cidades a, b ou c.

O pouco que conheço de Portugal, especialmente o interior, mas estando sempre atenta a roteiros e ao que vejo na blogosfera, e não só, Portugal tem tudo o que é possível um país ter. Somos um todo e devemos defender a nossa terra, receber com simpatia todos os que nos visitam e trabalham  para a economia da cidade, da região, do país.

Rivalidades não devem fazer parte da cultura (se há no futebol, que se entendam).

Portugal é rico em cultura, artesanato, folclore, música, escritores, poetas, e, recentemente, génios que, por algum despreso dos nossos governantes, foram dar o que de melhor têm para o estrangeiro.

E ontem fui a Guimarães. Uma cidade aqui tão perto, que não visitava há alguns anos, assim como Barcelos e outras do norte onde passo ao lado, (esta coisa das auto estradas que nos levam diretamente onde queremos, fazem com que os destinos sejam outros)e, como ia dizendo, fui à abertura de Guimarães Capital Europeia  da Cultura.

Muita polícia nas rotundas, na estrada, no acesso ao pavilhão Multiusos.

Cedo chegámos para podermos estacionar dentro do parque,  mas ainda estava interdito ao público, apenas aberto à imprensa. Jovens muito simpáticos disseram-nos: "dentro de 10 minutos". E lá fomos tomar café e fazer os 10 minutos, que foram 20 e regressámos quando a fila estava a começar a formar-se ...

Quando chegamos o jovem (re)conheceu-nos, sorriu  e disse:"podem entrar".

O pavilhão estava repleto de pessoas. Ficamos na bancada onde víamos tudo (finalmente, não teria ninguém mais alto à minha frente que me impedisse de ver o espetáculo).

Esperamos que as individualidades chegassem, e eis que aparecem todos (já se sabe quem, pois a RTP fez a corbertura do evento).

E começou a cerimónia com o Hino Nacional, brilhantemente tocado pela orquestra dirigida pelo conhecido jovem Rui Massena e  toda ela composta por jovens músicos, 30 portugueses e alguns de várias nacionalidades.

A serenidade com que TODOS os presentes cantaram o hino foi emocionante (pelo menos para mim, que sempre que o escuto, as lágrimas vêm aos olhos).

Quase sempre ouvimo-lo aos berros mas aqui, não. Comentei com a minha amiga: "reparaste como o hino foi cantado? Adorei!"

Depois seguiram-se os discursos habituais nestas cerimónias.

"Os afetos"  foi o tema de abertura do espetáculo: música, dança , vídeos, grupos de bombos, uma fusão de coreografias, bem conseguida e executada por jovens e com a presença dos portugueses Rão Kiao e Cristina Branco e de um cantor Brasileiro, Chico César. Achei simpática a presença do Brasil em Portugal que, na minha modesta opinião,  vem mostrar que podemos unir culturas e reforçar um dos laços que nos une: a língua.

O final da festa levou os atores e cantores ao palco, ao som do Grupo de Caixa Nicolinas e Bombos Nicolinos que estrondosamente, como eu gosto nestes finais de festas, tocavam a sua música e eram acompanhados, no seu ritmo, pelas palmas do público presente, ao mesmo tempo que o movimento de grandes bolas de várias cores espalharam-se pela audiência e no palco, deram por encerrado o espetáculo, no pavilhão.

À noite, no largo do Toural, a festa continuou com o espetáculo de La fura dels Baus, que vi no écran gigante, pois Guimarães estava ao rubro de pessoas de muitos cantos destes país, tenho a certeza e, no final, na Oliveira, os DJs davam continuação à festa, pela noite dentro.

Braga é Capital Europeia da Juventude, Guimarães é Capital Europeia da Cultura. Duas cidades jovens, da província, que vão apostar nas suas capacidades, nos seus talentos e, quem sabe, serem reconhecidas no mundo inteiro como as Capitais Europeias...2012.

E algumas das fotos que foi possível tirar: